- Rafa, você conservou com o Bruno? – Perguntei assim que ele atendeu o telefone, no terceiro toque. Eu estava ansiosa para contar para ambos que Day havia me chamado para sair, mas eu queria contar ao mesmo tempo.
- Consegui! – Respondeu, respirando pesadamente. – Eu estou aqui com ele. – Ouvi alguns estalos, parecia beijos. Eca.
- Eu preciso falar com os dois. É importante! – Falei tentando ignorar os barulhos de beijos do outro lado da linha. Eu sabia que meu irmão e Bruno ficariam juntos, mas não sabia que eu teria que escutar.
- Carol, a gente está no meio de um negócio aqui. – Ouvi Bruno dizer, fiz cara de nojo. Eu estava em frente ao meu apartamento já.
- Bruno, se não fosse importante, eu não ligaria. – Falei um pouco rude. Eu ainda estava magoada com ele pela forma que ele havia me tratado, mas eu precisava da ajuda dele e do meu irmão para achar uma roupa apresentável para sair com a Day.
- Irmãzinha, diz de uma vez! – O filho da puta havia colocado o celular no viva voz. Abri o portão do meu prédio, entrando e indo me direção ao elevador.
- Ok, vocês estão sentados? – Perguntei sorrindo. Desde que eu havia saído da lanchonete, eu não conseguia parar de sorrir. Tudo aquilo era muito bom para ser verdade.
- Carol, conta logo! Até parece que chamou a Day para sair, do jeito que está enrolando para contar. – Bruno falou e eu ri. O elevador chegou no meu andar, eu saí, andando até a porta do meu apartamento.
- Bom, ela que me chamou, na verdade. – Falei, ouvindo Bruno gritar do outro lado da linha. Eu sabia que ele teria essa reação, por isso fiquei tão animada para contar para ele logo.
- Como assim, Caroline? Conta essa história direito. – Ouvi alguns passos, parecia que eles estavam se vestindo ou algo parecido.
- Podem continuar o que estão fazendo, depois venham pra cá, que eu conto tudo. – Falei, soltando uma leve gargalhada. Ouvi ele bufar do outro lado.
- Como você quer que eu fique excitado depois de me contar uma coisa dessas? – Ele parecia indignado. Eu sabia que isso tiraria o foco dele totalmente, mas eu não poderia imaginar que eles estavam transando.
- Ué, eu sei lá. – Ri. – Você não vive me falando que consegue transar até quando não está excitado? Vive me falando que os homens amam transar com você, que você é o máximo. Dá seu jeito, ué. – Ele bufou, ouvi alguns barulhos de tapas. Fiz um barulho com a boca, interrompendo a pena discursão que eles estavam tendo.
- Estamos indo pra sua casa, Caroline. – Rafael falou. Ele parecia ter ficado bastante irritado, me senti mal por aquilo.
- Tá feliz? – Bruno perguntou depois de alguns minutos em silêncio.
- Muito! A felicidade não está cabendo dentro do meu peito. – Suspirei, lembrando de como foi fofo a forma que Day havia me chamado para sair, a forma como ela ficou nervosa e se embolou um pouco com as palavras. Foi a cena mais linda de todas, e se eu pudesse, eu a viveria novamente, todos os dias.
- Espero que não seja uma pegadinha, e que ela tenha te chamado mesmo para sair. – Ele falou irritado e eu gargalhei.
- Eu não brincaria com uma coisa dessa, migo. – Me joguei no sofá, me deitando.
- Vou desligar para conseguir chamar o Uber. – Eu apenas concordei, desligando a ligação.
Fiquei alguns minutos deitada no sofá, pensando em Day e em como, com apenas um ato simples, ela havia conseguido me deixar tão feliz, exatamente como o meu pai havia me dito que seria. Que eu encontraria uma pessoa, que faria pequenas coisas e que isso me mostraria o que é felicidade e como é o amor. Como é senti-lo. E eu estava sentindo-o. Mas o sentindo tão forte dentro de mim, que eu poderia senti-lo me rasgando por dentro e consumindo todo o meu ser. Eu exalava amor e felicidade naquele momento, e nada e nem ninguém poderia me tirar aquilo.
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O Amor Entre Duas Elas (Dayrol)
Fanfiction"Você precisa se preocupar em achar uma garota, mas uma garota que te faça feliz. Eu sei que a nossa felicidade não pode ser taxada apenas por um relacionamento amoroso, mas é importante termos amor. E o amor mais bonito que se pode escolher para a...