●●● KATY ●●●Sinto o cheiro da maresia, as nuvens me cobrem no céu cinza, ouço o som lá em baixo, mesmo com as nuvens carregadas posso ver o fogo dos aviões sendo explodidos no ar.
– Eu preciso me controlar. – respiro fundo.
Mesmo tão alto ainda posso ouvir os gritos de pavor e dor. Lágrimas escorrem pelo meu rosto, não quero mais mortes, chega de tantas mortes. Por favor! Respiro fundo mais uma vez. Afasto as nuvens do meu lado, um dos navios agora se prepara para lançar mísseis contra a cidade, fecho os olhos e automaticamente em milésimos de segundos estou de cabeça para baixo em um flecheiro no ar, estendo a mão para frente, meu braço sai faíscas roxas, logo percebo que é meu corpo inteiro.
– Ah... – meu grito de raiva ecoa.
Meu corpo se choca contra os primeiros aços, das minhas mãos saem fogo, tão azul e quente que antes de abrir caminho com meu corpo o caminho é derretido por fogo. Um instinto faz o escudo proteger todo meu corpo, então encontro a água do mar franciscano, o escudo impede a água de encostar em mim. Observo a explosão em cima de mim, a água parece pegar fogo, começo a subir de volta para superfície, saiu da água e vejo apenas os destroços do navio pela água, corpos mortos boiando por todos os lados.
O céu parece tremer com tantos raios e relâmpagos, subo no ar outra vez, os navios estão em minha frente, a cidade atrás de mim. Dezenas de navios, e uma mente para destruir todos de uma vez, observo os homens neles me observando no ar. Com a mente viro seus mísseis, aponto suas armas para os lados, agora a mira são eles mesmos, alguns homens espertos começam a pular na água, os encaro uma última vez.
– Fogo.
Os navios agora são atingidos pelos seus próprios mísseis, um show de explosões, meu corpo chega estremecer por dentro, a água parece pegar fogo, respiro fundo, uma vez, duas vezes... Me sinto cansada, observo os homens queimando, seus corpos frágeis boiando nas águas laranjas.
Viro de costas, agora vejo a cidade pegando fogo. Vários prédios na orla foram ao chão, vôo sobre os prédios em chamas, os que ainda não caíram pegam fogo na orla, as ruas estão tomadas pelo caos, alguma coisa passa por mim, olho para baixo e um grupo de soldados apontam armas em minha direção. Fico imóvel no ar por alguns segundos, sinto meu coração acelerando forte. Inclino meu corpo para baixo e me jogo no ar, antes que esbarre no chão paro outra vez, pouso lentamente, uma chuva de tiros atinge o meu escudo, meus pés tocam o chão e o céu estremece, sinto o poder percorrendo pelas minhas veias, raios descem do céu atingindo todos os homens, logo o barulho dos tiros acabam. A batalha agora me cerca, vejo um lobo gigante morto no chão, soldados Franciscanos caídos no chão.
– Ah... – Olho para trás e um humano corre em minha direção.
Fecho a mão e antes que lance um raio em sua cabeça um dos meus soldados de gelo o atinge com sua lança. O homem cai no chão com a lança perfurada em sua boca. Dezenas de soldados de gelo me cercam, olho em minha volta, observo seus corpos musculosos de gelo e trevas.
– Soldados? – eles batem a lança no chão em uníssono, os grandes homens de gelo marcham em minha volta, eles estão enfileirados em fila indiana em minha frente dentro de alguns segundos. – ATACAR.
Eles correm rápidos, poderosos, subo um metro do chão, vôo em cima do exército de gelo, eles começam atacar os humanos, de um tanque de guerra saem vários homens com várias armas, vejo o líquido azul em todas elas, desço em cima deles tão rápido que não dá tempo deles mirarem para atirar. Das minhas mãos saem dois chicotes de fogo azul, com o chicote da mão direita prendo três homens, fazendo os queimar até a morte, seus gritos são de pavor e dor, com o chicote da mão esquerda arremeço em direção a um prédio em chamas dois homens, disfarço os chicotes, agora o tanque flutua no ar, o arremeço no mesmo prédio o fazendo explodir, começo voar, observo rapidamente o prédio vindo ao chão. Vejo uma rua estreita cheias de soldados humanos.
