Eight

2.1K 236 32
                                    

Eu não fazia ideia de quem era aquela mulher, mas Day parecia conhecê-la muito bem e não de um jeito bom. Day assim que percebeu quem era, me colocou atrás dela, em uma forma de proteção, talvez? Mas por que ela precisaria me proteger daquela mulher. Espera, é a mesma mulher que ela estava conversando na lanchonete aquele dia, então no nome dela era Ana Gabriela.

- Estou esperando, Dayane. - Ana falou.

- Eu preciso de mais tempo. - Day respondeu, demonstrando o nervosismo em sua voz. Eu continuei atrás dela, aquela mulher me da arrepios.

- Três anos me devendo foi tempo suficiente. - Falou dando um passo a frente, na mesma hora Day pegou em minha mão, apertando. Ela estava com medo, dava para sentir, mesmo ela não querendo demonstrar. - Aliás, como está a sua mãezinha? - Perguntou sorrindo sarcasticamente.

- Sua filha da puta! - Day falou trincando os dentes. Eu me aproximei mais de Day, tocando seu ombro com a mão livre, em uma forma de mantê-la calma. A mulher me olhou e sorriu.

- Vejo só... - Ana falou apontando para mim e rindo. Day na mesma hora se pós na frente.

- Ela não tem nada a ver com isso. - Falou sem soltar a minha mão.

- Bom, contanto que você me pague, ela realmente não terá nada a ver com isso. - Sorriu piscando para mim. Que nojo!

- Ana, seu problema é comigo e com a minha mãe, deixa ela fora disso. - Day falou grossa. E ela sorriu irônica.

- A pequena Day está apaixonada, que bonito! - Riu sem humor.

- Ela não é a minha namorada. - Day falou com a cara fechada. Ela riu.

- Pouco me importa! - Deu uma pausa. - Ou você me paga até o final do mês ou a sua namoradinha irá pagar por você. - Falou apontando o dedo na cara de Day, sorrindo e depois passando por nós, me olhando nos olhos. Day pegou no meu braço com força e me puxou praticamente correndo para dentro do prédio aonde eu morava, pegamos o elevador.

- Você está me machucando. - Falei e na mesma hora ela me largou, se afastando de mim. Ela parecia abalada. - Aquela é a traficante da sua mãe, né? - Perguntei, mesmo já sabendo a resposta. Ela assentiu com a cabeça e o elevador chegou no meu andar, ela esperou eu sair primeiro e veio logo atrás de mim, assim que entramos no apartamento ela correu para o banheiro e eu fui atrás, porque ela não parecia nada bem. Ela se ajoelhou na frente da privada e colocou todo o seu café da manhã para fora, eu apenas segurei seu cabelo, ficando ali com ela.

- Me desculpa. - Falou sentando adequadamente no chão do banheiro e dando descarga na privada. Me sentei na sua frente.

- Não tem porque se desculpar. - Falei pegando em sua mão delicadamente, mas ela se afastou, o que era estranho, porque ela nunca se afastava. - Não precisa se preocupar com a ameaça dela sobre mim. - Eu sabia que era isso que estava a incomodando.

- Não é isso. - Falou me olhando atentamente. - Eu só... - Deu uma pausa e engoliu a saliva pesadamente. - Eu só não quero que mais nenhuma amiga minha se machuque por minha causa. - Abaixou a cabeça.

- Quem se machucou por sua causa? - Perguntei.

- Não vem ao caso agora. - Se limitou a dizer, me olhando. Tentei pegar em sua mão novamente, para passar suporte, mas ela se afastou, de novo. - Ok! - Sussurrei abaixando a cabeça e me levantando no chão, saindo do banheiro em seguida.

Fui para a cozinha preparar algo para comermos, já que havíamos apenas tomado café da manhã e precisávamos almoçar, eu principalmente, já que trabalharia daqui a pouco. Passado alguns minutos, Day apareceu na cozinha e começou a me ajudar a preparar o macarrão que eu estava tentando fazer, acabou que ela fez tudo sozinha, porque eu sou um completo desastre na cozinha.

O Amor Entre Duas Elas (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora