26

1K 151 10
                                    

Chego em Porto Alegre por volta das 8:30 da manhã. Estou cansada, porem consegui dormir durante a viagem, vou até o ponto de táxi, entro em um e vou pra casa. Ao chegar deixo a mala pela sala mesmo e vou tomar um banho. As palavras da Renata não saem da minha cabeça, eu gosto de quem eu sou e de quem estou me tornando. Como na adolescência eu sempre quis fazer as coisas, mas eu não conseguia porque não tinha dinheiro ou porque minha mãe não tinha tempo ou por tantas outras coisas, eu fui crescendo e criando meus objetivos. Primeiro eu queria sair de casa, me formar e ter uma vida estabilizada e confortável. E em partes eu consegui, não me arrependo de nada que precisei abrir mão, acredito que tenho que me auto realizar para que, só assim eu me realize com algum. E que de certa forma é fácil pra mim, já que eu sou chata demais para fazer com que alguém desperte algum interesse afetivo para com minha pessoa. As palavras da Renata me deixaram um pouco magoada, mas deixa quieto, nunca fui de dar ouvido as opiniões alheiras e não será dessa vez que vou fazer isso.

Termino meu banho e coloco uma roupa confortável, pego meu notebook e respondo uns emails de fornecedores e também de clientes com duvidas em relação ao site. Pego o celular e ligo para a Jessica

- Oi meu amor, deu tudo certo? - a ansiedade dela é nítida em sua voz
- Oi Jess, deu sim! - afasto o celular do ouvido por causa do grito que ela deu - Eu estou tão feliz minha filha, temos que comemorar mais essa conquista.
- Pois é, vamos sim comemorar nossa conquista - destaco o nossa - eu não teria conseguido sem você
- Pode parando Olivia, não quero chorar no meio da loja. Ah, podemos comemorar no sábado junto à festa de lançamento do clipe do Gustavo. Você chega antes do sábado não é?
- Mulher na verdade eu já estou em casa...
- Como assim? Por quê? Achei que você iria aproveitar mais com a família, o calor, a praia que você tanto diz ter saudade...
- Eu ate tinha uns planos, mas decidi deixar para lá, eu tive uma pequena briga com minha irmã e o clima ficou um pouco pesado. Daí resolvi voltar, já que o que eu realmente tinha a fazer lá já estava resolvido.
- Com qual das suas irmã você brigou e porque? - a Jessica não vai sossegar enquanto eu não falar, por isso nem demoro a responder
- Foi com a Renata, ela esta grávida - escuto o "O" que a Jessica soltou do outro lado da linha - ela só tem 17 anos Jessica, e provavelmente o namorado dela também. Eu não resisti e falei um monte de coisas e ouvi um monte de coisas também
- Minha filha calma, você parece até que é o pai da Renata
- Como assim calma Jessica? Minha irmã só tem 17 anos...
- Não é o fim do mundo Olivia, ela não é a primeira e nem será a ultima adolescente que engravida
- Eu sei que não, mas só acho cedo demais.
- Para você é cedo demais Olivia, talvez para ela não. - - Mas agora não adianta chorar pelo leite derramado, não adianta mesmo já que ele já esta fecundado - ela rir da sua piada infame
- Com quem você ta aprendendo essas coisas em Jessica?
- A gente escuta cada coisa nessa loja minha filha, você nem imagina.
- Tenho que ir agora, vou lá no Gustavo. Estou com saudade dele
- Vá sim filha, vocês precisam conversar
- eu sabia que alguma merda tava acontecendo, o que foi?
- Não sei Olivia
- Vai fingir demência agora?
- Beijo querida e manda um beijo para meu filhote também.

E assim a Jessica encerrou a chamada.

Pego a chave do carro e saiu de casa, vou à casa do Gustavo.
Ao chegar lá já o vejo treinando, meu Deus esse menino não cansa, pelo pouco que eu sei sobre musculação, ele está malhando a perna. Eu tento chegar silenciosamente, mas os cachorros me denunciam, me abaixo e brinco com os meus bebes, olho para cima e vejo o Gustavo nos olhando, entretanto quando ele percebe que eu estou olhando pra ele, tira a vista.

- Oi Gustavo como você está? - pergunto sorrindo, me aproximo dele e deixando um beijo na sua face.

- Estou bem Olivia - ele diz serio e focado nos movimentos que fazia com as pernas

- posso saber o que você tem Gustavo?

- nada

- Ok

Eu fico ali parada em pé ao seu lado e ele continua o que estava fazendo. Ele para um pouco os movimentos e eu aproveito o momento para me sentar em seu colo.

- Você não tá vendo que estou ocupado? - ele esta serio e não olha nos meus olhos

- Estou sim, mas a gente passou uns três dias sem nos vermos, a gente mal se falou por telefone - toco em seu rosto fazendo ele me olhar nos olhos - eu estou com saudade de você.

Olho seus lábios rosados e não resisto me aproximo e o beijo. Logo peço passagem com a minha língua e o Gustavo me permite desfrutar dos seus lábios de mel. Suas mãos vão para minha cintura e ficam ali paradas, eu não quero essa distancia toda. Ainda nos beijando, o puxo para mais perto de mim, coloco sua mão na minha bunda o incentivando para apertar ali, eu o quero e muito. Desço meus beijos para seu pescoço e sinto sua artéria pulsar em meus lábios.

- Eu quero tanto você Gustavo, tudo que eu preciso agora é você dentro de mim. - sussurro em seu ouvido e rebolo em seu colo

Ele aperta minha bunda, dessa vez mais forte. Meu corpo já começa a arder de desejo. Ele passa seus braços por minha cintura, me prendendo mais a ele, e se levanta me levando junto. O Gus começa a caminhar para dentro da casa enquanto eu continuo com minha atenção em seu pescoço, ele para e me prende entre ele e a parede da sala, coloca sua mão em meu cabelo e puxa deixando nossos rostos na mesma altura e eu solto um gemido de excitação. O tesão é nítido na minha face, mas parando para olhar melhor vejo nos olhos do Gustavo um pouco de medo (?), o que esta acontecendo?

- Eu te amo

Apenas uma ideiaOnde histórias criam vida. Descubra agora