Twenty four

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Quando chegamos ao shopping, Bruno achou melhor irmos direto naquelas lojas que as pessoas encontram coisas românticas. Ficamos nela cerca de uma hora e eu ainda não tinha conseguido pensar em algo perfeito para fazer pra Day. Ela merecia o melhor de mim e era exatamente isso que eu queria dar a ela, eu só não sabia como fazer isso.

- Eu não aguento mais andar, Bruno. - falei, me sentando em um dos bancos vagos no meio do shopping. Eu precisava parar por um momento para conseguir pensar.

- Talvez você só precise fazer algo simples. - sentou-se ao meu lado. - Day não tem cara de que gosta de uma coisa completamente elaborada. - concordei, encostando minha cabeça em seu ombro.

- Eu escrevi outra música pra ela. - falei, depois de um tempo em que ficamos em silêncio.

- Acho que se um dia você lançar um álbum, será todo dedicado a ela. - levantei minha cabeça e o olhei indignada. - Estou mentindo? - perguntou, rindo.

- Não está, mas não precisa falar desse jeito. - ele riu, me empurrando pelos ombros. - Já sei. - praticamente pulei para fora do banco, parando em pé na sua frente. Ele também pulou, mas não de entusiasmo e sim por ter se assustado com meu grito.

- Você podia ser menos entusiasmada. - levantou-se, começando a me seguir, já que eu havia o deixado falando sozinho. Entrei em uma loja de joias. Eu não sabia qual era a numeração do dedo de Day, então eu teria que escolher na sorte. - Uma aliança? É sério? - ele perguntou, parando ao meu lado, vendo a moça da loja me mostrar as alianças que havia ali.

- Bruno, não é você que vai usar, então não reclama. - falei, voltando a minha atenção para o que a moça falava sobre cada aliança. Ele revirou os olhos. Para mim eram todas iguais, mas ao mesmo tempo não era, porque eu não havia gostado de nenhuma ainda.

- Você está procurando por algo específico? - a moça perguntou, me olhando com atenção.

- Eu quero algo bonito, porém simples. - ela concordou. - Vou pedir uma pessoa em namoro. - abri um enorme sorriso. A moça também sorriu.

- Ele é um cara de sorte. - Bruno riu, negando com a cabeça e eu apenas sorri para ela.

- É ela. - eu sabia que se eu corrigisse, ela ficaria envergonhada, mas eu não poderia deixar ela achar que era ele, afinal, eu realmente precisava de ajuda para achar a aliança perfeita.

- Eu não sabia, me desculpe. - eu apenas neguei com a cabeça, fazendo um sinal de que estava tudo bem. - Nós temos essa aliança aqui. - falou, colocando duas pequenas e finas alianças na minha frente. Eram lindas. - Não é nada extravagante, mas são lindas. São prata pura. - eu peguei as alianças na mão, apenas para ter a certeza de que eram elas.

- Eu vou levar. - avisei.

- Carol, você viu o preço delas? - Bruno me perguntou. Peguei o pequeno papelzinho que havia grudado nelas, e vi que eram caras demais. É isso que eu não consigo entender, alianças simples daquela forma, custavam os olhos da cara e mais um rim.

- Você ainda vai levar, senhorita? - a moça perguntou, sorrindo.

- Vou. - ela assentiu. - Ah, tem como gravar o meu nome e o dela nas alianças? - perguntei e ela concordou, voltando a ficar de frente para mim.

- Isso demora duas horas, mas podemos fazer para a senhorita. É só escrever seu nome e o nome da outra pessoa neste papel. - me deu um pequeno papel e uma caneta. Escrevi apenas o nosso primeiro nome. - Daqui a duas horas a senhorita pode vir buscar. - concordei.

- Posso ver aquele cordão de violão? - pedi, apontando para um cordão prateado que estava atrás dela. Aquilo era a cada de Day. - Vou levar ele também. - a moça apenas concordou. - Quero que escreva uma pequena frase atrás do violão. - ela pegou mais um pequeno pedaço de papel, aonde escrevi a frase, lhe entregando em seguida. Ela confirmou que demoraria duas horas apenas e eu fui até o caixa, pagando as alianças e o cordão. Eu havia feito algumas economias durante todos os anos que eu morei em São Paulo sozinha, então eu consegui pagar sem problema nenhum.

O Amor Entre Duas Elas (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora