Six

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Estávamos dentro do Uber indo em direção a casa de Day. Ela não quis falar o que tinha acontecido, mas pelo tom da mensagem, parecia ser algo muito sério.

Luana contou que conhece a Day a dois anos e que nunca chegou a ir na casa dela, e que conhece muito pouco sobre ela. Kau, por outro lado, disse que conhece a Day desde que elas eram crianças e que ela sabe mais sobre a vida da Day do que sobre a própria, eu também descobri que ela são apenas amigas, pois Kau namora uma tal de Ana Clara.

- Já estamos no bairro que vocês falaram. Qual o endereço? - O motorista perguntou. Dentro do carro estava, Luana, Kau, Bruno e eu e no carro de trás estava Yasmin, Pamela e Dreicon.

- Pode parar naquela praça. - Kau falou e assim ele fez. Logo estávamos todos na praça e Kau olhava fixamente para o celular.

- Você sabe qual é a casa dela? - Perguntei e ela me encarou.

- Sei. - Respondeu, atendendo o calular que começou a tocar. - Vamos! - Falou, depois de alguns minutos falando no telefone.

- Carol e eu vimos a Day e uma mulher discutirem na frente da lanchonete hoje de manhã. - Bruno contou e Kau parou de andar na mesma hora, nos olhando.

- Por que não me falaram isso antes? - Perguntou. Ela parecia irritada.

- Porque não sabíamos se tinha alguma ligação, até chegarmos até esse bairro, que vamos ser realistas, é barra pesada. - Bruno falou e todos concordaram.

Eu queria perguntar se ela sabia quem era a mulher e o que estava acontecendo, mas eu estava preocupada demais com a Day naquele momento.

- A casa dela fica aquele prédio. - Kau apontou para um prédio caindo aos pedaços.

- Qual o número? - Perguntei.

- 327, terceiro andar. - Respondeu. Não perdi mais tempo, sai andando na frente, deixando todos para trás, eu precisava saber se ela estava bem e a salvo.

- Carol, espera, pode ser perigoso! - Dreicon falou e eu ignorei, entrando dentro do prédio.

A porta da portaria estava aberta, então não precisei tocar o interfone, subi as escadas o mais rápido que eu consegui e quando cheguei em frente a porta do seu apartamento, eu hesitei. Eu imaginei várias maneiras em que eu viria para a casa dela e essa, com certeza, não foi uma delas. Toquei a campanhia e esperei, depois de alguns longos minutos, ela abriu a porta, seu cabelo estava preso em um coque, seus olhos estavam inchados, demonstrando que ela chorou por longas horas, e sua roupa estava completamente amarrotadas. Eu não faço ideia de onde eu tirei coragem, mas quando eu a vi daquela forma, a única coisa que eu consegui fazer foi abraçá-la e ela me abraçou de volta na mesma hora.

- Não queria que você me visse dessa forma, mas eu não sabia para quem mais pedir ajuda, há não ser vocês. - Ela disse me abraçando ainda mais apertado e começando a chorar. Eu não fazia ideia do que tinha acontecido, mas vê-lá daquela forma, tão vunerável, me deixou destruída. - Eu podia ter ligado só pra Kau, mas eu preciso da ajuda de todo mundo. - Falou se separando do abraço e limpando o restante das lágrimas que haviam em seus olhos. O pessoal já estava ali.

- O que aconteceu? - Pamela perguntou e ela abaixou a cabeça.

- Dreicon, você faz residência, não faz? - Perguntou depois de um tempo em silêncio.

- Eu tô no primeiro ano, mas faço. - Respondeu. Ela fez sinal para que entrassemos no apartamento e nos levou até um quarto, aonde havia uma mulher deitada na cama, desacordada. Dreicon correu até a mulher e checou seu pulso. - O que aconteceu com ela? Quem é ela? - Perguntou de uma vez só.

O Amor Entre Duas Elas (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora