Roxanne é uma brasileira que tem sua vida tranquila até conseguir uma bolsa de estudos na Sweet Amoris, uma incrível escola francesa, morar com sua tia e viver uma nova aventura em uma nova escola.
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— O que?! Não! Nem pensar!
— Ah vai Roxy, por favor. --- Rosa continuava insistindo naquela ideia doida.
— Não Rosa! --- bufei irritada --- Eu não vou tocar no show!
— Por favor.
— Não! Já tem o Castiel na guitarra, o Lysandre no vocal, Nathaniel na bateria e a Íris no baixo.
— Eu sei, só que a Íris não está bem esses dias e não tem vindo aos ensaios. Não pode quebrar esse galho, por favor?
— Rosa, eu já dei a ideia do show, estou organizando e controlando tudo com a ajuda de vocês, mas ta tudo em minha responsabilidade, já to com pressão demais em mim! E eu já quebrei a floresta Amazônica por vocês!
— Não seja tão ruim. --- ela fez um bico manhoso e suspirei alto.
— Não adianta fazer essa carinha.
— Se a Íris não melhorar você vai tocar sim, quer que todo seu trabalho seja desperdiçado?
— Ah! Agora está mudando de tática?
— Você não me ajuda criatura!
— Juro que se fosse outra pessoa me chamando de criatura já teria ficado sem os dentes! Ok eu ajudo, mas só se não tiver opção e porque a Íris está gripada esses dias.
Sério. Só sobrava para eu resolver a bagunça dos outros, está certo que a menina não tem culpa realmente de ter adoecido só que isso atrapalhava todo o esquema do show, fazia tempo que eu não tocava numa banda. Eles realmente tinham sorte que eu sabia fazer tudo ali, administrar, tocar bateria, baixo, guitarra e mais outros instrumentos e cantar.
Esse último eu não gostava de exibir muito porque eu sou muito na minha, quase igual ao Lysandre. O que me fez lembrar outra coisa, desde quando eu virei conselheira amorosa? Alexy não sabia o que fazer em relação ao Kentin, a Rosa e Leigh tiveram outra discussão na semana, o Nathaniel estava começando a gostar de uma menina – não me disse quem era – e queria me ajuda tanto pra conquistar a garota quanto para despistar a Melody.
Céus, eu era muito requisitada naquela escola! Fui para o fundo do ginásio e esperava realmente não sei perturbada por ninguém ou eu daria uma voadora na cara da pessoa, estava muito estressada com tudo e sem um pingo de paciência, acho que deu para perceber.
Coloquei meu fone e comecei a cantarolar algumas músicas e me sentindo um pouco mais leve, sim eu matei o restante das aulas, não estava em condições psicológicas de enfrentar professores chatos, então fiquei ali até a hora de ir embora.
Lysandre com sua calma infinita insistiu para me levar até em casa e eu aceitei sua companhia, ele tinha o estranho jeito de realmente me acalmar mesmo que seja com seu silêncio e olha que ele era muito misterioso. De certo modo, nesse ponto ele era muito parecido com o Castiel, eu nunca sabia qual seria a reação deles com certa coisa ou situação, os dois eram um mistério para mim.
[...]
Fiz um lanche e falei um pouco com meus pais e amigas pelo facebook, fiz os deveres do dia e fiz anotações sobre as matérias e repus o que perdi já que o Lysandre me emprestou seu caderno, o que me surpreendeu porque ele é bem esquecido, sempre perdendo seu bloco de notas. Eu não podia reclamar muito porque eu também tinha a memória curta, mas vou te contar. Ele me superava!
Coloquei as roupas para lavar e resolvi dormir um pouco, não tinha mais nada pra fazer e o tédio já estava me matando, então pra ser prática eu já separei a roupa para o outro dia e deixei tudo pronto para que eu só tomasse banho e depois o café da manhã, era ótimo poder dormir o máximo que puder.
Tia Agatha me ligava sempre que podia para saber se eu tava bem e das novidades, conversamos por um tempo e eu fui terminar de digitar um texto que estava tentando escrever no notebook, eu odiava quando ficava travada ou não tinha a inspiração certa e a coisa saía de rumo.
Resolvi largar de bobeira e peguei meu baixo que estava no guarda roupa e comecei a treinar um pouco, a minha guitarra estava no Brasil e eu não queria comprar outra por pura preguiça mesmo, talvez meus pais pudessem mandar para mim. Estava meio perdida em pensamentos quando meu telefone tocou.
— Oi?
— Ah Roxxy, sou eu Íris.
— Hum desculpe não ter reconhecido sua voz. Você está bem?
— É por isso que eu quis te ligar, a gripe piorou para pneumonia vou ficar internada pelas próximas duas semanas. --- ela disse com voz rouca e cansada, senti meu coração apertar.
— Espero que você melhore logo.
— Eu sinto muito.
— Não se preocupe com isso e se cuide direitinho, ok?
— Ok, eu prometo!
[...]
Acordei mais parecendo um zumbi que tudo, tomei o banho e coloquei minha roupa, fiz minha higiene matinal, penteei os cabelos e os prendi em um coque frouxo, coloquei a sapatilha preta, comi meu cereal e fui para a escola.
Preciso mesmo dizer que eu não queria sair da minha cama quentinha por nada nesse mundo? A professora de literatura francesa pediu para copiarmos um texto lá e responder as questões, eu não estava com cabeça pra poema nenhum, mas fiz o que ela mandou. Logo o professor de história pediu um trabalho e a minha enxaqueca não parecia querer melhorar.
Quando deu o sinal do intervalo eu dei aleluia por poder ficar sozinha um pouco, peguei o remédio da bolsa e tomei com a garrafinha de água que eu havia comprado da lanchonete, agora era só esperar que o santo remédio fizesse efeito logo. Caramba se eu já estou louca com essa pressão em cima de mim, imagina o Nathaniel que passa por isso todo dia! Eu realmente não sabia como ele aguentava, porque eu sentia como se pudesse matar um a qualquer hora.