binte e quatro

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Recife

Finalmente em Recife! Acho que vai fazer um ano que não venho por aqui. Eu realmente sinto falta da minha cidade, desse calor, da minha família, mas eu sei que a distância para mim é necessária. Sinto saudade, mas eu prefiro ficar distante mesmo.

Como eu conheço muito bem a cidade não precisei avisar a ninguém que viria. Saiu do aeroporto e vou à procura de um taxi, penso em ir para a casa do meu pai ou de mainha, mas vou ficar num hotel mesmo, não quero incomodar. Vou visitar minha mãe só quando fechar o contrato e passo no papai antes de ir, pra conhecer o boy dele.

Eu só vou encontrar o dono do estabelecimento amanhã de manhã, então decido pegar uma praia ainda agora à tarde. Amo praia e em Recife as praias são maravilhosas, tirando Olinda e Boa viagem.

Riu sozinha dos meus pensamentos

Vou para um hotel e deixo minhas coisas, tomo um banho rapidinho e coloco um biquíni que realça muito bem minhas curvas. Queria ter um carro agora pra economizar dinheiro, penso em ligar para o papai mas ele deve ta trabalhando. Vai ser um dinheirão ir e voltar pra Porto de Galinhas de taxi, mas vai ser assim mesmo. Saiu do hotel e pego um taxi de frente mesmo, vou observando minha cidade e seu contraste de riqueza e pobreza tão nítido. Como o percurso demora um pouco eu tento ter uma conversa agradável com o motorista que já é um senhor de idade. Eu já falei que amo idoso? Pois então, eu amo idoso.

Desço do carro no Centro de Porto e vou a um restaurante lá perto, almoço e vejo que já é 14:30, eu estava morrendo de fome!. A atendente me avisa que o restaurante tem algumas cadeiras pela praia e eu depois que como peço uma água de coco e vou sentar mais perto do mar. Mesmo sendo dia de semana a praia estava com bastante gente. Fico olhando aquela imensidão azul e me perco nos meus pensamentos, talvez um dia eu compre uma casa na praia.

Pego meu celular e tiro uma foto minha, mando para as meninas e para o Gustavo.

Gus: você ta onde?

Eu: Recife, tenho uma reunião amanhã

Gus: vc ta sozinha?

Eu: ué, to sim

Eu: pq?

Gus: nada não. Preciso ir agora

Gus: bj ❤

Eu: ta bom ❤

- Olivia?

Escuto alguém me chamar e levanto o rosto pra ver quem é

- Oi - vejo um cara alto com uma roupa de surfista que está aberta na parte de cima, deixando expostas suas tatuagens do peito. Ele tem uma pele bronzeada e seu rosto não me é estranho.

- Eu sei que faz tempo que a gente na se vê, mas tu não lembra de mim não é? - pergunta ele rindo

- Menino eu sei que te conheço, mas to tentando lembrar de onde - falo rindo e levantando o óculos escuto que eu estava. Desço meus olhos pelo seu corpo e reparo numa tatuagem na sua cintura, que sua roupa só permite mostrar o pouquinho. - Meu Deus Henrique? - falo surpresa me levantando para abraçá-lo - caralho Henrique quanto tempo!

- Finalmente você lembrou de mim Olivia - ele fala rindo

- Menino eu só te reconheci por causa dessa tua cruz na cintura.

O Henrique é um amigão que eu fiz na época do vestibular, nos fazíamos pré vestibular juntos. Ele me ajudava muito e eu via nele uma inspiração, pois no tempo que estudávamos juntos ele trabalhava o dia todo e ia do trabalho direto pro cursinho, e mesmo assim ele sempre sabia de todos os assuntos porque estava realmente focado no que queria. Quando fumei maconha pela primeira vez foi no último dia de aula do cursinho, estávamos ansiosos para o Enem e ele quem me ofereceu.

Apenas uma ideiaOnde histórias criam vida. Descubra agora