Thirty one

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Ela é aquela puxada gostosa nos cabelos da nuca que arrepia toda a extensão do corpo, fazendo cada terminação nervosa gritar: Me toma! Que basta um olhar pra pensar: Eu quero! Ela é todo magnetismo que atraí o mais avisado dos seres. Quando lhe vejo, desejo te arrastar para algum canto e transar para sempre, me esticar no teu corpo, fazer dele meu travesseiro, dormir e acordar com essa paz que emana do seu sorriso preguiçoso logo depois de um bom dia. Amar é complicado. Não é apenas sentir coisas boas. Amar é se preocupar quando a pessoa demora pra chegar do trabalho. Amar é cuidar quando o outro está doente. Amar é você compartilhar seus maiores medos com alguém. Amar é pensar antes de agir. Amar é um está do lado do outro nos momentos bons e ruins. Amar é sentimento pra ser sentido e vivido. E é amor, eu sei. Tudo o que passamos juntas só me prova isso. Eu nunca senti algo desse tipo por ninguém. Ela chegou em um momento em que tudo estava bagunçado e sem rumo, em que eu estava perdida nas minhas próprias questões, nos meus próprios problemas. Mesmo assim, ela quis ficar. Não se importou com a bagunça e com o caos que invadia a minha vida. E aos poucos foi me ajudando a arrumar tudo. Aos poucos foi me ajudando a recuperar a minha força, minha esperança e a minha fé. E se tornou essencial. Hoje em dia, eu não me imagino mais sem ela.

- Um milhão de beijos pelos seus pensamentos. - falou, me abraçando ainda mais forte. Estávamos no meu apartamento, deitadas abraçadas no sofá fazendo maratona dos filmes de Harry Potter. Ela disse que não gostava tanto assim, mas que assistiria comigo só para me deixar mais feliz, dado aos últimos acontecimentos. Ela também estava chateada e preocupada com Dreicon, mas estava tentando não demostrar, afinal, não sabíamos o que estava acontecendo realmente. Kau falou que ligaria se descobrisse algo, mas já se passava de meia noite e até agora nada.

- Só um milhão? - perguntei, me ajeitando no meio das suas pernas, a olhando sorrindo.

- Tudo bem, infinitos beijos então! - sorriu, me dando um selinho.

- Estava pensando em nós. - admites, e na mesma hora ela me abraçou ainda mais forte pela cintura. Me ajeitei de lado para olhá-la melhor e sorri para ela, fazendo um carinho em seu rosto.

- E o que você estava pensando sobre nós? - perguntou, fechando os olhos para sentir melhor o carinho que eu continuei fazendo em seu rosto. Lhe dei um selinho, grudando nossas testas.

- Estava pensando no quão sortuda eu sou por ter você ao meu lado neste momento. - falei, sem desgrudar nossas testas. Ela me agarrou pela cintura, me fazendo sentar em seu colo corretamente, com uma perna de cada lado do seu corpo.

- Você está me fazendo a mulher mais feliz do mundo! - me deu um selinho demorado, me olhando sorrindo logo depois. Eu a amava tanto, mas ao mesmo tempo eu estava com tanto medo de admitir isso pra ela. Dizer em voz alta que ama alguém, é uma grande responsabilidade.

- Ok, eu preciso te dizer uma coisa. - falei, me ajeitando em seu colo e olhando diretamente em seus olhos. - Já faz dois meses que estamos juntas e eu estou tentando criar coragem para te dizer isso, mas juro que está sendo difícil. – suspirei quando ela sorriu. - É difícil para mim falar sobre sentimentos, principalmente pra você! - sorri sem graça, coçando minha nuca e abaixando a cabeça. Ela colocou a mão no meu queixo, fazendo-me olhá-la.

- Eu te entendo mais do que qualquer pessoa no mundo! - falou, sorrindo. - Quando eu comecei a ter sentimentos por você, fiquei apavorada, porque nunca me senti dessa forma antes. Tudo bem que já tive outras namoradas, mas nenhuma delas me fez sentir o que você faz. - levou as mãos ao meu rosto, fazendo-me chegar mais perto dela, colando nossas testas de novo. Ela amava ficar dessa forma comigo, já havia percebido isso. - Você é a pessoa mais importante da minha vida atualmente, Carol e eu espero que seja pelo resto dela também. E não me interessa se a sua vida esteja uma confusão agora ou daqui a três anos, eu ainda vou querer estar ao seu lado, porque não importa o que aconteça, eu sempre vou estar aqui pra você. - não deixei com que ela falasse mais nada, apenas a beijei. Agora mais do que nunca eu tinha a certeza que eu precisava dizer que a amava, mesmo já desconfiando que ela saiba, eu quero ter o prazer de olhar no fundo dos seus olhos e dizer o quanto eu a amo e sempre amarei. Nos separamos do beijo, apenas porque meu celular começou a tocar descontroladamente em cima da mesinha de centro. Me estiquei um pouco para pegá-lo, não queria sair de seu colo. Era Bruno, o que achei completamente estranho.

O Amor Entre Duas Elas (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora