Cinco Anos Depois
Eram exatamente 8h00m da manhã e eu fui acordada com dois pés sendo colocados em meu rosto.
- Aurora! Vai acordar a mamãe. - Escutei o falho sussurro de Arthur.
- Desculpa, mamãe. - Aurora sussurrou e em seguida senti um beijo onde antes o pé dela havia me atingido.
Segurei o meu sorriso e também não levou muito tempo para escutar a voz de minha esposa. Sim, eu e Lica casamos haviam alguns anos.
- O que vocês dois estão fazendo? - Ela sussurrou. Certeza de que ela estava com Kauni no colo e Bruno estava agarrado a suas pernas.
Eu abri os olhos lentamente só para confirmar o que já imaginava. Kauni e Bruno eram nossos filhos mais novos, Bruno com 3 e Kauni com 2. Ambos adotados, Kauni era nossa menininha linda, ela havia vindo morar conosco com 1 ano, mas resolvemos adota-la quando fomos na republica do Congo meses antes. Desde o 1° momento ela havia nos cativado. Já Bruno estava com a gente a menos tempo, alguns meses já.
- Eita... - Sussurrou Arthur.
Eu odiava ser acordada, todos na casa sabiam disso. Mas não tinha como acordar de mau humor com a família maravilhosa que eu tinha.
- Bom dia, meu amor. - Disse minha esposa, adorava me referir a ela assim.
Levantei da cama e dei um beijo na testa de todos os meus filhos, trocando um selinho com Lica e entrando no banheiro. Fiz minhas higienes e sai do mesmo vendo meu quatro bebes e Lica deitados na cama. Todos vendo desenho, meus filhos abriram espaço e eu me deitei logo tendo Kauni e Bruno em cima de mim.
Lica riu, era sempre assim. Os dois eram um grude comigo e eu amava.
- Mamá - Aurora sussurrou. Era fofo ver Aurora e Arthur chamando Lica assim, eles escutaram uma única vez minha esposa chamar a mãe assim e desde então só a chamava de 'Mamá'.
- Sim, meu anjo. - Sussurrou Lica.
- Podemos ver outro desenho?
- Sim... por favor. - Pediu Arthur.
Minha esposa riu e então trocou o desenho colocado 'Era Do Gelo 3'. Ri com a animação dos gêmeos, era o desenho preferido deles, diferente dos irmãos, Bruno e Kauni estavam bem mais entretidos com meu cabelo e minha blusa do que tudo.
- Ai! Sem puxar. - Disse para Kauni que puxou meu cabelo com força.
Ela sorriu com a língua entres os dentes tendo certeza de que fez algo que não devia.
- Des... - Eu sorri para fofura da minha filha quando constatei que ela não sabia falar a palavra.
Mesmo estando com a gente desde seus primeiros anos, Kauni ainda tinha uma certa dificuldade na fala principalmente do português. Mas, depois de algumas consultas resolvemos coloca-la numa fonoaudióloga que vinha trabalhando isso com ela.
- É assim, Des-cul-pa. - Eu disse para que ela repetisse.
- Des-cul-pa. - Kauni repetiu e eu dei um sorrisinho.
- Mamá, o que vamos fazer hoje? - Era domingo. E os domingos eram nossos dias a toa e no final dele íamos para casa da minha sogra.
Onde fazíamos um lanche com todas as amigas da minha esposa/seus maridos ou esposas/ filhos e minha cunhada.
- O que fazemos todos os domingos, filho. - Minha esposa respondeu acariciando o cabelo de Arthur.
- A gente vai ver a tia Clarissa? - Aurora perguntou.
Clarissa era a noiva de Clara, sim, Clara com uma mulher. Foi engraçado a reação dos nossos amigos, acho que ninguém esperava aquilo.
- Ah, eu não sei. Quando a gente chegar lá descobriremos.
Arthur fechou a cara e virou de costas para Lica, um fato sobre ele: Arthur odiava não saber das coisas.
- Mamãe, podemos dormir de novo? - Perguntou Bruno.
Eu ri, meus filhos eram os maiores preguiçosos que eu já havia conhecido.
- Ué, podem. Por que não poderiam?
- Mamãe, essa era a hora que você diria algo legal pra gente fazer. - Reclamou Bruno.
Dessa vez quem riu foi minha esposa. Revirei os olhos e tirei Bruno e Kauni de cima de mim.
- Tudo bem, todo mundo vai trocar de roupa e vamos no parquinho. Pode ser?
- SIM! - Os quatro gritaram antes de sair correndo pra fora do quarto.
- Sabe que vamos ter que escovar os dentes dos quatro né? - Lica comentou levantando também.
- Eu sei. - Sorri indo até ela e lhe dando um selinho.
- Ótimo, você faz isso então. - Ela declarou ao mesmo tempo que mordia meu lábio inferior e um apertão em minha bunda.
- Espera, quê?
- É, ué. A ideia não foi sua? - Riu novamente, me deu um selinho e entrou no banheiro.
Neguei com a cabeça e ri indo me arrumar, mesmo em momentos como aqueles, eu agradecia por ter Lica na minha vida. Era incrivel como mesmo depois de todo aquele tempo ainda sentíamos o mesmo amor de cinco anos atrás.
Diferente do que eu tinha medo, depois do casamento só ficamos ainda mais próximas e cúmplices. Eu amava ver como estávamos sempre em sintonia e eu sabia que enquanto tivéssemos aquele amor avassalador dentro de nós duas, iriamos continuar no paraíso de agora.
É isto guys, acabamos aqui. Não tô pronta pra me desfazer desse meu xuxu...Eu espero que vocês tenham gostado e eu agredeço por cada um que esteve desde o começo aqui comigo. Espero ver vocês em futuras fanfics minhas. Bayy, love ya.
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Feel It Still 《Limantha》
RandomEu ainda sentia tudo aquilo. Aparentemente três anos não são o suficiente para esquecer um momento e tudo que eu mais queria era coragem pra me abrir ou então forças para seguir em frente... Seria ela capaz de me amar de volta?