O amor é doce?

Capítulo 24

Tentei respirar fundo para aquela raiva passar logo, não consegui isso de primeira, mas melhorei e corri para me encontrar com o Lys, estava me esperando na escadaria e eu tava quase colocando os bofes pra fora de tanto que eu corri.

— Encontrou o Castiel?

— Não, ele não veio para a escola e não consegui descobrir o que a Debrah falou para ele, acredito que ela queira que ele vá embora com ela.

— Bom, se ele for pode sempre nos visitar. --- eu disse sem perceber e oh não! Eu o magooei.

— Eu sei que minha reação é egoísta.

— Não fique assim Lysandre. Eu sei que ela é uma vadia e não deixarei o Castiel cair nas garras dela.

— Por que a julga assim?

— Desculpe o palavreado, mas ela realmente é uma vadia, confessou que foi tudo armação dela. A relação do Cast e o Nath, o término do namoro, o fato de ter sido só ela chamada para fazer uma carreira de sucesso.

—- Tem como provar?

— Está duvidando de mim? ---perguntei irritada e chateada --- Sim, eu tenho como provar tudo isso, só estou esperando a hora certa para tirar a máscara daquela cobra.

— Espero que não se meta em confusão Roxanne.

[...]

Tentei abrir os olhos dos meus amigos e sabe o que eu recebi? Olhares chateados e acusatórios, como se eu fosse a vilã da história e não a Debrah. Como se eu estivesse tentando sujar sua imagem de boa moça sem razão aparente, ela realmente enganava todo mundo, só que eu era ainda melhor.

E para variar não acredito que ela fez um pequeno show, dizendo estar muito magoada comigo porque eu estava falando coisas ruins dela por suas costas e que nunca deveria ter falado comigo porque eu era uma pessoa má. Acredita que os idiotas da escola ficaram ao lado dela?

O Lysandre e o Sebastian ficaram do meu lado me apoiando silenciosamente, só que eu fiquei puta de raiva porque eles não me defenderam no meio daquele show, enquanto a maldita saía como inocente mais uma vez. Eu poderia quebrar a cara? Era bem o que eu queria! Depois a Rosa veio falar comigo e acreditou na minha versão, ainda mais quando eu disse que tinha como provar que eu era a certa.

Como eu ainda estava com cólica e enxaqueca do cão, pedi permissão da diretora para voltar para casa e ela me liberou porque viu que eu não estava realmente bem, além da bagunça física eu também estava uma bagunça mental.Tomei um banho demorado na banheira com sais de banho e deixei meu corpo relaxar, já havia tomado o remédio e era só fazer o efeito, não acredito que eles realmente não acreditaram em mim, e eu confiava tanto neles.

Ouvi um som vindo da sala e percebi que o Sebastian havia chegado em casa, então saí da banheira e coloquei um pijama de moletom bem soltinho e me enrosquei na cama, estava quase tirando um cochilo quando ele se aproximou e sentou na beirada da cama.

— Desculpa Roxxy, eu sei que você está passando por uma barra e eu não sabia o que fazer aquela hora, eu acredito em você, sabe disso.

— Ok.

— Ah não faz assim.

— O que aconteceu depois?

— Basicamente ela se fez de coitada e colocou todo mundo contra você. Bom, quase todo mundo.

— Argh! --- resmunguei trincando os dentes --- Isso é realmente animador!

Peguei o celular e o gravador da minha bolsa e passei as gravações – a mesma história – para o notebook, um cd, um DVD e o pendrive só por garantia, mostrei isso para ele que ficou surpreso e enjoado por ver quem a outra realmente era uma falsa.

— Eu tenho asco de pessoas assim.

— Nem me diga Sebby!

— E o que vai fazer agora, Roxxy?

— Eu ainda não sei, vou pensar com cuidado. Sei que parece idiotice, mas quero juntar ainda mais coisas contra ela.

[...]

Todos me evitavam e me encaravam com um olhar feio, preferi ignorar apesar de me incomodar um pouco e fui para a sala B, a Rosa estava me esperando um pouco agitada e coloquei meus materiais ao lado da carteira dela.

— Ei Rosa o que foi?

— Oh desculpe --- ela parecia distraída --- Eu estava pensando em outras coisas.

— Certo. Aconteceu alguma coisa?

— Já viu o Castiel hoje?

— Não. Por quê?

— Aguarde e verá.

E como se invocado pelo demônio ele surgiu na sala usando uma calça jeans clara, camisa preta e uma espécie de casaco ou blazer marrom clara por cima. Que visual brega, será que ele está vestindo isso por causa da Debrah ou está querendo fazer um cosplay da Ambre?

— O que está olhando? --- ele estava com os braços cruzados e ela habitual carranca mal humorada no rosto.

— Não acredito que mudou de roupa apenas para agradar sua ex. Você é tão idiota assim?

— Eu mudo meu estilo de roupa quando tenho vontade, não tem nada a ver com a volta daquela garota à escola.

— Aham. Claro, com certeza. --- comentei irônica e ele fechou ainda mais a cara.

— A outra roupa combinava bem melhor. --- Rosa comentou com jeito clínico ao analisar o visual dos outros.

— Eu nem sei por que eu falo com vocês duas. Vão se perder numa outra sala de aula.

— Eu tenho aula aqui, Castiel. --- respondi cruzando os braços e revirando os olhos, totalmente entediada.

— Tenho um encontro com alguém aqui.

— E eu com isso ruivo?

— Normalmente eu não sou contra nossas pequenas briguinhas, mas agora não é a hora, eu prefiro falar de negócios com alguém. Saia daqui. A escola é grande, você pode choramingar em outro lugar.

— Aff, seu imbecil. --- peguei a mão da Rosa e a puxei suavemente para a porta --- Vou sair daqui porque eu quero e se eu ver um material meu fora do lugar, você vai se ver comigo.