capítulo trinta e seis;

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— Doyoung, pelo amor de Deus, abre essa porta. — Já devia ser a décima vez que Taeil pedia para que o rapaz abrisse a porta de sua casa, mas sem sucesso.

— Vai embora, eu não quero conversar. — Seu tom de voz choroso podia claramente lhe entregar.

O Moon suspira.

— Por favor. — Pede calmo, se encostando na grande porta de madeira escura, escorrendo até que seu corpo tocasse o chão. — Já faz meses que você não quer falar comigo.

— Eu não tenho o que falar com você, Taeil. — Rebate.

Nada disso estaria acontecendo se o Moon pensasse mais com a cabeça de cima, e não a de baixo.

— Por favor, Doyoung... — Pede num tom baixo. — Eu prometo que depois desta conversa, eu sumo da sua vida se assim quiser.

O Kim pareceu pensar, já que o local ficou em silêncio. Taeil se levanta, passando a mão por sua roupa e olhando uma última vez para a porta, logo lhe dando as costas.

— Espera... — A voz baixa do Kim soa calma.

Taeil se vira para poder encara-lo, e quase chora ao ver o quão destruído o seu menino estava.

— Podemos conversar... — Ele diz baixo, abrindo mais a porta, para que Taeil entrasse.

— Obrigado. — O mais velho agradece, adentrando na casa do rapaz, que estava toda escura, pois as enormes cortinas impediam que qualquer raio solar adentrasse no local.

— Pode começar a falar. — Doyoung pede, se sentando em seu sofá de cor azul escuro, enquanto encarava Taeil, que ainda se encontrava de pé.

— Bem, primeiramente, eu queria me desculpar. — Começa, e passa uma de suas mãos por meio dos fios rebeldes de seu cabelo. — Eu sei que mesmo que nosso compromisso não fosse sério, ele ainda era um compromisso. Quando eu transei com Yugyeom, não vou botar a culpa nele e no álcool, pois eu estava meio sóbrio e tinha certeza de minhas ações.

— Tudo bem, Taeil, ta desculpado, já pode ir. — O de cabelos roxos diz, se levantando e indo em direção a porta, mas foi impedido por uma das mãos de Taeil, que agarrou seu pulso firmemente.

— Eu ainda não terminei. — Profere calmo, o Kim o encara, esperando que ele continuasse. — Nesses últimos meses sem você, eu vi que não era nada. Porque, além de me ajudar a controlar a empresa, Doyoung, você também me ajudou a controlar a minha vida. Eu sei que pisei muito na bola, mas estou tentando concertar meus erros... — O Mood diz, o outro suspira, tentando digerir cada palavra.

— Taeil, não sou um brinquedo que você usa um dia e guarda, para poder usar novamente no outro dia. — O Kim diz, com seus olhos marejados. — Eu sabia que sentir algo por você me traria tantos problemas. — Acaba deixando que lágrimas finas escorressem por suas bochechas levemente coradas. — E eu já me machuquei demais, Taeil.

O mais velho não soube dar uma resposta correta – ele não sabia como descrever em palavras o que queria. Então, em um movimento rápido, puxou o Kim pelo braço, fazendo com que o mesmo caísse apoiado em seu peitoral, encarando seus olhos.

— Você sente isso? — Pergunta, pegando uma das mãos de Doyoung e a apoiando sobre seu peito, debaixo da camisa branca que vestia. O de cabelos roxos engoliu em seco ao sentir o coração de Taeil tão rápido, parecia que o mesmo havia corrido quilômetros. — Ele fica assim somente com você. — Taeil profere calmo, e acaricia uma das bochechas do Kim. — Eu posso ter transado com outras pessoas fora do nosso compromisso, e isso foi completamente errado, mas ele nunca bateu tão rápido assim com alguma dessas pessoas. — Diz, assistindo as poucas lágrimas que ainda escorriam pelo rosto delicado de seu amado, logo as limpando.

— Eu não sei o que fazer. — Doyoung diz chorando. — Estou tão assustado. Eu tenho medo de me entregar novamente para você e acabar me machucando. — Explica, abaixando a cabeça. O Moon suspira, e segura seu queixo, levantado a cabeça do rapaz.

— Você não tem motivo nenhum para acreditar em mim e nas minhas palavras, Doyoung. — Acaricia a bochecha do outro. — Mas peço para que acredite no meu coração. Pode soar clichê, mas eu sei que você ama um clichê. — Diz rindo baixo, e o outro se permitiu a fazer o mesmo. — Do mesmo jeito que ama quando deixo escolher a cor das minhas gravatas — Aproxima os seus rostos. — Quando deixo que arrume meu cabelo, sem deixar que mais ninguém o toque, além de você. — Taeil já falava baixo, com suas testas coladas e seus lábios se roçando. — E o jeito que você organiza todas as coisas na minha sala, por ordem de cor. — Sussurra. — Mas também tem o jeito que você fica todo manhoso sobre meus toques... — O Mood diz, acariciando a cintura delicada do outro.

— Taeil... — Doyoung o chama baixo, apertando com ambas as mãos o pano da camisa do outro, como se não quisesse que ele saísse dali.

— Do jeito que você me excita, apenas com simples frases sujas. — Sussurra, sentindo a respiração quente do outro se misturar com a sua. — Eu sinto tanta a sua falta. — Profere baixo, com os olhos já fechados.

— Eu também sinto sua falta. — Doyoung responde. — Sinto falta de como você é desastrado, e todos os dias quebra algo dentro da sua sala. — O Kim diz, acariciando a bochecha do mais velho. — De como você sorri verdadeiro. — Seu polegar fazia carinho na pele macia do rosto de Taeil, que apenas ouvia o outro. — Da pessoa boa e doce que você é. — Diz, fechando os olhos, e roçando mais ainda seus lábios. — E eu sei o quanto se esforçou para manter aquele site em seu auge. — Conclui, esfregando seus narizes. — Eu senti tanta a falta de seus toques ousados. — Sussurra. — Ah, eu senti sua falta.

E se beijaram, matando aquela saudade que seus corpos sentiam um do outro.

Taeil puxou Doyoung para mais perto de si, aprofundando o beijo, sentindo a boca quente do rapaz um pouco menor que si.

Se afastaram um pouco, e ficaram presos em um abraço. Doyoung tinha seu rosto na curva do pescoço do Moon, enquanto o outro acariciava seus fios lisos.

— Por favor, não faça com que eu me arrependa desta decisão. — Doyoung pede baixo, e Taeil sorri de lado.

— Não irei, meu amor.

***

gente desculpem eu achava mesmo que tinha att no dia 25 sério pERDÃO <3

e esse capítulo era p ter saído ontem mas não tive mesmo tempo, então to atrasando as coisas um dia

amo vcs

PH.COMOnde histórias criam vida. Descubra agora