47

1.1K 125 8
                                    

Desculpa a demora. Coloquei no meu perfil os motivos do sumiço.

Feliz ano novo ❤



Ei amor, não chora ela vai acordar. - escuto alguém falando, mas não consigo reconhecer a voz. Estou muito cansada.

Tento abrir os olhos mas eles estão pesado demais

*****

Abro meus olhos lentamente e percebi onde estou, é um quarto de hospital. Olho ao redor e vejo que estou sozinha. Flash de como eu vim parar aqui invadem minha mente, eu vinha desatenta e bati num carro, meu Deus será que eu matei alguém? Não consigo respirar direito, escuto o barulho da máquina ficar mais rápido e pelo conhecimento que tenho sei que é minha pulsação aumentando. Toco meu rosto com a mão direita, que está com algumas escoriações, e sinto que estou com máscara de oxigênio, só que continuo sem conseguir respirar direito, sinto uma dor forte na minha caixa torácica. Só lembro de ver uma enfermeira entrando no quarto e apago mais uma vez.

Acordo novamente, agora consigo respirar melhor. Tento mexer os dedos dos pés e das mãos e graças a Deus eu consigo, percebo que estou com o pé e antebraço esquerdo imobilizados. Tento respirar fundo, mas sinto uma dor forte nas minhas costelas.

- Porra! - xingo, mas o xingamento sai baixo e abafado por causa da mascara de oxigenio.

- Eu vou te matar sua piranha gorda, como você faz isso com a gente? - diz a Rita chorando e se aproxima de mim - Nós ficamos tão preocupados, se eu ver você em em cima de uma moto mais uma vez eu te mato - ela me abraça e coloca a cabeça em meu peito

- Ai - reclamo porque realmente doeu aquela aproximação

- Desculpa! - ela se levanta e põe a mão na boca - eu esqueci, foi mal. Eu preciso chamar os outros - e ela sai correndo do quarto.

Não demora muito e chega uma tuia de gente no quarto. Meu pai, José, Eros, Rita, Valentina, Lívia, Fábio e caralho... Até minha mãe.

- Meu pitoquinho eu fiquei com tanto medo de te perder - meu pai vem até mim e beija minha testa, seu rosto está banhado de lágrimas. De uma forma desajeitada ele tenta me abraçar sem machucar minhas costelas. - Eu sempre tive medo de você em cima daquela moto, minha filha me prometa que nunca mais vai andar em cima daquela coisa.

Eu tiro minha máscara de oxigênio e tento respirar sozinha, dói, porém está suportável.

- Pai... - puxo e solto o ar com calma - por favor, diz que eu não matei ninguém Pai. - eu não consigo conter as lágrimas - Diz pra mim pai que ninguém se machucou por minha causa. - choro

- Olivia pelo amor de Deus não se desespere - o Eros aparece ao meu lado - Tente respirar, por favor.

- Ei filha ninguém se machucou, ninguém além de você! Calma. - Diz meu pai nervoso

- É sério?

- Sim meu amor. Você bateu na lateral do carro, mas na parte da frente. De acordo com as câmeras de segurança da rua você ultrapassou o sinal vermelho e colidiu com o carro. No momento da batida seu corpo foi arremessado por cima do capô do carro. - O médico responsável pelo seu caso vem aqui em breve, mas você teve fraturas no antebraço e no pé esquerdo, três costelas quebradas e uma contusão pulmonar. - O Eros explica.

- Eu vou ficar bem, e o Gaelzinho em? Onde ele está?
- Eu vou ficar bem - o Eros repete o que eu falei com desdém - você poderia ter morrido no meio daquela avenida Olívia não trate isso como se fosse uma mera queda de bicicleta. - ele está irritado
- Calma galego - a Valentina chega perto da gente e passa as mãos pelos ombros do Eros - a Olivia merece umas broncas muito bem dadas, mas não vamos piorar a situação não é?
- Por quanto tempo eu dormir?
- Apenas algumas horas, o acidente aconteceu ontem quando era quase hora do almoço, e agora são - meu pai olha no relógio - 9:36 da manhã.
- Todos vieram para cá assim que ficaram sabendo. O motorista do carro que você bateu desceu para te ajudar, ele ligou para a ambulância e procurou o seu celular para ligar para alguém. Quando ele destravou a tela, a sua conversa com o Gustavo estava aberta e ele logo ligou para o Gu. Meu filho não pode vir querida porque as gêmeas não estão bem, aparentemente é só uma virose e ele junto a Jessica ficaram com elas. - Fábio se senta na cama e segura minha mão direita - eles estão muito preocupados filha, ligam a cada 3 minutos.
- Não é mentira - o José comenta e abraça o papai.

Apenas uma ideiaOnde histórias criam vida. Descubra agora