Fifteen

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Olá pessoinhas, como vocês estão? Bem? Então bem!

Passei aqui só pra desejar um feliz ano novo para todos vocês! Espero que a gente converse muito em 2019, e que eu consiga sempre escrever cada vez mais histórias pra vocês. Esse é o último capítulo de 2018, e eu escrevi ele com todo o amor que existe em mim. Ele está bem fofo, do jeitinho que eu gosto e espero que vocês também gostem! Não sei quando vou postar de novo, talvez agora só quando eu conseguir trocar de celular, mas eu aviso vocês pelo meu twitter, ok? E quem quiser, nesse meio tempo que ficarei sem postar, conversar comigo, é me chamar por aqui, no twitter ou até mesmo no meu curious cat, tô sempre por aqui e por . Pode pedir conselhos, pedir opiniões sobre coisas que vocês estão escrevendo, vocês que decidem. Enfim, espero que o ano novo seja incrível para todos nós, amo vocês e nos vemos ano que vem!

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Vocês se lembram o que o pai de vocês falava quando vocês conversavam ou vocês nem prestavam atenção? É uma pergunta importante, por isso pensem com cautela. Busquem o mais fundo que vocês conseguirem nas suas memórias. Vocês lembram a última vez que trocou mais do que as palavras necessárias com o seu pai? Lembram quando o abraçou ou disse que o amava? Eu lembro. Eu lembro de cada passo e cada palavra que disse para o meu pai. Lembro do último abraço e também do último eu te amo.

Fazia uma semana que ele estava em São Paulo, passando as férias comigo. Ele sempre me dizia que aquele período era o preferido dele do ano, porque era o momento de tirar um tempo apenas para nós dois. Um tempo para ele ser o meu pai e eu ser sua filha. Um tempo para falarmos de amor, conexões, energia. Sim, nós conversávamos sobre absolutamente tudo o que um ser humano pode querer conversar ou não. Falamos sobre o clima, reclamávamos do calor excessivo juntos e também do frio, reclamávamos da chuva, mesmo que quando começasse a chover, nos fossemos tomar um banho de chuva. Era isso que gostávamos de fazer. Meus irmãos e minha mãe estranhavam a enorme conexão que eu tinha com ele, mas todos sabiam que ele era o único que entendia as minhas necessidades. As minhas necessidades de conversar sobre vários assuntos ao mesmo tempo e conectá-los de certa forma. Ele era o único que fazia isso comigo. Ele era o único que topava falar sobre alienígenas, mesmo não acreditando que eles existem. Foi ele quem me ensinou a dirigir. Foi com ele que tive a primeira conversa sobre amor e também a última. Foi com ele que eu aprendi o grande significado de saudade e porquê ela machuca tanto. Meu pai é meu herói, mesmo que ele não possa me salvar dos perigosos do amor e do mundo mais.

- Carol, a saudade é apenas uma palavra que define todos os outros sentimentos que você sente por uma pessoa. - Ele falou.

Estávamos sentados no sofá do meu apartamento, abraçados. Hoje era o último dia dele em São Paulo comigo, e eu já estava sentindo saudades.

- Eu não entendi, pai. - Levantei a cabeça de seu peito para olhar em seu rosto. Ele estava sorrindo. - Como assim a saudade é a mistura de todos os sentimentos? - Perguntei.

- Quando você ama uma pessoa e ela fica um tempo fora, vocês não se veem, o que você sente durante desse tempo? - Olhou para mim. Dei de ombros e ele riu. - Saudade. Nesse caso é a saudade misturada com o amor. A saudade às vezes dói, mas muita das vezes é um dos sentimentos que mais conecta as pessoas. - Ele sorriu.

- E como seria a saudade que machuca? - Ele me olhou com atenção e depois olhou para baixo.

- A saudade que machuca é a saudade que você sente por uma pessoa que foi embora da sua vida e que não tem como voltar. É a saudade que eu sinto da sua avó, minha mãe. - Ele sorriu triste. Minha avó havia morrido quando eu tinha 8 anos, não a conhecia muito bem, ela e meu pai nunca foram muito próximos, mas quando ela partiu, ele ficou devastado. Eu o abracei forte, voltando a deitar minha cabeça no seu peito. - Entendeu a diferença? Uma saudade você sabe que pode passar, mas a outra não. Porém, ambas são movidas por outros sentimentos, como o amor. - Terminou de explicar depois de um tempo em que ficamos em silêncio.

O Amor Entre Duas Elas (Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora