Capítulo 6

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Todo mundo me olhava surpreso e eu não sabia onde enfiar a minha cara, geralmente eu não era tão tímida assim, mas o fato de apresentar tudo na frente de um bando de gente me deixava um tanto apreensiva

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Todo mundo me olhava surpreso e eu não sabia onde enfiar a minha cara, geralmente eu não era tão tímida assim, mas o fato de apresentar tudo na frente de um bando de gente me deixava um tanto apreensiva.

— Professora, eu posso falar um aqui agora? O que vier na minha cabeça?

— Certo, mas sabe que esse será o seu trabalho e valerá a nota aqui e agora.

— Tudo bem, eu estou pronta.

— Ela falará agora o poema dela. --- ela chamou a atenção dos alunos para mim de novo.

— Eu posso falar um pequeno texto? É melhor do que um poema.

— Claro.

— Tarde da noite eu deito em minha cabeça e penso em você. Em seus lábios, seu corpo, seus abraços e beijos. Não consigo me conter ao seu lado, é como se fosse minha droga especial e eu estou completamente viciada em você. Eu sei e você também que pertencemos um ao outro, sem juras de amor e sem cobranças, porque o que temos nada pode destruir.

O sinal tocou e eu finalmente estava livre, depois da vergonha que passei fui comer meu lanche no ginásio mesmo, estava bem escondida no alto da arquibancada. Só queria ficar um pouco sozinha com meus pensamentos que infelizmente voltavam para meu ex-namorado no Brasil.

— Ei garota, por que fugiu daquele jeito?

— Eu queria ficar sozinha, Castiel. Não tem nada de estranho nisso.

— Sei. --- comentou desconfiado e se sentou no degrau abaixo de mim --- Está apaixonada por acaso? Pareceu tão inspirada, eu não entendi muita coisa mas deu pra notar a emoção.

— Não Castiel, eu não tenho nenhuma paixão na minha vida. Eu sei lá de onde saiu aquilo, acho que quando meu lado escritor floresce, ele ganha vida própria.

— Acho que quem vai entender mais disso é o Lysandre. Não que eu seja um ignorante como você pensa, é só que eu prefiro mais a melodia.

— Eu entendo. Você é ignorante só com as pessoas e um temperamento do cão, só que gosto de você, isso quando você não é um bruto.

— Obrigado pela parte que me toca. --- ele disse irônico e eu sorri para ele.

— Quer um pouco do meu lanche? --- estendi um mini hambúrguer que eu havia feito e ele aceitou meio a contragosto.

— Preparada para a próxima aula?

— Não mesmo, foram duas aulas seguidas e eu estou com a cabeça doendo já.

— Se você estava assim, imagina eu que não sei nada de português.

Logo o intervalo acabou e fui para a aula de geografia com a Íris e a Kim, foi bom passar um tempo com as meninas, na próxima aula eu dei de cara com a Rosa e o Alexy comentando animados sobre a festa no sábado na casa dela. Estava saindo para ir ao pátio quando fui parada pelo Nathaniel.

— Oi Roxanne posso pedir um favor?

— Hum isso depende. Que favor é esse? Se eu puder ajudar, faço sim. Só me chama de Roxy, prefiro assim.

— Tudo bem Roxy, pode levar essa folha de ausência para o Castiel assinar?

— Ah ta. Mas isso não é com os pais?

— O Castiel é emancipado.

— Entendi e você não vai com a cara dele. Ok, eu faço isso.

Fui em direção do Castiel e ele já me encarava desconfiado, eu merecia mesmo fazer isso?

— Castiel, o Nathaniel me pediu para que você assinasse a folha de ausência.

— Eu não vou assinar porcaria nenhuma.

— Não seja chato.

— Você já sabe a resposta.

— Assina logo essa merda, eu não sou um pombo correio para ficar levando mensagem de um lado para o outro!

— Você é chata mesmo, igual aquele representante de merda.

— Aff para de ser indecente. --- dei um beijo no rosto dele mesmo ele não merecendo, só para confundir o garoto e eu consegui.

Entreguei o papel assinado para o Nathaniel que agradeceu com um belo sorriso no rosto, estava terminando de conferir minhas coisas na mochila quando ouvi e vi a briga dos dois garotos há uns 5 passos de distância. O ruivo estava quase esmurrando a cara do loiro que estava prensado nos armários, ai ai lá vai eu ter que separar esses dois idiotas. Eles não sabiam ficar 5 minutos sem se bater?

— Ei parem com isso. --- meio que fui tentando me enfiar no meio dos dois e fui empurrada pelo Castiel, quase caí no chão com isso e lancei um mortal para ele.

— Fica fora disso, Roxy.

— É melhor mesmo. --- Nathaniel completou e eu empurrei o Castiel com força, fazendo os meninos se separarem.

— Cala a boca, os dois! Estão malucos? --- dei um tapa com força no braço do ruivo que ficou surpreso ao perceber que eu tinha a mão pesada e depois fiz o mesmo com o loiro que teve a mesma reação do outro. --- Castiel se fizer de novo algo do tipo, eu vou quebrar a sua cara. E você Nathaniel, pensei que fosse mais responsável que isso. Não vou deixar vocês se matarem na minha frente, parem os dois de serem idiotas!

Saí de lá extremamente irritada com esses dois malucos, cheguei em casa e fui fazer meus deveres, arrumei a louça na pia e fui jogar Mortal Kombat no X-BOX. Não tinha muito que fazer e já estava bem entediada quando minha tia chegou e resolveu que iríamos jantar fora num pequeno restaurante perto de casa.

— Hum tia.

— Sim? --- ela perguntou distraída enquanto assistíamos a um filme na TV.

— Minha amiga Rosa me chamou para uma festa no sábado, lá na casa dela. Lembra que até saímos para fazer compras?

— Lembro sim e é claro que pode ir querida. Eu sabia que ia me perguntar. --- ela deu uma risadinha e ficamos conversando mais um pouco até eu resolver ir dormir.

O amor é doce?Onde histórias criam vida. Descubra agora