Capítulo 8

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Nem sei por quanto tempo dormi, só sei que acordei no meu quarto e com a tia Agatha me chamando para jantar e comentar sobre o galo na minha cabeça, contei meu dia para ela que logo ficou irritada com a Ambre, mas eu consegui controlar o nervosism...

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Nem sei por quanto tempo dormi, só sei que acordei no meu quarto e com a tia Agatha me chamando para jantar e comentar sobre o galo na minha cabeça, contei meu dia para ela que logo ficou irritada com a Ambre, mas eu consegui controlar o nervosismo dela. Como ela não falou sobre algum garoto em casa, presumi que o Castiel havia ido embora antes dela chegar e ver que estava tudo bem comigo.

Geralmente eu não conseguia dormir fácil depois que eu acordava só que eu estava tão cansada que logo dormi assim que jantei e me joguei na cama. Não tive muitos sonhos e não lembrava muita coisa deles.

Novamente acordei com o despertador me chamando, essa minha rotina de só ir para casa e escola estava acabando comigo, talvez eu resolva finalmente sair pela cidade e conhecer alguns lugares bons para passear. Tomei um banho rápido, ainda bem que minha franja cobria o calo da minha testa que estava com uma cor meio avermelhada e arroxeada. Coloquei uma calça jeans branca, saltos pretos e uma regata azul escura, foda-se ser discreta agora.

Fiz uma maquiagem suave e prendi meus cabelos em um rabo de cavalo alto, completei o visual com brincos delicados de ouro e estava pronta para mais um dia de aula. Comi sucrilhos com leite e não me esqueci de tomar o remédio para dor de cabeça já que estava um pouco dolorida ainda. Mal cheguei na escola e fui basicamente raptada pelo Alexy e a Rosa.

— Ai amiga, que ódio daquela Ambrega! --- Alexy disse me abraçando apertado.

— Como você está?

— Eu estou bem Rosa, obrigada por se preocuparem comigo.

— Soube que o Castiel te levou para casa.

— Não inventa coisa, Alexy. Ele só me ajudou, confesso que fiquei meio confusa com isso.

— Mas você está melhor mesmo, não é? --- Rosa insistiu e foi me arrastando para a aula de Biologia.

— Sim, estou bem melhor.

— Ótimo, te quero bem e inteirinha na minha festa!

— Tão interesseira Rosa. --- fingi estar chateada e ela deu uma risada gostosa.

— Não vai se esquecer hein.

— Com você me lembrando 24 horas por dia, não tem nem como eu quiser. Mesmo se eu quisesse.

A aula era chata só que mesmo assim prestei atenção, copiei a matéria e fiz anotações com minhas próprias palavras do que eu havia entendido e como era mais fácil para eu poder estudar mais tarde, era assim que eu ia bem nas provas, por estudar de um jeito diferente e não só decorar as coisas.

— Como você está? --- Castiel surgiu do chão e quase me matou do coração ao cruzar os braços na minha frente e me encarar entre malicioso e preocupado.

— Estou bem. Por falar nisso, obrigada por me ajudar ontem.

— Sem problemas. Tenha mais cuidado.

— Não foi culpa minha, você sabe disso.

— É sei. Nos vemos na festa da Rosalya.

— Por quê? Você não vem para a aula amanhã?

— Tenho que resolver umas coisas.

— Hum, entendi. Então até mais.

Ficamos nos encarando por um tempo e ele parecia querer dizer alguma coisa só que no fim ele saiu sem falar mais nada e eu fiquei confusa com a reação dele, ele sempre me deixava assim, dava vontade de desvendar cada lado dele.

Resolvi comer na lanchonete da escola mesmo e fui rodeada pela Rosa, Alexy, Armin que continuava a jogar seu PSP, Lysandre e Íris. A ruivinha disse que ia atrás da Kim para combinarem de fazer um trabalho, Rosa e Alexy seguiram seu exemplo, o outro gêmeo resolveu ir para um lugar mais calmo e para jogar e no fim só ficou eu e o Lysandre, ele era outro todo misterioso e sério, extremamente calmo e que me fazia querer descobrir todos seus segredos.

— Confesso que fiquei preocupado com você.

— Sério? --- não consegui disfarçar a surpresa --- Oh, não precisava Lysandre. Eu estou bem... Com vontade de matar a Ambre, mas bem.

— Não matá-la realmente, não é? --- ele perguntou meio incerto e dei uma gargalhada, chamando a atenção para nós, então tentei controlar meu riso.

— Você é tão ingênuo, Lys. Não foi literalmente.

— Lys? --- perguntou com um sorriso meio irônico no rosto e eu corei.

— Desculpe.

— Não se preocupe, você é minha amiga. Pode me chamar de Lys.

— Então me chame de Roxy. --- sorri para ele e foi quando me lembrei que estava com um bloco de notas dele --- Ah Lys, isso aqui é seu. Achei numa carteira da sala.

— Oh obrigado, eu tinha perdido ele. Você não o leu, não é?

— Claro que não, eu não sou de invadir a intimidade de ninguém.

— Obrigado. Eu não gostaria que ninguém lesse.

— O que tem de tão precioso aí?

— Basicamente idéias, poemas e canções.

— Entendi. Eu também escrevo letras de músicas, só que eu faço isso é em uma agenda separada.

— Por falar nisso, você escreve muito bem.

— Obrigada Lys. --- sorri e o beijei no rosto, foi tão fofo quando ele ficou corado e sem jeito.

— Sinto que você tem alma de poeta.

— É o que a minha mãe sempre diz.

— Ela parece ser muito sábia.

— Sim, ela é. Você também tem alma de poeta, depois podíamos trocar algumas letras de músicas, o que acha?

— Depois combinaremos então.

— Esperarei ansiosa por isso.

Já em casa fiz meus deveres, arrumei meu quarto que estava uma bagunça, encomendei duas pizzas e fui falar com meus pais pelo skype, estava morrendo de saudade deles mesmo que eu não demonstrasse. E também... Mesmo que não tivéssemos muito contato antes porque eles viviam viajando, era diferente quando eu morava há um continente de distância deles.

Minha nova rotina de passeio ia ficar para mais tarde porque o céu já estava escuro e eu não era louca de arriscar sair de noite sozinha numa cidade em que não conheço quase nada ainda, Sweet Amoris não era tão grande assim, mas eu também não ia dar brecha para o destino zoar com a minha cara.

O amor é doce?Onde histórias criam vida. Descubra agora