O Livro 🥀

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ᴀʟɢᴜɴs ᴅɪᴀs
ᴇ ᴅɪғɪᴄɪʟ ᴅᴇ ᴠᴇʀ
sᴇ ᴇᴜ ғᴜɪ ᴜᴍᴀ ᴛᴏʟᴀ
ᴏᴜ ᴠᴏᴄᴇ ᴜᴍ ʟᴀᴅʀᴀᴏ
6

— Descanse minha menina, tudo ficará bem.- Dizia Bá, enquanto acariciava seus cabelos e lhe dava beijos no topo de sua cabeça fazendo-lhe adormecer no colo da escrava. A serva lhe ajeitou na cama e se retirou do cômodo lhe deixando em meio a tantos pensamentos que causavam uma euforia em seu coração e pânico em sua mente.

No cômodo ao lado, havia uma senhora que sorria glorificada por em breve se livrar de um do obstáculo que lhe atrapalhavam para ter o amor eterno de seu marido que, após seu nascimento, foi dado apenas a você toda a atenção e amor fazendo assim ela cativar um ódio insuportável que se prolongaria eternamente, se dependesse da baronesa que nunca lhe desejou é sempre lhe chamou de "grande erro". A baronesa estava sentada nas grandes das enormes janelas de seu quarto que mantinham o cômodo, externamente, luxuoso. Ela tinha entre os dedos uma taça de cristal que se preenchia com um vinho do Porto já envelhecido, mas sua paz não se tardou a acabar após o barão adentrar o cômodo soltando fumaça pelas narinas, seu nervosismo era palpável e tudo aquilo era presenciando pela sua mãe que ainda mantinha uma expressão serena.

— Tens noção do que acabas de acontecer?!- O barão diz enquanto mantinha passos acelerados pelo quarto.

— O que tem de tão importante em uma pequena briga entre vosmecê e a vossa filha? Ela apenas está fazendo mais uma de suas birras irritantes para ter o que quer- Dizia a senhora, que bebericava seu vinho com calma.

— Min-Chan! Ela é nossa filha! Minha herdeira que a partir do momento em que eu proferir tais palavras que, saíram arranhando como espinhos por minha garganta, eu a fiz ter ódio de mim! Por uma decisão que eu poderia impedir mas isso já está fora de questão- ele dizia enquanto puxava os fios lisos e grisalhos em sinal de total nervoso.

— Meu senhor, tente compreender que isso será o melhor para nossa querida filha.- Disse a elegante baronesa que foi sutilmente até seu esposo e começou a dar carícias no mesmo enquanto recitava a frase que lhe fez embrulhar o estômago.

O barão já havia desistido de se impor, era desgaste tentar arranjar motivos para não ocorrer o casamento sendo que havia varios que diziam ao contrário. Seu pai, sempre lhe amou muito e sempre presou pelo seu amor e conforto como um verdadeiro pai, sempre notou seus sonhos que o faziam se encantar mesmo sabendo que isso seria difícil. Ele poderia sim se impor e findar tal acordo, mas ele tinha em mente a realidade é que aquilo seria vantajoso para os dois lado e era só isso que ele via.

