Capítulo 3

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Os convites foram enviados, toda a nobreza de lajes e as pessoas mais ricas da redondeza estarão lá. O casamento de Maria Cristina estava sendo preparado para ser mais grandioso até, que da irmã, Ana.

Com o casamento da irmã marcado, Mariana almejava com todo o seu coração que pudesse realizar seu sonho de casar-se com Antônio. A paixão dos dois aumentava a cada dia que se passava, e os encontros se tornaram cada vez mais frequentes. Certo dia, em um dos encontros ás escondidas, Antônio segurou forte as duas mãos enluvadas de Mariana.

- Minha Mariana. Só peço que , por favor... Espera por mim.

- Antônio...

- Em nove meses, nove meses de trabalho, poderei finalmente pedir a sua mão. Apenas me espera... Sabemos bem, nove meses é uma eternidade...

-Esperarei por você, não tenha dúvidas... Disse Mariana ofegante.

Os rostos se aproximaram e os lábios se tocaram, o inocente e demorado beijo os deixaram mais ofegantes.

- Amanhã é o aniversário da moça mais bela e doce que já conheci. Disse Antônio, acariciando o rosto de Mariana.

- Minhas dezessete primaveras não poderiam ser melhores! Sorriu ela, ruborizada.

No dia seguinte, João mandou preparar um jantar para comemorar as 17 primaveras de Mariana. Entre os Convidados estavam, sua filha, Ana Francisca e seu marido o Baronete, Coronel Leôncio e Família, e o noivo de Maria Cristina. João Também havia convidado Alexander, que recusou gentilmente dizendo-se cansado para participar de qualquer tipo de festividade naquela noite. A casa dos Portelli estava cheia, Isabela e Mariana conversavam no sofá da sala de visitas, acompanhadas de Amélia a mucama. Olhando para os noivos. Isabela soltou.

- Papai disse que em breve serei condessa. Ele está planejando meu casamento com o Conde de Lajes.

- Mesmo? Disse Mariana com indiferença. ­ ­- O título dele que lhe agrada, ou a beleza?

- Não achou ele um bom partido? Eu o acho extraordinariamente lindo e gentil. E melhor! Ele é um Conde, Mariana! Ele é perfeito pra mim! Tão educado!

- Quando o conheci, não havia nada de gentil. Ele poderia ter pedido desculpas por esbarrar em mim na igreja, mas não! Ele foi um nobre mimado, que me exigiu desculpas estando errado...

- Nunca está errada, Mariana... Isabela ironizou, revirando os olhos. - Talvez tivesse sido você quem esbarrou nele e devia ter pedido desculpas não acha?

- Amélia está como testemunha de que eu não estava errada. Retrucou Mariana incrédula apontando para sua Dama de companhia/Escrava que estava sentada ao seu lado.

- Mariana! Ele é um Cavalheiro... Passou parte da vida em Nova Friburgo e...

- Belinha, não tente me dobrar. Minha opinião sobre ele não mudará! Ele continuará sendo um grosso, idiota da Nobreza de Nova Friburgo. Ele se veste bem, claro! Mas isto não muda caráter!

***

Alexander estava aconchegado em sua biblioteca, rodeado de livros e documentos. Examinava minuciosamente tudo o que seu pai havia deixado naquele lugar. Havia pensado seriamente em participar do jantar de aniversário da filha do Fidalgo, mas estava mais interessado em descobrir o que tanto o pai escondia naquela biblioteca. Ele se levantou para observar, pela grande janela francesa, a rua e o movimento. A igreja estava cheia, alguns nobres olhavam em direção á sua casa. Presumiu que estivessem de mexericos sobre ele e as recusas á socializações que tem feito ultimamente. Ora, é uma cidade pequena, mas rica... E o pior, todos sabem de tudo em minutos.

O Conde de LajesOnde histórias criam vida. Descubra agora