DESCULPA A DEMORA PELO AMOR DE DEUS
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23 anos de idade e o que eu fiz da minha vida?
Eu tenho minha casa própria, minha parte na loja, uma vida financeira equilibrada e acredito que eu tenha muito que conquistar ainda. No ensino médio eu era a "virgem do pau oco" porque eu sempre falava dos assuntos "tabu" com meus amigos. Os meninos, adolescentes viciados em pornô que queria gozar litros igual os caras, vinham com mimimi sobre sexo e eu sempre explicava a eles que o que eles queriam era impossível.
Lembro-me no dia quando o Wellington disse que foi transar com uma menina e não tinha camisinha, daí ele usou a sacola. Eu disse a ele que ficasse tranquilo por que a probabilidade daquilo ser mentira era bem maior do que a probabilidade dele ter um filho, ele com raiva porque eu "chamei" ele de mentiroso na frente dos amigos, me chamou para "me comer com a sacola" no banheiro da escola. Eu disse que se ele tentasse tocar em mim eu faria ele morrer sufocado com o próprio pênis.
Mas porque você tá lembrando disso mesmo Olivia? Então, eu sempre gostei de falar sobre sexo e eu primeiro planejei fazer um curso mais tranquilo para conseguir uma estabilidade financeira e depois fazer o que eu sempre quis. Hoje estou conquistando isso, quase tudo, na minha vida, acontece como eu quero (pelo menos na parte racional, porque quando o emocional entra fode tudo).
O Gustavo é muito especial para mim, sem dívidas, mas eu tenho meus objetivos e ele os ele. Eu não estou pronta para um relacionamento sério, eu sou uma pessoa muito chata, quando eu tô com a cabeça cheia tudo que eu quero é silêncio e solidão.
E quando você está com alguém você não pode agir dessa forma, você tem que saber conversar, você não pode sumir e fingir que nada aconteceu. Eu não tenho maturidade para um casamento e filhos agora, não tenho mesmo. Não vou agir pelo calor da emoção e no final acabar com tudo, por não saber lidar com meus sentimentos e o do outro.
Fico deitada na cama pensando tudo que eu já fiz e quero fazer na minha vida, imaginando situações hipotéticas. Decido levantar quando meu pai bate na porta me chamando para o café da manhã.
- Faça o que quiser, mas faça com amor. Seja a diferença que você quer ver primeiro! - digo um pedaço da música que eu gosto de frente ao espelho no banheiro e vou tomar banho
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- Olivia você ontem se trancou no quarto e desde então não comeu nada, eu e seu pai já estávamos preocupados.
- Não precisa se preocupar comigo Jo - passo por ele, que estava sentado, e beijo seu cabelo - eu sou a Olivia problemática. A merda as vezes acontece, eu surto, fico na minha solidão, depois passa tudo e eu sigo minha vidinha.
- Bom dia meu pitoquinho, bom dia amor. - meu pai beija meu cabelo, da mesma forma que fiz com o José, e beija os lábios do seu namorado. - tá tudo bem filha?
- Vai ficar papai - suspiro - eu só tenho que organizar tudo aqui pra ir a Recife com vocês, resolver minhas coisas por lá e vou pra Sampa. Acho que vou vender a moto e a casa.
- Não filha, a moto tudo bem. Na verdade eu gosto até da ideia de você vender a moto, fico muito preocupado com você em cima daquela coisa.
- Paaai - rimos - não fala assim da minha bebê, eu amo a sensação de liberdade que a moto me proporciona.
- Não - meu pai faz uma careta engraçada - venda a moto, mas a casa acho melhor você alugar, ou até mesmo deixar desocupado por enquanto.
- É, sobre a casa posso tomar uma decisão depois.
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Apenas uma ideia
ChickLitNão julguem o livro pela capa e pelo nome, eu sei que é difícil, mas eu prometo ser melhor no conteúdo. Olivia 23 anos, nascida e criada em Recife- PE, porem atualmente mora o sul do pais. Formada em administração e atualmente cursando medicina pa...