αρєทαs υмα ทσiτє ❁ kjmila [cσмρℓєτα]

τнirτy-ƒivє: i sτiℓℓ ℓσvє yσυ

keneti pov

eu só consigo olhar para Cami parada ali, nem me importo com o sol que ferve minha cabeça e queima meus braços. ela parece linda, mais linda do que imaginei que poderia estar, seu cabelo está quase na cintura, sua pele um pouco mais dourada, perfeita. ela veste um short jeans curto e uma regata cinza justa, minha garganta fica mais seca. Deus, eu amo essa garota.

e eu mal registro a outra mulher passando por mim e gritando palavras para Cami que eu não entendo.

neste momento, não importa nada, e eu agradeço a Deus em silêncio por ter sido fácil chegar aqui e por ter a encontrado em casa.

-podemos conversar? •ela me olha, parece que nem respira e meu coração martelando jeito um louco•

-conversar o que, Keneti? conversar sobre seu casamento? oh espera, talvez você queira conversar sobre meu vestido, ou tentar me converser a comprar uma panela antiaderente pra te dar.

-o que? •estou meio confuso• como você ....

-não se faça de idiota. você me mandou o convite do seu lindo casamento. a união do ano.

-não te mandei nada.

-como conseguiu meu endereço, quem te deu meu endereço?

-não enviei convite algum.

-pois alguém enviou, chegou tem uma semana.

-não fui eu, jamais faria isso.

-então, ia casar em segredo?

-não. quer dizer, sim. olha, eu não queria casar.

-como é?

-eu não queria casar, não com ela. E eu nunca te magoaria assim, mandando um convite. alguém mandou e esse alguém vai pagar muito caro •ela me olhou com firmeza e eu me mexi procurando alguma sombra• pode me deixar entrar? eu meio que estou fritando aqui.

Cami me olhou com calma, com os olhos escuros analisando cada movimento meu, tentei parecer calmo mesmo que poder dentro meu corpo esteja tremendo de ansiedade. tudo que eu quero é a puxar meus braços, sentir seu cheiro e o calor do seu corpo no meu.

-entra •ela abriu o portão que nos separava e me deixou entrar• devia te deixar aí fora, pegando uma ensolação.

entrei quieto, por que vai que ela me coloca pra fora de novo, observei a sala da casa, o ventilador no teto deixando o ambiente fresco. Camila me indicou o sofá e eu desabei nele, largando minha mala no chão.

ela sumiu por um instante e quando voltou tinha uma jarra de água gelada. era meio estranho tomar algo gelado, mas fez um bem danado.

-pode começar a falar •cruzou os braços e continuou de pé• estou esperando.

-primeiro de tudo. eu nunca, nunca te trai. juro por tudo que quiser.

-certo •ela parecia mais dura que antes• e aquele beijo? ou vai falar que eu sou louca e vi coisas?

-não...ela me beijou, eu não a beijei. Corrine surgiu no escritório aquele dia e ... bem, ela me beijou do nada. quando eu vi você já estava lá e não me deixou falar nada.

-então a culpa é minha, é isso?!

-não •coço meu cabelo suado• a culpa é minha, não pelo beijo, mas por não ter tentado mais. Lili disse que eu não te procurei direito, e eu concordo. eu deveria ter te perseguido na rua, feito qualquer coisa. mas fui fraco. Você entende isso? Eu sou fraco, Cami.