αρєทαs υмα ทσiτє ❁ kjmila [cσмρℓєτα]

τωєทτy-ทiทє: ∂σท'τ ℓєαvє мє, i sτiℓℓ ℓσvє yσυ

música do cap: Call Out My name- The Weeknd
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camila pov

tirei o dia de domingo para me afundar na minha própria auto piedade, sim é patético, mas e daí? era o que eu precisava fazer, Kage mal falou comigo durante o dia e hoje não me mandou qualquer mensagem. eu sei que ele ficou chateado com a minha reação, mas seu também que irá entender e que vai me desculpar. e sei que ele não é o pai.

me olho mais uma vez no espelho de corpo inteiro do quarto, maquiagem suave, batom vermelho, cabelos soltos, saia preta justa e camisa de botões combinando com meu batom, pra completa o salto preto que KJ adora. A roupa toda na verdade. é sempre bom um pouco mais de sedução para facilitar a reconciliação.

pensando assim, desci para embarcar no meu carro.

(...)

-bom dia •cumprimento Lili na cafeteria de sempre em frente ao prédio•

-bom dia •trocamos um abraço rápido• o que aconteceu?

-porque?

-está com uma cara péssima e KJ não está aqui.

-tivemos uma briga. quer dizer, uma briga não, um conflito.

-mas vocês não iam …. ah merda, o senhor Apa?

-o próprio.

escolhemos uma mesa no canto e sentamos, tinha 10 minutos para contar tudo antes de precisar entrar. Lili me entendeu, e de certa forma concordou com as minhas atitudes, embora tenha puxado minha orelha em alguns momentos. mas, enfim, chegou a hora de pegar no batente.

entramos no prédio andando rápido, meu humor já bem melhor que durante todo o fim de semana, eu só queria ver Kage e poder chegar perto, abraçar, beijar, sentir o cheiro e no fim do dia ir para casa com ele, qualquer uma das duas.

finalmente desci em nosso andar e enquanto Lili foi para sua mesa eu fui até a sala de KJ, a porta já estava aberta e eu podia escuta-lo falar com alguém, abri devagar a porta sem fazer barulho e ele estava de costas, a pessoa a sua frente era ninguém menos que Corrine. ela me olhou nos olhos, seu olhar de deboche e desgosto. Todo sangue fugiu do meu corpo, me senti fria enquanto a observava olhar diretamente para mim e chegar mais perto dele, observei sua mão segurar firme o pescoço do homem a sua frente e então ela o beijou. e eu? minha  única reação foi abrir a porta com força fazendo ela bater na parede e ecoar o barulho pela sala.

-que porra é isso Keneti? na primeira oportunidade você me troca?

nao esperei a resposta, apenas dei meia volta e sai andando rápido, passei pela recepção e Lili me olhava com uma cara de “o que ta acontecendo aqui?”, conseguia ouvir Keneti me chamar mas em nenhum segundo eu virei para trás, senti alguem me segurar e me fazendo parar e virar.

-não toca em mim •gritei•

-camila espera amor •ele me soltou pois viu que estava me machucando, ele olhou para o lugar que estava um pouco vermelho•

-amor é o caralho, some da minha vida •continuei meu caminho para o elevador e apertei o botão de fechar a porta umas 10 vezes•  seu pai conseguiu o que queria, de os parabéns pra ele.

a porta do elevador se fechou e meus olhos não aguentaram mais, as lagrimas começaram a cair sem parar, parecia que quanto mais eu as limpava, mais elas insistiam em cair.

cheguei no subsolo e fui direto para meu carro, entrei nele e continuei chorando, me assusto com algo batendo na janela, era ele, so de olhar para cara de Keneti a vontade de chirar crescia mais, tranquei as portas para que ele não tentasse entrar.

eu não entendia absolutamente nada que ele falava, so consegui escutar alguns “eu te amo" e “não me deixe”, respirei fundo, coloquei a chave em seu lugar e dei ré, ele ficou parado olhando para mim, seus olhos estavam marejados e aquilo partia meu coração.

fiz o que a emoção mandou, segui caminho para casa, a cada farol meu choro aumentava, a primavera que havia acabado de chegar ainda estava descongelando a neve, o que fazia o cenario ficar ainda mais deprimente.

eu não posso superar a dor que está no meu coração, nao sei se Keneti fez aquilo de propósito, se ele estava mesmo tendo uma conversa bem intima com Corinne e ela o beijou, não sei por quanto tempo eles podem estar tendo um caso bem no meu nariz.

finalmente havia chegado em casa, estacionei meu carro e sai dele, seguindo pelo estacionamento, em meu pescoço estava aquele aquela colar de coração que ele me deu no nosso 2 mês de namoro, lembro de ter ficado toda boba quando ganhei ele.

flashback on

-eu nao comprei nada pra você baby •falei com a caixinha preta na mão ainda fechada•

-pare de ser boba Camila, é apenas um presente que não requer retribuição, abre logo •ele disse sorrindo, esse sorriso acaba comigo•

-ta amor •abri a caixinha de veludo preta e la estava um colar de prata com uma pedra opala escupida em coração, ela é branca mas ainda sim reflete cores diferentes•

-esse pedra combina com seus olhos •ele disse pegando o colar da caixinha•

-mas essa pedra não tem nada haver com meus olhos •me virei para que ele possa colocar o colar•

-para mim sim •afastei meu cabelo e ele colocou o colar em meu pescoço depositando um beijo eu meu ombro esposto pela blusa ombro-a-ombro•

flashback off

arranquei aquele colocar de meu pescoço e nem me importei se ele arrebentou, apenas joguei o mesmo no chão e pisei com meu salto.

continuei a caminhar para meu apartamento enquanto olhava aquele estúpido anel em meu dedo.

-aah •gruni de raiva e tirei ele•

enfim cheguei em meu apartamento, entrei na tirando meu salto, colocando minha bolsa na mesa e indo correndo ate o banheiro, abri a tampa da privada e joguei aquele maldito anel dentro, dei descarga e vi ele ir embora junto com a agua cristalina.