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A manhã chegou mais cedo do que você esperava, seu tempo na casa estava se findando e você já sentia as lágrimas se acumularem. Bá, pela primeira vez, não havia ido lhe acordar pois ela já sabia que não tardaria a se despedir de ti. Você pôs os pés para fora da cama os fazendo ir em contato com o piso gélido arrepiando seu corpo por inteiro, tu já se despia para se banhar em uma água-morna que  era sempre re-posta ou re-aquecida pelas mucamas. Você adentrou a grande banheira e começou a de banhar lentamente enquanto sua mente pairava entre pensamentos que só pioravam seu estado que ja não era agradável. Após já está limpa e exalar o perfume floral do sabonete em barra feito pelos próprios escravos, você ainda se sentia pesada enquanto vestia um vestido azul claro que se destacava pelas belas flores de Jasmin brancas que se enraizavam pela saia de tecido tornando-o com um tom inocente é meigo o que fazia total sentido pois se aplicava com seu jeito de ser, bom, até aquele momento. Alguns minutos depois, tu já estava descendo as escadas enquanto observava a mesa farta, para você, essa fartura era inútil pois não havia ninguém com o apetite tão devasto ao ponto de esvaziar cada prato, além do que, sua família era raramente visitada para pelo menos encher 5 cadeiras a mesa. Min-Chan comia em silêncio enquanto lhe observava as espreitas dos olhos cada movimento seu e se perguntava "como conseguia tudo para si?" Ou " como és tão adorada por todos a sua volta?" Aquelas perguntas rodavam a mente da mais velha a anos e nunca foram respondidas o que lhe causava ainda mais ódio, a baronesa sorri vitoriosa ao notar que seu problema já havia sido resolvido e logo você estaria o mais longe possível do casarão.

— Do que tanto sorri, mamãe?- indagou você, que mantinha seus olhos fixos na quantidade certa de açúcar para seu café.

— Hum? Nada que lhe dê o trabalho de se intrometer.- grosseiramente sua mãe respondeu, bebericando seu chá.

Você apenas ignorou o insulto de sua mãe, não poderia se importa pois se não a responderia e isso lhe predicaria de algum modo. O café logo se findou, você já estava a subir os degraus mas é interrompida por Bá que segurava entre as mãos o livro recém encontrado por ti em meio a tantos livros da sua biblioteca.

— Pegue-o, vá até o jardim, se sente embaixo de uma árvore e relaxe minha pequena. Não esquete seus pequenos nervos com algo que ainda não aconteceu.- Disse bá, que lhe estendia o livro de capa vermelha aveludada. Você apenas concorda e pega seu chapéu em tons azuis que combinavam com seu vestido. Após já está na área externa do casarão, você acaba vendo uma árvore de cerejeira linda que, por sorte, estava em sua época o que lhe trazia mais galhos e fazia as melhores sombras. Você se senta ao relento apreciando a vista que tinha do resto da fazenda e o quão bela poderia ser as coisas mais simples do mundo, você respirou fundo assim acalmando os nervos que já se faziam a flor da pela, abre calmamente o livro e começa a recitar cada palavra escrita com perfeição em sua mente.

Dia 11 de Janeiro do ano 1870

Eu estou tão feliz que se quer consigo respirar corretamente, finalmente consegui prosear com alguém por mais de 2 minutos sem o meu pai mandar as mucamas irem me buscar a força. Ah, eu não consigo tirá-lo da cabeça, seus belos olhos castanhos que se destacavam em meio a sua pele macia, ele é apenas um criado, eu sei, mas ele vê o mundo com tanta inocência que faz com que todas as barreiras que me protegem de amar se desfaçam em meio ao vento. Eu não posso amá-lo, mas amá-lo é o que mais quero

Aquele livro, de páginas envelhecidas e de palavras feitas à mão, recitavam a vida de uma menina que ainda você n tinha conhecimento do nome, suas palavras exalam sentimentos assim faz com que tu sintas cada uma de suas emoções que se fazem presente durante todo tempo.

— Sinha!- Gritava uma das mucamas

— Já estou indo!- Você disse enquanto fechava o livro em suas mãos e seguia em direção a criada.

— Sinhá, o Barão está a chamar vosmecê faz tempo, é o vosso paí disse que é urgente- Dizia a mucama que contorcia os dedos em nervoso.

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Continua?
Ah, olá meus lindos! Eu vim agradecer a todos vocês que tem um imenso carinho por "Baronesa" e é desse carinho que ela é feita, quero me desculpar pela demora do novo capítulo. E glória! Batemos 500 vizualizações!!!
Obrigada novamente pela força que vocês me passam por cada comentário, vocês não imaginam o que to eu fico feliz.

Baronesa❦ JHSOnde histórias criam vida. Descubra agora