Capítulo 3 ( KATY )

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              Finalmente acordo, abro os olhos, ainda tenho um pouco de esperança em abrir os olhos e encontrar James ao meu lado. As luzes acendem, dois homens entram, vejo um beliche do outro lado do quarto, um dos guardas segura o braço de uma garota, ela está na cama de baixo, ela grita enquanto o homem injeta alguma coisa em seu braço. A menina começa a chorar, eles levam ela a força. Quando eles saem vou até a porta de vidro.
           – Eu preciso sair daqui – lanço bolas de fogo em direção ao vidro
           – Não adianta. – fala uma mulher atrás de mim.
           – Eu não vou ficar aqui. – Seus olhos negros por trás dos cabelos castanhos me fitam, ela é louca, ela vem com seu macacão branco que daria praticamente outra pessoa dentro – Não chega perto de mim.
           Olho para a porta, vejo um longo corredor branco através dela. Lanço um raio, nada acontece.
            – Para – ela segura meu braço – Você quer que eles venham espancar você sua ruivinha idiota?
            – Me larga.
            Sento no chão, eu não vou conseguir sair daqui. Olho para o teto, não tem nenhuma brecha, apenas umas tubulações pequenas de ar. Levanto do chão depois de alguns minutos e vejo embaixo das camas se tem alguma passagem, mas não tem nada.
              – Você acha mesmo que eu já não fiz isso? – ela sorrir na cama com um lápis entre os dedos.
              – Eu acho que você já desistiu de tentar.
              – Você não sabe nada Katy – ela grita
              – Como sabe meu nome?
              – Você acha mesmo que sofreu mais que todo mundo? – ela vai em minha direção – Eles mataram meu pai, e meus dois irmãos, a minha mãe morreu pra eu fugir com minha filha de apenas cinco meses – ela coloca o dedo no meu rosto – Eles mataram meu bebê. Não diga que eu desistir sua vadia.
                 – Eu já mandei você se afastar – empurro ela, a mulher cai no chão.
                 Sento na cama, olho para a porta, respiro fundo, olho para a mulher novamente.
                 – Eu não quis ofender você. – ela sussurra. 
                 – Eu não ligo pra você, você não me ofende.
                 – Meu nome é Cloe!
                 – Você ler mentes?
                 – Não. Eu consigo ver algumas lembranças.
                 – Você sabe pra onde levaram ela?
                 – Não! – ela deita na cama – mas talvez ela não volte.
                 – Quantos anos você tem?
                 – Dezoito... e não precisa dizer sua idade – franzo o cenho, ela me olha com superioridade – Eu já sei.
                 – Você sabe lutar?
                 – Não... – ela pega um casaco na cabeceira de sua cama.
                 – Foi o que imaginei.
                  Um homem alto bate na porta, ele procura alguma coisa no bolso, olho para Cloe, seus olhos estão fixos em mim.
                 – Não faça nada. – ela resmunga quase não mexendo os lábios.
                 – Hora do café – ele fala quase que gritando.

                                ×××

                  Vamos andando por um longo corredor, as paredes são brancas, por um momento lembro da mansão dos seres de gelo.
                  É um longo corredor branco... Olho para trás , não vem ninguém. – é apenas um homem – falo pra mim mesma, se ela não conseguir me ajudar, eu consigo sozinha.
                  – Sai da frente Cloe... – eu grito.
                  – O quê? – ela olha assustada.
                  Jogo um jato de água no homem que pega a arma na cintura, ele cai no chão antes de atirar, pego a arma de sua mão e atiro na sua cabeça. Sinto seu sangue espirrar em meu rosto.
                   – Precisamos ir agora! – olho para Cloe, o sangue do homem escorre pelo chão chegando aos seus pés – Cloe, precisamos tentar.
                    – Não. – ela coloca a mão na cabeça, vejo o desespero tomando conta de seu corpo enquanto lágrimas escorrem de seus olhos.
                    – Cloe – seguro firme seu braço trêmulo e gelado – Essa é nossa chance.
                    – Você não entende – ela senta no chão – Você nos matou. – seus olhos me atravessam.
                    – Eu não vou morrer aqui. – me ajoelho ao seu lado – Você não vem?
                    – Não faz isso Katy! – ela segura minha mão – Por favor!
                    – Adeus Cloe!
                    Vou correndo o mais rápido que consigo, ao dobrar no final de um dos corredores, vários guardas vem vindo, automaticamente volto meu corpo para trás. Penso em alguma alternativa rápida, olho ao meu redor, meu coração dispara ao ver uma porta vermelha á minha esquerda, corro até ela, não estar trancada, entro e fecho a porta novamente, vou descendo as escadas. Tudo que consigo pensar é que preciso sair daqui o mais rápido possível.
                     Luzes vermelhas começam a piscar e um barulho forte começa tocar – Droga – grito, não paro, olho as placas indicativas nas paredes, estou no décimo andar, gás começa a sair das tubulações no teto – De novo não – ponho a mão no nariz – Preciso sair das escadas – chego na porta do sétimo andar. Ao abrir a porta, vários guardas estão de prontidão, jogo bolas de fogo, corro em direção aos guardas, mas caiu no chão, alguma coisa prende meu pé esquerdo, mais guardas vem da escada de emergência.
                   – Hora de dormir – um homem injeta alguma coisa em meu braço...

Mutantes Vol. 3 KATASTROPHE o finalOnde histórias criam vida. Descubra agora