• CAPÍTULO NÃO REVISADO •
Acho que vocês viram que algumas coisinhas mudaram hehehe falamos sobre isso no final
BOA LEITURA 🌞
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O barulho do despertador ecoa em meus ouvidos, enchendo o lugar com seu som irritante. Me levanto e faço tudo normalmente. Era como se eu estivesse no modo automático, dando bom dia para todos, conversando animadamente com todos e no final do dia, chegar em cada e chorar por causa dos meus sentimentos e das minhas bochechascdolirasas de tanto sorrir. Apesar de que único sorriso que realmente dói, é aquele que a gente mostra pra fingir que está bem, e ultimamente, esse era o único sorriso que eu conseguia colocar no rosto.
Desde tomar banho, me arrumar, tomar café da manhã e chegar até a escola foi pura atuação e conversas programadas no automático. Eu não ligava diariamente para Seokjin, nem mesmo semanalmente, o que fazia meu irmão mais velho ficar preocupado. Já meus pais nem ligavam. Eu já deveria estar acostumado a ser completamente ignorado pelos meus progenitores. Até Jennie havia se preocupado, mas as brechas em minha máscara de perfeição eram quase inexistentes. Todos os dias eram iguais, sempre a mesma história de "Eu estou bem", um sorrisinho aqui e ali, todos os dias eram as mesmas mentiras sorridentes.
A pressão que meus pais andam colocando sobre mim é estressante. Quando os outros fazem algo errado eles dizem "errar é humano", mas quando eu erro eles me tratam da forma mais desumana possível. Alguns adultos acham que depressão é só modinha de adolescente, drama ou até mesmo falta de Deus, mas eles esquecem que talvez seja apenas falta de carinho e atenção pela pessoa, é que somos humanos também. Erramos, choramos, nos decepcionamos, entre tantas outras coisas.
Na escola, durante as aulas de matemática com a senhora Lee eu quase me deixava chorar. Mas eu preciso lembrar de tantas e outras coisas que minha mãe nos dizia. "Pare e pense. Respire fundo e deixe que essa dor congele dentro de você. As vezes temos que fingir para não atrair mais atenção." Ela sempre fazia com que eu e Jin Hyung nos sentássemos em uma pequena roda para ouvir seus "conselhos".
As palavras de meu irmão não saíam de minha cabeça, parecendo martelar cada sílaba dentro de minha mente para fazer com que eu não esqueça de cada detalhe daquele jantar desastroso.
"Meu namorado é... Kim Namjoon."
Lembro de cada detalhe daquela noite em que nos vimos pela última vez. Lembro do meu pai brigando com o Namjoon e mandando ele e Seokjin embora, lembro do rosto horrorizado de minha mãe, lembro de Jennie tentando segurar o riso e lembro também do sentimento de ter sido enganado por quem eu mais gostei. Lembro também de Namjoon saindo de mais dadas com JinHyung. Julguei-o justo e o considerei brilhante, logo ele, que é horrível quanto o inferno e obscuro como noite.
- Taehyung? Será que eu posso falar com você? - Sinto uma mão se repousar sobre meu ombro e me viro, vendo Hoseok parado atrás de mim esperando por uma resposta.
- Ah sim, claro - me levanto sorrindo para o ruivo, que apenas me encara e segue o caminho até sua sala.
Todos que estavam presentes na mesa se entreolharam e nos viram dessaparcer em meio aos corredores. Hoseok não falava nada, o que me deixava levemente agoniado, e todos que passavam no corredor pareciam já saber o que fazer quando viam a expressão do ruivo. O silêncio entre nós era desconfortável, e essa foi a primeira vez em que não pensei em Kim Namjoon, apenas imaginei o que poderia ter causado tudo isso.
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Anathema • Vhope
Fanfiction[CONCLUÍDA] Taehyung precisa se recuperar de tudo o que acontece depois que a escola inteira descobre que seu namorado o traiu. Além de ter que lidar com pais homofóbicos em casa, e todos os crimes que eles cometem. Mudar de escola não estava em seu...