Capítulo 23

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Eu não estava me sentindo muito bem e mesmo assim tive que ir para a aula, uma cólica chata junto com uma dor de cabeça intensa quase me derrubava, Sebby me fez companhia o tempo todo, tentando me distrair e não ficar irritada

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Eu não estava me sentindo muito bem e mesmo assim tive que ir para a aula, uma cólica chata junto com uma dor de cabeça intensa quase me derrubava, Sebby me fez companhia o tempo todo, tentando me distrair e não ficar irritada. Eu odiava TPM, acho que toda mulher odeia essa época.

A primeira aula passou bem rápida e Nath passou na sala avisando que os próximos horários seriam vagos porque o professor havia adoecido, os alunos foram saindo da sala e resolvi ficar quietinha ali mesmo, porque estava com muita dor.

Sabe aquele momento em que você não quer falar com ninguém e justamente aparece quem você não quer ver na sua frente? Então... Foi o que aconteceu, a Debrah surgiu na minha frente com sua roupa vulgar e os cabelos castanhos presos num coque esquisito.

— Aqui está a pessoa que eu estava procurando! Você é difícil de encontrar, sabe?

— Nem tanto e bom se eu desapareci é porque não quero ser encontrada.

— Eu soube que você perguntou bastante sobre mim por aí, eu te deixo intrigada?

— Um pouco.

— E eu te dou medo? Porque você poderia ter me perguntado diretamente.

— Não tenho medo de você, não te conheço e nem quero conhecer, tenho uma sensação ruim quando você está por perto, então, por favor, vá embora.

— Você tem o mérito de ser franca. O que eu fiz para merecer esse tratamento? Só porque todo mundo te acha super gentil, a não ser esta querida Ambre, mas até isso conta como positivo.

— Então pesquisou sobre mim também? --- perguntei sorrindo irônica para ela.

— Digamos que seu nome foi pronunciado bastante hoje. Eu queria saber o porquê.

— Oh e eu te deixava intrigada ou te intimidava o suficiente para que não viesse me perguntar diretamente.

— Ah que sutileza.

— Agora me dá licença, que eu tenho mais coisas para fazer. --- peguei minha mochila e estava saindo quando ela insistiu na conversa.

— O que eu posso fazer para te dar uma melhor impressão? Eu não sou má, longe disso. Inclusive me disseram várias vezes que a gente poderia se entender!

— Não acredite em tudo o que ouve.

— Por que não acredita em mim? --- ela disse meio aborrecida, mas cada fibra de mim dizia para não confiar nela --- Apenas porque eu quero que o Castiel venha comigo?

— Não só por isso, apesar de ser um bom motivo também.

— O que vai fazer?

— Você parece muito interessada e eu não gosto disso, vou encontrar o Lysandre, porque o interesse?

— Lysandre? --- ela parecia muito surpresa --- Ela não fala muito, não poderá te dizer muita coisa sobre mim. Eu fico até surpresa que ele converse contigo.

— Olha eu não vou ficar aqui escutando isso não.

— Ei espera. --- a louca me segurou pelo braço, ela queria morrer?

— O que você quer?

— Ok, eu não tenho muita escolha. Você quer que eu te conte uma pequena história, Roxanne?

— O que eu quero é que você tire a pata nojenta do meu braço.

— Venha comigo até o porão, ficaremos mais tranquilas para conversar. Você vai gostar, tenho certeza. --- então sem me dar tempo para responder, ela foi me puxando para lá. --- E aqui estamos.

— Tá. Ok, nós já estamos no porão. Agora já pode dizer o que quiser e vai logo.

— Vou contar uma história de mim, o Castiel e o Nathaniel. Você não estava aqui antes que eu começasse a minha carreira e uma pessoa tão adorável como você merece saber. --- comentou com ironia e tive nojo da cara dela, e foi continuando com sua história.

"Você está pronta? Escute bem, eu não repetirei mais. Tínhamos acabado de terminar um ensaio no porão, como todas as noites desde duas semanas, eu e o Castiel vivíamos um amor perfeito. O que você nunca terá, pelo menos com ele, pode ter certeza.

O que eu não disse ainda é que, se ensaiávamos tanto nessa época, era porque um cara tinha nos visto e queria a gente para montar uma banda profissional. Ele tinha muitas esperanças na gente e eu sabia que ele podia contar com isso. Eu tinha tudo para conseguir! O único problema era que eu me via com uma carreira brilhante, mas sozinha, como cantora, sem grupo. "

— Você realmente não presta garota! --- comentei com nojo da cara dela.

— O que? No entanto você mesma disse que eu não te dava confiança, deveria estar feliz de saber finalmente que você não se enganou. Bem me deixe voltar a contar a história.

"Então eu liguei para o produtor e fiz sua cabeça para que ele deixasse o Castiel de fora e como se ele não estivesse ligando para a banda e coisas assim. Só que o imbecil do representante de turma Nathaniel, escutou toda a conversa e corri atrás dele para que ele não contasse nada para os outros, é claro. O encurralei na sala do grêmio e tentei dar em cima dele e ele negou, você não sabe, mas eles eram bem amigos nessa época. Então coloquei as mãos dele na minha cintura e um segundo depois o Castiel entrou com tudo na sala, acho que você pode adivinhar no que ele pensou.

Seu melhor amigo tentando agarrar sua amada namorada, eu não tinha planejado isso, mas foi até melhor do que eu esperava, o Castiel socou a cara do Nathaniel e ele revidou, essa foi a primeira briga dos dois e por minha causa, isso não é incrível? E então para completar tudo com chave de ouro, eu terminei com o Castiel dizendo que sentia muito e pedindo para que ele entendesse que eu não podia perder essa chance de ouro."

— Depois que me contou tudo isso, só senti mais nojo de você, Debrah! Por que resolveu contar isso pra mim?

— Eu quis que você entendesse a mensagem, todo mundo confia em mim. Se você tentar fazer o contrário, lembre-se do que aconteceu com o Nathaniel. Ninguém acreditou no que ele falou e acabou passando pelo ciumento que quis roubar a namorada do melhor amigo. Além disso você passaria por uma garotinha ciumenta, querendo dizer o mesmo. Ninguém vai acreditar em você, nunca! Fiquei feliz de ter tido essa conversa com você. --- comentou com um sorriso falso no rosto e me deu tapinhas nas costas antes de sair do porão.

— Mas que cobra nojenta!

Comentei irritada e fui mexer na minha bolsa para procurar uma garrafinha de água quando percebi que meu celular e meu gravador profissional estavam gravando tudo. Eu esqueci que tinha colocado pra gravar as aulas, já que eu tinha essa mania, uma coisa que meu professor de curso de jornalismo me ensinou – era bom para entender a matéria depois – e me serviu muito bem.

Eu tinha uma prova de que a vadia da Debrah não era o anjinho que todos pensavam, só que eu não seria precipitada, eu iria planejar tudo com calma para desmascarar ela na hora certa.

O amor é doce?Onde histórias criam vida. Descubra agora