– Ah... – não consigo controlar o grito que sai na medida que desço como uma flecha.
Fogo ardente sai das minhas mãos, percebo que é um beco com apenas duas saídas, atrás e em minha frente, faço uma barreira de carros com a mente atrás de mim, uma muralha de gelo começa se formar na saída á frente.
– ATIREM NA MUTANTE.
– HOMENS? – Eles começam a se movimentar rapidamente.
Perdidos e nervosos, daqui de cima posso ouvir o barulho dos tiros que vem das ruas em volta, o fogo começa jorrar novamente em minhas mãos, vôo em cima deles, a chuva de fogo começa, eles desistem de atirar, agora correm apavorados procurando um esconderijo, vejo alguns que conseguem entrar nas casas que estão com as portas abertas, vou até a muralha de gelo e volto com mais fogo, dezenas de homens queimam no meio da rua. Volto outra vez lançando mais fogo, pouso em cima da muralha, o conjunto de casas da direita começa a explodir, uma por uma, até chegar na montanha de carros do outro lado, corpos queimam no meio da rua, antes que os soldados saiam das casas da esquerda, faço-as desmoronar, em segundos todas as casas estão ao chão.
Vôo desfazendo a muralha, quando chego na avenida principal vejo Toby correndo contra os tanques de guerras, ele destrói todos que vem em sua frente, sorrio ao ver ele outra vez com seus poderes. Pouso com uma lança de gelo em minha mão direita, Théo passa voando em minha frente com seu punho azul cintilante.
– Katy? – Fala Bristol.
Quando o encaro ele faz sinal pra me olhar para trás, dois homens vem em minha direção, arremeço a lança de gelo no peito do homem da direita, um raio cai em cima do outro homem. Ouço um forte uivo atrás de mim, meu coração acelera, olho para trás e vejo seus olhos negros me encarando, vários lobos correm pela avenida, a corpos por todos os lados, humanos, mutantes, ainda não acabou, James se aproxima em cima de feroz.
– Meu amor! – feroz se abaixa para James descer.
– Acho que acabou. – ele se aproxima.
Toby mata os últimos humanos que estão aqui por perto, Bristol se aproxima junto com Janine, André e Endrews.
– A maior parte acabou. – fala Toby.
Théo pousa em nossa frente cheio de glória e poder, seu número de soldados estar bem reduzido agora. O encaro, sangue escorre de sua testa. Luck aparece em meu lado, o encaro aliviada agora.
– Vamos acabar com o restante, depois voltamos para mansão, irei mandar socorros para os feridos – observo Toby com atenção, ele Franze o cenho – Onde está o Will?
– Ele foi gravemente ferido – ele respira antes de continuar, fecho os olhos por alguns segundos – Calma, ele agora esta bem em algum lugar na floresta.
Feroz caminha pelos corpos mortos no chão, James o segue, vou atrás dele, quando James percebe minha presença para, para me esperar. Ele me abraça, ele respira forte, eu sei o alívio que isto significa.
– Vamos buscar Sophie e ficar juntos, longe de guerras, longe de tudo isso. – meu corpo vai deixando o seu na medida que as palavras vão saindo da sua boca.
– James, os seres de gelo– ele me encara com atenção – A cidade não resistiu.
– Você ofereceu ajuda – ele para quando me ver sem reação, ele me analisa em silêncio por alguns segundos – Não?!
O abraço novamente, por um momento não escuto mais nada em nossa volta, seguro suas mãos, minha testa fica grudada por alguns estantes na sua.
– Ele morreu junto com Megan!!! – o encaro, ele fecha os olhos tentando controlar as lágrimas, e consegue com muito esforço.
– NA ORLA... – Olho para os outros, Gale se aproxima junto com Johny. – KATY, JAMES? – Ela grita desesperada
Corremos para nos juntar aos outros, Gale sai da traseira do lobo de Johny.
– Na praia, três navios, eles não parecem como os outros.
– Vamos.
Vôo em direção a praia, Théo vem atrás de mim, olho às ruas destruídas, centenas de corpos mortos por toda parte. Não demora muito e estamos na praia. Meu coração acelera, os três navios são o dobro do tamanho dos outros afundados no mar franciscano. Um grande avião paira no céu, tão grande que sua sombra cobre os navios.
