αρєทαs υмα ทσiτє ❁ kjmila [cσмρℓєτα]

τωєทτy-sєvєท: нє is ทστ α gσσ∂ ƒατнєr.

keneti pov

os dias passaram e a rotina do trabalho voltou com força total, muito serviço acumulado, muita burocracia. e, infelizmente, tenho que falar com meu pai mesmo que apenas o estritamente necessário e voltado ao profissional. espero que ele entenda que não pode ofender a mulher que amo e depois sacudir notas na minha frente, não sou mais um moleque. e na real, ele precisa mais de mim do que eu dele.

Cami ficou muitíssimo chateada com tudo, então a estou mimando mais que o normal. quero deixar claro que não concordo em nada com as coisas que meu pai disse, eu a conheço, sei sua história, seu caráter.

meu celular toca e eu me apresso em atender, tenho a esperança de que seja Cami, ou meu irmão, nunca meu pai. e por obra do destino, é minha mãe, já que eu estava mesmo pensando em ligar para ela.

-oi dona Tessa.

-dona está no céu •sua voz me faz relaxar, minha mãe foi todo o carinho e amor que recebemos na infância, e foram os melhores que poderíamos receber• KJ, queria chamar você e a Camila pra um jantar em que eu possa me desculpar por tudo que o seu pai disse, se é que isso é possível.

-mãe, aceito jantar, almoçar, qualquer coisa com você, mas não na sua casa.

-filho, não seja tão difícil assim.

-não estou sendo, apenas não me sinto mais bem la. fora que se o pai chegar e … não quero nem começar a pensar que meu sangue já sobe.

-fica calmo, Keneti. as coisas sempre se acertam, tenha paciência.

-não tenho que ter paciencia com ele, por que ele simplesmente não faz mais parte do minha vida. Somos só companheiros de trabalho.

-ele é seu pai.

-quando estiver pronto para agir com.o tal, aceitarei as desculpas que ele terá que pedir a mim e a Cami.

-eu sei, filho. mas, quero mesmo preparar um jantar para vocês.

-pode ser lá em casa ou na Cami? Tenho que ver com ela o dia certinho para programar onde vamos estar.

-vão viajar?

-não, é que acabamos nos revezando entre as casas conforme os afazeres pedem.

-ok, me avise ainda hoje. não esqueça KJ.

-não vou, mãe. pode deixar.

desligue e imediatamente mandei uma mensagem para Cami, ela não poderia atender então eu teria que esperar.
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camila pov

dizer que fiquei magoada com o que Tupai disse de mim seria pouco, fiquei arrasada, mas Kage está do meu lado e me conhece, está me cercando de mimos embora eu diga que não é necessário. ele não tem culpa do pai ser um troglodita. me admira que ele e Travis consigam ser homens decentes. mas enfim, minha sogra marcou um jantar lá em casa, e quando digo lá em casa, é no meu pequeno e aconchegante apartamento.

e hoje é o dia. deixei tudo organizado antes de sair e KJ vai com Tessa para lá antes que eu saia do trabalho, depois vem me buscar.

meu celular tocou pela milésima vez nessa semana, com um identificador de número privado, eu nunca atendo número privado. Mas estou de saco cheio.

•chamada on•

-alô.

-enfim atendeu •reconheci de imediato a voz do outro lado• por acaso está se escondendo?

-não preciso me esconder de ninguém, senhor Apa, se quiser falar comigo é só me ligar no escritório.

-assunto pessoal.

-que assunto? não temos assunto nenhum, mal nos conhecemos.

-oh, então hoje você consegue falar? não é assim tão indefesa.

-não sou indefesa, sou educada, coisa que o senhor não é.

-quanto quer?

-o que?

-quanto quer pra sair da vida do meu filho e sumir?

•chamada off•

fiquei sem resposta, meu coração começou a bater tão rápido que achei que fosse desmaiar, parecia que o ar não chegava aos meus pulmões.

nem me dei ao trabalho de responder, só desliguei o aparelho e o coloquei em cima da mesa, olhando o objeto como se dele fosse sair algum tipo de bicho.
bati minha testa na mesa a minha frente.

meu deus, não pode ser.
nem preciso dizer que o resto do meu dia passou voando com a voz de Tupai martelando na minha cabeça e fazendo o sangue pulsar em minhas veias.

agora estou na garagem do prédio esperando KJ vir me buscar, e embora eu não queria confusão entre ele e o pai, não posso esconder o que aconteceu.

avisto o carro preto vindo em minha direção e esqueço por um momento que estou a 1 passo de cometer um crime. Kage é meu refúgio.

-oi, gata.

-oi, gato •abro a porta do carro e sento ao seu lado, de pronto ele se curva em minha direção e me beija• como foi sua tarde?

-hum, uma bagunça. e a sua?

-bem. você quer a verdade? •o beijei de novo• seu pai me ligou e tentou me subornar.

-como é que é?

-seu pai tentou me pagar para terminar com você.

-entendi essa parte.

-então, resumidamente, foi isso. e desliguei o telefone na cara dele. fim.

-meu deus. ele só sabe fazer merda •KJ encostou a testa no volante• sinto vergonha por ele.

-amor, não precisa ficar assim •massageio sua nuca• é uma tremenda ofensa. mas não vamos deixar que ele estrague nossa noite. por nós, pela sua mãe. Hum?! 

-eu não te mereço.

-ainda bem que sabe disso •beijo seu ombro• agora, estou faminta.

KJ tocou o caminho para casar embora o clima tenha ficado pesado no início, logo deixamos de lado o assunto e os sentimentos ruins, Tupai podia tentar dominar nossa vida, mas não dominaria nossos sentimentos. um dia ele vai perceber que eu não estou a venda, nem a felicidade de KJ.

Tessa nos recebeu com um maravilhoso jantar, tinha tanta comida que mais parecia Ação de Graças. comemos e conversamos como a muito era esperado, aceitei as mil desculpas que ela me pediu. e quando KJ contou para a mãe o que o pai fez, pensei que a mulher fosse morrer de tanto desgosto. mas não quis dar assunto para não piorar a minha situação, porque daí além de golpista seria destruidora de lares.

amo KJ, com todo meu coração. mas só espero que o pai dele desista de me destruir.