Capítulo 19

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O dia amanheceu meio frio e nublado então coloquei uma blusa de manga cumprida branca, coloquei um lenço no meu pescoço branco com detalhes pretos e cinzas, uma calça jeans clara e prendi meu cabelo num rabo de cavalo alto, fiz uma maquiagem suave...

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O dia amanheceu meio frio e nublado então coloquei uma blusa de manga cumprida branca, coloquei um lenço no meu pescoço branco com detalhes pretos e cinzas, uma calça jeans clara e prendi meu cabelo num rabo de cavalo alto, fiz uma maquiagem suave, peguei minhas coisas e fui para a escola.

Mal entrei na escola e fui parada por uma morena de olhos azuis, vestida de uma forma bem vulgar estilo uma artista do pop bem vagabundinha – eu juro que tentei não julgar a garota pela aparência – me perguntando sobre o Castiel, eu disse que não sabia onde ele estava e ela agradeceu. Que estranho. O que ela poderia querer com ele?

Assim que cheguei no corredor meu coração gelou e parou na hora, senti um arrepio descer pela coluna quando vi dois loiros conversando na porta do grêmio, Nathaniel parecia empolgado e o outro mais alto tinha um sorriso leve nos lábios.

Eu reconheceria aquele loiro até na China, então ele se virou para mim e sorriu caminhando na minha direção, olhei para os lados discretamente tentando buscar ajuda em algum lugar e não encontrando, por fim ele parou na minha frente com as mãos nos bolsos da calça e eu tive que levantar a cabeça para olhar em seu rosto, um olhar meio zombeteiro estava em seus olhos azuis claros. Deixei de besteira e resolvi tomar o controle da situação, já que não tinha como eu fugir mesmo.

— Sebastian. --- disse o mais fria possível que consegui --- O que faz aqui?

— Vou estudar aqui agora. --- ele disse com sua voz calma, rouca e suave ao mesmo tempo e meio entediada.

— Como? --- não consegui evitar o choque --- O que?

— Seus pais não falaram? --- agora foi sua vez de ficar surpreso --- Bom, eu consegui uma bolsa para estudar aqui, cheguei na cidade ontem.

— Ah. Que bom. Eu acho. --- confesso que fiquei muito confusa e surpresa com ele ali, afinal não era todo dia que seu ex-namorado surge na sua frente, ainda mais quando vocês moram – ou moravam no caso – em países diferentes.

— Ah que isso, Roxy! Vai ficar monossilábica comigo até pessoalmente? Não sei por que está fugindo assim, até onde eu sei não fiz nada e se não se lembra, foi você que quis terminar tudo e eu aceitei de boa sua decisão. Por mais que me magoou aquilo.

— Eu... --- simplesmente não sabia o que falar, porque infelizmente ele estava certo --- Eu só... É complicado Sebastian, você sabe muito bem porque terminamos.

— Sim, eu sei. --- ele revirou os olhos e cruzou os braços --- Você estava vindo para Paris e não achava justo me prender já que estávamos basicamente em países diferentes. Isso mudou agora.

— Sebastian, olha isso tudo ta acontecendo muito rápido. Você estar aqui não significa que vamos voltar, ok?

— Eu te conheço bem o suficiente para saber que não funciona de pressionar, Roxy. --- ai, ele basicamente jogou as palavras na minha cara --- Eu não disse sobre voltar. --- ai cara, eu acho que até o Castiel seria um pouco mais gentil agora --- Só quero conversar com você sem problema nenhum, como fazíamos antes. Não quero ser ignorado, pode ser?

— Tudo bem, muito justo. --- suspirei derrotada e torci a ponta do meu cabelo, sim eu estava nervosa --- Não irei te ignorar, só não me cobre demais ok?

— Combinado.

— E então... Onde é sua primeira aula?

— Sala A.

— É bem aqui. --- apontei para a sala e o puxei pelo braço --- Vem comigo, não é porque eu sou razoavelmente forte que vou ter que arrastar você.

Opa. Péssima ideia. Foi péssima ideia entrar na sala puxando o Sebastian já que todo mundo ficou nos encarando e querendo saber porque eu estava com o novato, claro que ninguém sabia da minha ligação com ele, só que eu corei mais do que os cabelos do Castiel.

Fui para meu lugar na frente do ruivo e senti seu olhar intenso na minha nuca, engoli em seco e fui copiar a matéria do quadro. Oh não... Ele tinha que se sentar bem no meio entre a Rosa e o Alexy? Sério mesmo, Sebby? Não podia sentar em qualquer outro lugar da sala?

A albina me lançava olhares como "você vai me contar tudo!" e de vez em quando dava umas encaradas para o loiro ao seu lado, eu estava sentindo o ar muito tenso e por um minuto eu não agüentei e pedi para o professor para eu ir à enfermaria porque eu não estava me sentindo bem.

O que não era bem mentira, eu acho que minha pressão havia caído, juntou o susto de vê-lo ali com o fato de eu não ter comido nada no café da manhã. É eu estava atrasada e nem deu tempo de preparar nada pra comer, me processe.

A enfermeira foi boazinha e disse que foi apenas hipoglicemia, então me deu uma bolacha de sal e outra de doce, para tentar equilibrar a pressão e pediu para que eu ficasse deitada na maca por mais uns minutos até o final da aula, assim eu não iria me esforçar nem piorar.

— Menina o que aconteceu? --- Alexy e Rosa surgiram como um furacão e suspirei alto.

— Nada demais, apenas uma queda de pressão. Não consegui comer no café da manhã e acho que com todo o estresse dessa última semana me pegou de jeito.

É claro que eu não iria falar que a causa era o novato e meu ex-namorado que ainda mexia um pouco comigo e eu fugia dele como o diabo foge da cruz, o que confesso era realmente uma atitude infantil porque terminamos numa boa, não houve brigas, traição, nem falta de amor, nada disso. Só foi a melhor decisão na época, já que eu vim pra cá e eu acreditava realmente que um namoro a distância não daria certo entre nós e ele foi muito compreensivo comigo e eu tava sendo uma babaca com ele. Me senti idiota por conta disso.

O amor é doce?Onde histórias criam vida. Descubra agora