Anathema • Vhope

Stigma • I

• CAPÍTULO NÃO REVISADO •

Uy Jimin está no capítulo hehe aproveitem

BOA LEITURA 🌞

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As cartas são dadas mais uma vez nessa noite, o som do baralho sendo distribuído, junto do barulho das respirações pesadas, são os únicos sons que podem er escutados ali. Meus pensamentos estão conflitantes e barulhentos em contrapartida com o ambiente completamente silencioso e inerte. A tensão é tanta, que nem uma mosca se atreve a comparecer no meio dessa massa.

Este é um ambiente completamente hostil, e olhando para todos os presentes aqui, posso saber que os olhares destes se encontravam mais uma vez neste local, e apenas eu sou o desconhecido. Mas nem de longe é como encontrar um conhecido, posso sentir que estão cobiçando uns aos outros, mas não no sentido sexual da palavra, pelo menos não nesse instante. O único sentimento envolvido nesse momento é no sentido de presa e caçador.

Todos que estão aqui nessa mesa tem um único objetivo. Vencer esse jogo de cartas. Elas são postas como armas e não como meros pedaços de plásticos usados para distração. Todos aqui apenas querem chegar ao final, enriquecer seus bolsos, enaltecer suas mentes e se sobrepor aos demais presentes.

Este lugar conta com muitas pessoas, de diferentes classes sociais. Com tantas belas moças andando com suas melhores roupas e jóias, cavalheiros conversando sobre seus prósperos - ou não - negócios, apenas esperando o momento e a oportunidade de fazer sua superioridade ser sentida ou arrumar um acordo para aumentá-la.

Eu odeio tudo isso. Esse jogo, essa dança mascarada onde todos que participam tem algum objetivo oculto por trás de cada sorriso e aperto de mão. Mas o que mais me causa um sentimento de repulsa neste momento, é o motivo pelo qual estou aqui. Esquecer. Esquecer dos meus pais e esquecer o rosto de preocupado de Seokjin ao conversar comigo quando chegou na semana passada.

O caso com Hoseok anda me consumindo por completo. Amanhã será a terceira semana que ele está no hospital. A escola só funciona durante o período da manhã, o que me faz ficar aqui neste local até dar o horário de ir para casa. Meus pais não fazem a menor ideia de que eu não esteja tendo aula, e eu também não faço questão de contar.

Meu pai anda me pressionando a achar uma namorada, e também a conhecer algumas pessoas importantes no seu ramo de trabalho. Eu, sinceramente, não tenho a menor vontade de entender nada do que se passa naquela empresa, mas a minha obrigação como filho perfeito faz coma use eu aceite qual que ruma das propostas que meu pai coloca na minha frente.

Vivi uma vida inteira cheia de regras e obrigações jamais queridas por mim, e eu não posso mais reprimir meus desejos e tanta doutras coisas que vão possuindo o meu corpo. Qual o sentido de viver a vida sem poder escrever a sua própria história? Eu realmente não sirvo para seguir os passos ambiciosos de meu pai na empresa - ainda mais depois do que descobri; que aquilo era um abismo sem fim, ia muito além do dinheiro e do poder. O bem-estar da família nunca esteve em primeiro plano, passei a vida toda acreditando em algo que sequer existia.

Viro mais um copo de vodka em minha garganta e sinto o quão forte essa bebida é. Já é o terceiro copo que tomo desde comecei a jogar este jogo de cartas. Todos aqui se olham como se suas vidas dependessem da vitória desta partida - e talvez para alguns aqui realmente esteja valendo suas vidas.

- Esse mundo que você acredita te ajudar só está piorando a vida dos seus irmãos e a sua - uma mão é posta sobre meu ombro e escuto um timbre de voz que eu conheço muito bem.

- Até aqui você me persegue, Jungkook? - não tiro os olhos de minhas cartas ao respondê-lo

- Eu disse que a gente tinha assuntos inacabados - O moreno se aproxima mais e se senta em um cadeira ao lado.