(...)
Se passou um tempo, fiquei deitada com Suga assistindo um filme qualquer de ação que nem me lembrava mais o nome, não é como se eu realmente estivesse focada assistindo-o, estava na verdade pensando na hipótese de ir mesmo ao psicólogo e também pensando no meu pedido de desculpas a Chung.
Começou a chover e a relampear, a luz caiu, já estava de noite, então eu e Suga fomos visitar o quarto de nosso filho – com as lanternas dos celulares ligadas –, que estava enrolado na coberta, deitado e virado para a parede.— Chung-Ho? — Chamei e percebi que Suga estava me olhando.
— Não precisa me chamar pelo nome mãe... — Ele se desembrulhou e me encarou, ou melhor, tentou.
— Por que está tudo escuro? E essas lanternas? — Perguntou cobrindo os olhos com as mãos e virando o rosto para o pai.
— Foi por culpa da chuva, deve ter sido algum raio ou o vento, não sei... Mas acho que daqui a pouco volta. — O mais novo assentiu.
— Não quer dormir com a gente? — Perguntei e os dois me olharam.
— Não sou mais uma criancinha...
— Ah claro! Tudo bem.. — Suga suspirou.
— Não fale assim com a sua mãe, Chung. Nós vamos descer para pegar algumas velas, durma bem! — Antes que Chung pudesse dizer algo, Suga lhe deu um beijo no topo da cabeça.
— Durma bem filho. — Nós saímos do quarto dele e descemos a escada em silêncio.
Pegamos algumas velas para deixar ao lado da nossa cama, caso fôssemos precisar. Voltamos ao quarto e deitamos, Suga me abraçou, acolhendo-me em seus braços.
— Depois vocês vão se resolver, não se preocupe. — Senti seus lábios em minha bochecha e sorri.
Após algum tempo, senti algo subindo na cama, fazendo com que ela afundasse levemente, me assutei e abri os olhos, claro, não adiantaria muito, estava muito escuro.
— Chun, é você?! — Perguntei com um leve medo.
— Sou. — Suga somente se remexeu mas não deu sinais de que estava acordado.
— Aconteceu alguma coisa, filho? — Senti ele se aproximar mais e dei espaço para que o mesmo entrasse no meio entre eu e Suga.
— E-eu só... Me desculpa. — Me levantei e abri uma brecha na cortina, para que a pouca iluminação do único poste de luz entrasse pela janela, me possibilitando de ver o rosto de meu filho, voltei para cama.
— Eu quem devo te pedir desculpas. Me perdoe por não ter confiado em você, pelas perguntas desnecessárias, eu apenas fiquei preocupada mas prometo que irei confi– — Chung me abraçou antes mesmo deu ter terminado a fala.
— Não precisa me dizer mais nada, mãe! Só me desculpa, por favor? — O olhei diretamente nos olhos e sorri, beijando sua bochecha.
— Está bem, te desculpo meu amor. — Senti ele sorrir.
— Você nunca me chamou assim.. Eu sou mesmo seu amor?
— Oh mas é claro que é! Você é minha vida Chung, eu mataria e morreria por você, se fosse preciso, saiba disso.
— Obrigado mãe, por literalmente tudo. Me desculpe pelas próximas respostas idiotas e brigas que vão ser causadas por mim, tenho certeza!
— Elas nem aconteceram ainda querido! — Ri baixo. — Não se cobre antecipadamente, okay? Uma briga de cada vez! — Agora foi a vez dele rir.
— Te prometo que tentarei ao máximo empedir brigas desnecessárias, você ao menos merece que eu seja um adolescente com hormônios à flor da pele, com crise existencial e debochado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Imagine Suga 2
RomanceS\N agora com 35 anos, estava com seu filho crescido hoje com 13 anos... E Suga onde estava? Ele realmente a amava? Por que a deixou?