Capítulo 14

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Para variar um pouco fiquei mexendo no notebook, colocando em dia minhas novidades com minhas amigas de lá, fazia tempo que eu não falava com elas e eu morria de saudades daquelas duas loucas

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Para variar um pouco fiquei mexendo no notebook, colocando em dia minhas novidades com minhas amigas de lá, fazia tempo que eu não falava com elas e eu morria de saudades daquelas duas loucas. Realmente só a Amanda e a Ana que não se afastaram por eu me mudar para a França e são nessas horas que a gente vê quem são realmente os amigos.

Estava no skype quando a luz começou a piscar que era justamente o Sebastian que queria falar comigo, que saco! Por que ele queria me perturbar ainda? Aff.

Sebby diz: Oi

Sebby diz: Eu sei que está aí

Sebby diz: Que coisa Roxanne, não seja criança. Converse comigo.

Roxy diz: Aff. O que você quer? Eu estou ocupada, tenho coisas para fazer.

Sebby diz: Conversar um pouco, eu estou com saudades.

Roxy diz: É sério, o que você quer? Por que está perturbando a minha mãe para eu falar com você? Isso é muito baixo, Sebastian. Até mesmo para você.

Sebby diz: O que quer dizer com "até mesmo para você"? Ah Roxy, você está me evitando como se eu tivesse alguma doença contagiosa ou algo assim. Tive que apelar pra você me atender.

Roxy diz: Tá bom. Mas não se respondeu até agora o que você quer. Não sei aí mas aqui está bem tarde e eu tenho que acordar cedo amanhã para a aula.

Sebby diz: Sabia que a Lisa está grávida?

Roxy diz: WFT?! SÉRIO ISSO?! OMG!

Sebby diz: Sim, sua amiga quer que você seja a madrinha. Se tivesse procurado por ela, você saberia. Isso se já não tiver esquecido os seus amigos.

Roxy diz: Não seja idiota, resolveu me perturbar aí do Brasil é? Aqui está tudo corrido e estou tentando me adaptar, acha que é fácil? A escola aqui é puxada, apesar de na primeira semana quase não ter aula, tenho ainda muita coisa pra fazer nos clubes.

Sebby diz: Hm

Roxxy diz: Não vem com essa pra cima de mim. Tenho que ir agora, avisa pra Lisa que eu aceito sim ser madrinha do bebê e que logo eu entro em contato com ela. Até mais.

Sebby diz: Até mais Roxanne.

[...]

Caramba eu nunca pensei que uma conversa com ele fosse me esgotar tanto! Eu não sei a partir de que momento ficamos assim, só sabia que tinha mais coisas para me preocupar e uma delas era não chegar correndo atrasada.

Me arrumei correndo com um short de cintura alta e um cropped branco, prendi meus cabelos num rabo de cavalo baixo, ajeitei a franja com a mão, coloquei os sapatos de salto preto e mesmo com os pés doendo fui correndo para a escola e gastei dez minutos, enquanto comia meio desajeitada uma barrinha de cereal.

Anotei tudo da aula com atenção, a matéria era geografia e quase nem percebi quando o professor de história Faraize surgiu na sala. Eu estava tão aérea e aquilo não me animava muito, é claro que eu anotava tudo certo e gravava o que o professor falava para estudar depois, só que tinha um problema. Eu estava agindo como se fosse no piloto automático.

— Hey diva. --- Alexy apareceu do meu lado meio preocupado --- Está tudo bem com você? Estou te achando meio distraída hoje. Aconteceu alguma coisa? Já está no intervalo se não percebeu.

— Eita! Mas já? --- perguntei confusa e ele riu --- Minha tia viajou por um mês e nesse meio tempo vou ficar sozinha em casa, isso não é ruim só para deixar claro. Mas meus pais são super protetores quando querem e eles estão planejando vir pra cá só pra ficar de olho em mim e eu não quero isso.

— Não tem uma boa relação com os seus pais? É isso? --- ele fez carinho nos meus cabelos e sorri pra ele enquanto íamos na lanchonete da escola mesmo.

— Não é bem assim. Eles vivem viajando e tal e parece que ultimamente querem "repor o tempo perdido" e quando eles estão perto, eles me sufocam. Tiram minha liberdade sabe?

— Hum acho que te entendo.

—  Parece que eles não confiam em mim, eu só vim para cá porque eu ficaria com a minha tia. Isso me magoa.

— Ah não fica assim, linda. --- ele disse me entregando um sanduíche natural e o suco.

— Obrigada. --- sorri e aos poucos fui tomando o meu lanche --- Tive uma ideia, Alexy.

— Sim? --- ele perguntou animado e eu segurei as mãos dele por cima da mesa.

— O que acha de você e o Armin dormirem lá na minha casa hoje?

— Nossa! Você tem certeza que consegue aturar o Armin? Eu adoraria ficar na sua casa, diva!

— Ah que isso, o Armin não é tão ruim assim.

— Isso porque você não dormiu perto dele pra saber. --- o azulado deu uma gargalhada e por fim resolvemos nos encontrar na porta da escola no fim da aula.

[...]

— Você está me evitando? --- ouvi a voz do Castiel perto de mim na escadaria e quase morri do coração.

— Puta que pariu, Castiel! Pare de me assustar assim.

— É engraçado ver sua reação. --- sua carranca mau-humorada sumiu num breve sorriso --- Mas isso não responde a minha pergunta.

— Não é isso eu só... Não estou num bom dia.

— Parece que te salvar do mar não serviu de muita coisa.

— Não precisa jogar isso na minha cara. --- bufei irritada --- Eu sei que foi descuido mesmo, já me desculpei e agradeci por isso. Não sei o que quer de mim!

— Nada.

— Ai menino, para de ser estranho. E de me confundir também.

— Não fiz nada!

— E já está nervoso de novo! Eu também não fiz nada. --- resmunguei e ele me olhou com cara feia antes de se sentar do meu lado e colocar um fone na minha orelha. --- O que é isso?

— Só escuta.

A música era Nevermind do Nirvana e me acalmou um pouco, senti meu corpo relaxar e apoiei a cabeça no ombro dele, ele sorriu para mim quando comecei a cantarolar a música e ele fingir que estava tocando a música.

Por um momento nada importou. Só apenas nós dois curtindo a música e absorvendo tudo o que ela poderia transmitir, não tinha problemas, brigas, confusões que me tiravam o sono sem motivo nenhum. Só um ruivo mal humorado que havia salvo a minha vida sem nem hesitar.

O amor é doce?Onde histórias criam vida. Descubra agora