Capítulo 14 ( AVA )

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              O por do sol é o mais lindo do meu salão, os meus olhos saem da árvore agora, elas voam pela floresta, vejo todos agora, sinto suas emoções. Escuto suas vozes. Mas a algo estranho, sinto uma grande força lutando para continuar. 
           – Grande mãe da floresta, o campo da batalha com os lobos do Sul  continua devastado. – tiro os olhos do horizonte, minhas borboletas voltam para árvore.
            Olho para o guerreiro Lewis, ele espera eu dar alguma ordem. Não falo nada. Vamos caminhando  pela floresta, todos estão em suas casas, os bichos nas suas tocas, os pássaros em seus ninhos. Tudo parece estar em harmonia, até chegar no campo. Sinto dores por todo meu corpo agora. Lewis e todos os guardas que me seguiram até aqui ficam fora do campo por ordem minha.
            Ando pelo campo lentamente, lágrimas escorrem dos meus olhos, as dores ficam mais intensas, vejo cada planta destruída, elas fazem parte de mim, eu as criei, as árvores caídas no chão, são parte do meu corpo.
            Ponho as mãos no solo, posso ver armas quebradas, manchas de sangue pelo chão.  Fecho os olhos por alguns segundos, abro e plantas começam a nascer, elas são ainda mais lindas que as primeiras, as flores são azul royal, elas nascem e desabrocham por todo o campo.
            – Vejam meus filhos – levanto do chão, olho para os homens agora – Este será chamado “campo de lágrimas”.
×××
            Meu corpo está no salão na floresta, meus olhos estão viajando pelas cidades na ilha. Não consigo entender, não sei de onde vem tanto poder.
              Vou passando lentamente pela cidade da luz, tudo destruído pelo menos na metade da cidade. Vou além das montanhas.
               Aqui, aqui de onde vem a força toda que estou sentindo. As praias são as mais belas da ilha, as ruas grandes e movimentadas, a cidade Franciscana se tornou a maior e mais forte da ilha inteira, soldados desfilam pelas ruas, tudo parece ser rigorosamente dentro das leis criadas por Francisco.
                 Vou até um grande prédio no centro da cidade, as janelas são de vidros, vôo lentamente pelos andares mais altos, então a vejo.  
                 – Ah... – seus olhos azuis me invadem.
                 Tento manter a calma, ouço varias vozes agora em minha cabeça, as borboletas voltam para árvore.

Mutantes Vol. 3 KATASTROPHE o finalOnde histórias criam vida. Descubra agora