Capítulo 7

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— Olá senhorita Robin, precisamos de ajuda com os clubes de basquete e jardinagem

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— Olá senhorita Robin, precisamos de ajuda com os clubes de basquete e jardinagem. Gostaria que escolhesse um desses. --- a diretora me surpreendeu logo no corredor da escola e quase me deixou sem palavras.

— Ahn senhora. Na verdade eu estava com a intenção de entrar para o clube de música.

— Infelizmente todos os outros clubes já estão lotados.

— Tudo bem, nesse caso eu prefiro o clube de basquete.

— Que ótimo, então veja se eles precisam de ajuda.

— Mas senhora eu não sei...

— Peça para alguém lhe mostrar o lugar.

Que droga! É claro que eu sabia onde ficava o ginásio, mas não sabia se o grupo se reunia lá ou se tinham um lugar específico em que se encontravam e também não ajudava o fato de eu não conhecer ninguém do clube. Fui entrando com tudo no grêmio e assustando o Nathaniel sem querer.

— Desculpa entrar assim Nath é só que... Eu preciso da sua ajuda.

— Pelo jeito a coisa não foi boa. --- ele disse meio pensativo --- Em que posso te ajudar?

— Ainda bem que a briga foi resolvida e tudo mais. --- comentei em voz alta sem perceber e escutei uma breve risada dele.

— Você tem a mão pesada.

— Obrigada, eu acho. Eu fazia kickbox no Brasil e defesa pessoal também. Bem, isso não vem ao caso agora.

— Certo e o que posso fazer por você?

— Eu queria tanto entrar para o clube de música só que a diretora me fez escolher entre basquete e jardinagem, adoro plantas, mas não tenho paciência para cuidar delas como se devem, então escolhi o outro. Só que não conheço ninguém do clube de basquete e nem sei onde se encontram. Você não conhece quem pode me ajudar com isso?

— Hum não sei. Acho que o Castiel está nesse clube, tente falar com ele.

— Ok, obrigada Nath.

Até que foi fácil encontrar o Castiel, ele estava sentado num banco debaixo de uma árvore, escutando música no fone e fingindo tocar uma guitarra. Fiquei meio sem jeito de perturbar ele assim só que não tinha outro jeito.

— Oi Cas. --- comentei tirando o fone dele que me encarou com cara feia.

— O que você quer?

— Me leva até o clube de basquete.

— Pra que?

— Para de ser monossilábico comigo cara! --- resmunguei irritada e ele sorriu com o canto dos lábios --- Preciso ajudar lá e não sei se eles se encontram no ginásio ou em outro lugar.

— É lá no ginásio mesmo, por que não ajuda a pegar as bolas de basquete? Muitos caras falam que elas vivem sumindo.

— Cara, eu mal entro no clube e já querem me colocar como empregada.

— Você que escolheu.

— E nem por isso eu sou empregada. Qual sua próxima aula?

— Educação Física. --- me olhou meio descrente, mas pelo menos me respondeu --- E você?

— Também, então lá.

— Vou matar aula, tenho mais coisas pra fazer.

— Não seja chato, vem comigo.

Antes da aula é claro que eu tive que juntar as malditas bolas e guardar no lugar certo, o professor temporário disse que jogaríamos vôlei. Ainda bem! Eu só era boa em vôlei mesmo, até que estávamos indo bem. Até que a maldita da Ambre jogou a bola com tudo na minha cabeça, na mesma hora senti minha testa latejar e ficar meio tonta, aquilo na certa me deixaria com um galo enorme e acabei desmaiando.

Estava quase voltando à consciência quando senti braços fortes me segurarem e quando abri os olhos vi que estava nos braços do Castiel, a voz aguda e estridente da loira machucava meus ouvidos enquanto ela dava gritinhos dizendo que não era culpa dela.

— Você não tem sorte mesmo. --- ele sussurrou para mim quando percebeu que eu estava com os olhos abertos e um pouco atenta apesar de meio tonto --- Professor ela acordou, vou levar a garota para a enfermaria.

— Faça isso Castiel. Roxanne tire o dia de licença, se cuide.

Fiz um leve sinal de joia enquanto sentia ele me carregar para a enfermaria e minha cabeça quase explodir de tanta dor. A enfermeira disse que era para eu colocar gelo, tomar o remédio, ficar de repouso e se piorasse era para eu ir a um hospital.

— Vem, eu te levo para casa.

— Não precisa Castiel, você já ajudou muito.

— Cala a boca. Você não pode ficar sozinha e assim não preciso ficar nessa porcaria de escolha, todos saem ganhando.

— Ta bom, eu não vou discutir.

Caminhamos em silêncio até a minha casa, de vez em quando ele me amparava quando a tonteira ficava mais forte, então abri a porta e ele olhou um pouco impressionado pelo lugar, realmente era bem bonito moderno e simples. Minha tinha provavelmente estava no trabalho e só voltaria à noite, deixei as minhas coisas no quarto e quando voltei vi o Castiel todo esparramado no sofá.

— Cara. O que você está fazendo?

— Parece que a bolada afetou seu cérebro mais do que imaginei. --- continuou grosso como sempre --- Você não pode ficar sozinha e parece que a moça ali não está aqui no momento --- ele apontou para a foto da tia Agatha comigo e eu suspirei baixo.

— Minha tia chega só a noite, não quero te prender aqui sem precisar.

— Para de reclamar. --- ele foi até a geladeira e pegou um pouco de gelo colocando num paninho, era como se ele morasse aqui --- Vem logo. --- me puxou para o sofá e me fez deitar no seu colo.

Nem preciso dizer que fiquei sem jeito e extremamente corada com isso, não conseguia entender ele muito bem. Ao mesmo tempo em que ele era bruto, ele era carinhoso também, ao jeito dele, é claro. Apesar da situação, o colo dele era muito confortável e logo dormi ao sentir ele passar a mão pelos meus cabelos, o ruivo não percebeu mas vi seu rosto corado enquanto ele fazia carinho em mim.  

O amor é doce?Onde histórias criam vida. Descubra agora