Parágrafo: 13 Especial, Barth & Ron

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Olá Passarinhos!
Olha esse é o primeiro #Bonos. Espero que gostem. ❤❤

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#BARTH

Anos antes....

Eu poderia começar esse meu depoimento desde o início, desde quando era criança, mas prefiro começa-lo com os últimos anos. Quarto para ser exato. Pensando bem, vocês precisam entender os fatos que culminaram a minha saída de casa. Vamos lá.

Eu me chamo Bartholomew Jonas, nasci e fui criado no subúrbio de Salvador, os meus pais; Rita Souza e Armando Jonas Silva, se conheceram quando frequentavam o ensino fundamental, e assim seguiram até o ensino médio. Ambos estavam com dezessete quando começaram a namorar, mal saíram da escola e foram morar juntos, passaram quatro anos até que minha mãe engravidar de mim.

Quando Dona Rita descobriu que estava me carregando na barriga, foi aquela festa, ela tem problemas para engravidar, já tinha sofrido dois abortos espontâneos, ambos com quase quarto meses. Segundo o que meinha mãe me disse, eu era o tão esperado milagre que eles pediram a Deus.

A gestação foi muito arriscada, pois desta vez, minha mãe também corria riscos e meu pai não deixou que ela trabalhasse, ele passou a ter dois empregos, um como carregador em um supermercado e o outro de zelador do mesmo supermercado.

Meus avós - materno e paterno - morreram quando meus pais eram mais novos, então eles tinham apenas um ao outro. Agora vamos acelerar as coisas. Eu nasci prematuramente, com apenas trinta e duas semanas. Frequentei o posto de saúde mais vezes do que muitas pessoas vão a vida inteira.

Desde muito novo sabia que era diferente, mas não sabia o que me tornava diferente e tão especial, eu era um garoto franzino e estranho, por tanto, sem amigos, por ser muito delicado, sofria muito bullying, mas isso não me impediu de gostar das mesmas coisas que as meninas gostavam.

Boneca era a minha paixão, sempre tive talento para a arte de criação de roupas e quando encontrei uma boneca surrada, jogada no meio rua, não pensei em nada e a levei para casa.

Esse foi o meu primeiro erro.

Estava com dez anos quando meu pai descobriu a "Qeca" - nome da minha boneca - e a queimou na minha frente, o pior foi quando eu tentei impedi-lo de queima-la.

Esse foi o meu segundo erro.

Ele me deu uma surra, quer dizer, ele me espancou, quando acordei - dois dias depois - no posto de saúde da cidade onde morava, estava com todo o corpo dolorido e repleto de hematomas.

Claro, ele mentiu para a mamãe e para a polícia, disse todo choroso que tinha me encontrado na porta de casa daquele jeito, os vizinhos, como sempre, não viram nada, pensei em contar toda a verdade, dizer para os policiais que tinha sido ele o causador da minha dor, mas o olhar que meu próprio pai me lançou me fez recuar de medo, claramente seria muito pior se contasse a verdade, por isso me calei e confirmei sua história.

Meu terceiro e último erro veio meses antes de completar dezesseis anos. Nesta idade, já fazia alguns bicos para ajudar em dentro de casa, e foi em um desses bicos que eu o conheci. Seu nome é Ronald McCall. Ou como eu o chamava carinhosamente, Ron.

Minha mãe foi chamada para fazer
uma faxina em uma casa de luxo no centro de Salvador que os donos iriam colocar à venda, e como era uma casa muito grande, minha mãe me chamou para ajudá-la. Passamos a manhã e boa parte da tarde limpando e quando estava saindo para colocar o último saco de lixo fora, esbarrei nele, o homem mais lindo que eu vim na vida.

THIS IS ME  (Esse Sou Eu) Romance Gay (Mpreg) #CCDA1Onde histórias criam vida. Descubra agora