– Théo, prepare todos.
– Tudo bem. Vamos acabar com esses também.
– Théo? – ele se volta para mim outra vez – Obrigada por ter vindo.
– Sua guerra, é minha guerra.
Seus olhos cinzas me invadem, rapidamente vejo um míssil passando logo atrás dele. Em segundos o míssil atinge o prédio em nossa frente.
– Katy, se proteja. – Théo grita.
Mais um míssil atinge a orla, desta vez, os mutantes. O avião sobrevoa em cima de nós, várias cápsulas do tamanho de um prédio de três andares é arremessada nas ruas em baixo do avião. O avião começa se afastar outra vez, as cápsulas se abrem, mais míssil, desta vez nos prédios mais ao sul da cidade. Um exército de humanos saem das cápsulas, eles estão com armaduras por todo o corpo, os mutantes começam atacar.
– Théo, vai. – Luck se aproxima dele, sem falar nada ele entra no corpo de Théo.
– Não vou deixar você ir naquelas coisas sozinha. – o encaro.
Começamos a voar em direção aos navios, nos separamos, Théo voa para um enquanto chego no outro, vários homens e mulheres estão na proa, pouso com eletricidade espalhada por todo meu corpo. Lanço raio nos humanos em suas armaduras, paro o raio depois de alguns segundos, eles estão em pé, parados como estátua me observando.
– O quê? – Franzo o cenho.
Uma mulher alta e tatuada corre em minha direção, ela pula em cima de mim, suas mãos prendem forte meu pescoço, caímos no chão, ela soca meu rosto, me sinto tonta agora, ela soca meu rosto mais uma vez, e outra vez...
– Ah... – arremeço ela na água com a mente.
Cuspo sangue, levanto do chão rapidamente, um homem se aproxima, fogo sai da minha mão direita, o homem estende a mão esquerda, o fogo parece não o queimar. Agora ele lança fogo contra mim. O meu próprio fogo, o encaro.
– Então gosta de roubar poder? – minhas mãos faíscam raios roxos.
Trago o homem para junto de mim, o abraço forte, ele tenta se soltar mais o paraliso com a mente, ponho as mãos em suas costas, poder sai de mim, ele me encara, parece gostar por alguns segundos, deve se sentir poderoso, descarrego mais poder sobre ele.
– Não! – ele grita desesperado.
Sua pele começa a rachar, não demora muito e ele explode em meus braços, uma explosão de poder me invadem.
– Eu não sei o que são, acredito que sejam mutantes criados naqueles laboratórios, ótimo. – Meu corpo flutua no ar, todos me encaram – Eu sou Katy Watson. – Raios rasgam o céu – E ainda sou a mais poderosa.
Olho para o grande avião na cidade atirando para todos os lados, observo os mutantes em minha frente com suas armaduras, agora percebo o quanto estou respirando forte, disfarço todas as armaduras, eles caem no chão, subo mais alto agora.
– Théo, Luck? – eles me encaram no outro navio. – Saiam.
Sinto a raiva se espalhando pelo meu corpo, vejo Théo voltando para orla, as águas se agitam, vôo para mais longe da orla, trago os três navios com a mente, um grande redemoinho se forma em alto mar, o buraco engole um dos navios, raios atinge o segundo por todos os lados até ser engolido também. O terceiro começa a atirar em minha direção, o escudo me protege, vejo minhas mãos deslumbrando os raios roxos de trevas. Olho para cidade sendo devastada no fundo.
– Vocês não merecem apenas uma morte por afogamento.
O navio começa a ser esmagado como um papel, primeiro pelo fundo, até chegar na proa, os corpos miseráveis dos humanos são esmagados pelo navio, logo o redemoinho os traga, o mar está revoltado em gigantes ondas, uma tempestade de raios caem pelo céu cinza.
– Agora vamos acabar com isso.
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Mutantes Vol. 3 KATASTROPHE o final
Ciencia FicciónNos últimos meses tudo que vimos foi guerra, sangue, morte e dor, muita dor. Você foi testemunha da nossa guerra para destruir uma inimiga. Você foi testemunha da nossa guerra para destruir a mentira de um líder corrupto. Você viu a queda de duas gr...