Parágrafo: 09 Um Passo de Cada Vez!

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#KLAUS

Mesmo quando nós já estávamos no carro e em movimento, eu ainda não conseguia falar, eu só conseguia ficar lá, entorpecido, vendo os borrões de verde e marrom que passavam pela janela. Quando eu me dei conta, Elijah estava estacionando num parque que ficava na vizinhança do meu bairro. Eu sacudi minha cabeça, eu não queria ar fresco. Eu não queria andar, falar ou fazer qualquer coisa. Ele insistiu, abrindo a porta e me puxou gentilmente pelo braço. Ele e eu fomos até um banco que estava próximo, sentamos lado a lado.

= Eu quero muito te beijar. - Elijah sussurrou. Passamos algum tempo em silêncio sentados no banco, ele não me perguntou nada e eu também não falei, precisava conversar com aquele pulguento quando ele estivesse sóbrio e alerta-lo que na próxima vez, ele ficaria sem os dentes.

Tudo bem para mim, eu sabia que o que vinha era infinitamente melhor, ele colocou seus braços em volta do meu ombro. A outra mão ele tocou a minha bochecha, suavemente, bem de leve e ele me olhou por um longo momento antes de se aproximar, eu não queria perder um minuto sequer, queria memorizar a coisa toda.

Então ele ia se aproximando de mim e eu podia sentir as lufadas de ar que saiam de suas narinas. Os lábios deles pressionaram os meus, suaves e quentes, eu não resisti e toquei sua face. Sua respiração esquentou meu rosto e seu outro braço enlaçou minha cintura, me trazendo para ainda mais perto.

Eu sempre li historias onde os autores diziam coisas como: "E ele derreteu dentro dos seus braços", e eu sempre ria porque eu lembrava do que aconteceu entre mim e Jacob, eu sabia que não existia amores arrebatadores, fui prova viva disso, mas estar assim com Elijah me faz duvidar das minhas crenças.

Que mundo, que mundo! Agora eu sabia o que os autores estavam dizendo, porque era verdade, a gente realmente derretia. Era o tipo de sentimento que a gente tinha quando tomava um copo de chocolate quente depois de um dia estressante e frio: esquentou-me de dentro para fora.

Os lábios deles se afastaram e eu senti sua língua, só por um momento antes que ele a tirasse rapidamente. Imaginei que ele houvesse se assustado, afinal, estávamos em uma praça movimentada por poucas pessoas e mesmo não querendo, éramos figuras públicas, já que eu mesmo estava tremendo um pouco. Mas não era de susto e nem de frio, era de excitação.

Quando abri meus olhos, ele estava me olhando com uma certa devoção, sorrimos um pouco embaraçados. Meu corpo fez coisas que eu não queria que ele soubesse, pelo menos ainda não, e pela sua cara e a maneira como ele se afastou de mim, ele teve o mesmo problema, o que fez meu sorriso tímido se alastrar por todo o meu rosto. Virei minha cabeça, para que ele não pudesse ver até eu estar recuperado. Voltei o olhar para ele e ele estava parado me olhando.

= Você está bem? - Perguntei calmamente. Ele não fez nada, ao invés disso ele sorriu e segurou minha mão de novo.

= Acho que o cinema pode ficar para próxima vez, certo? - Ele falou depois de um tempo. - Quer ir para casa? - Indagou me analisando.

= Não, podemos ficar aqui um pouco mais ou ir para sua casa. - Olhei para ele sentido borboletas no estomago e vi suas bochechas coradas e garanto que ele estava com vergonha.

= Vamos. - Falou passando a mão em seu rosto.

Eu não tinha esquecido o que vi nos olhos de Jacob, uma tristeza profunda, eu continuava com raiva e ao mesmo tempo preocupado, mas estar com Elijah me ajuda muito, ele apenas em estar ao meu lado me transmite calma e segurança. Entramos no carro e em pouco minutos ele estacionou o carro em frente à sua casa. Entramos e seguimos para o quarto, pedi licença e fui ao banheiro lavar o rosto, quando sai ele estava encostado na parede perto da janela.

THIS IS ME  (Esse Sou Eu) Romance Gay (Mpreg) #CCDA1Onde histórias criam vida. Descubra agora