Capítulo 26 ( THÉO )

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              Acordo mais uma vez neste quarto do laboratório onde meu avô me jogou. Não foi assim que pensei passar os últimos sete anos. Sendo testado como um rato de laboratório e obrigado a participar de missões para o B.O.S. um dos guardas abre a porta do quarto e me conduz ao refeitório. Pego um prato, me sirvo e me sento em uma das mesas. Tomo meu café da manhã quieto e calado. Mesmo se quisesse conversar não tem ninguém aqui, sou mantido longe das outras cobaias. Luck, aparece. Acho que um espírito guardião pode ser considerado um amigo para conversar no café da manhã.
             – Descobriu algo?
             – Nada, a sala esta toda selada com runas de bloqueio, não achei nenhuma brecha lá, mas, encontrei uns arquivos na sala do Steve, falando algo sobre...
             – Sobre? – ele parece surpreso.
             – Mutantes.
             – eles existem mesmo? – anos atrás soube da existência de humanos com poderes especiais. Fico surpreso em saber que era verdade.
             – Aparentemente, sim – Luck continua – A maioria deles vivem em uma ilha, poucos por aqui, mas, Steve parece planejar algo contra eles. – agora ele parece sério. – Este é o problema. Se esses mutantes resolverem atacar também começará uma guerra mundial.
              – Os arquivos estão com você?
              – Não, não conseguir pegar.
              – Me mostre depois. Precisamos  sair daqui e fazer Takeda pagar por tudo que fez.
              – Ele chegou, posso sentir sua aura.
              – Certo, se conseguir mais alguma coisa me fale. – ele sinaliza com a cabeça – Agora vá.
              Luck, desaparece em um piscar de olhos. Termino meu café e o mesmo guarda me conduz de volta para meu quarto, vou ficar aqui por mais alguns minutos, até a hora do exame de rotina, que é feito todas as manhãs as 10:00h.
×××
            Logo um guarda aparece, acompanhado da Dra. July e da Dra. Jade. Se eu não tivesse tanta vontade de matar todos nesse lugar e explodi-los depois, chamaria qualquer uma das duas para sair.
           O guarda junto com as doutoras me acompanham até a sala de exames. Me deito na maca e Dra. July injeta a agulha cheia de líquido azul que eu não faço ideia para que serve. A mesma liga algumas máquinas, ela põe um leitor de ondas cerebrais dos dois lados da minha cabeça, e um leitor cardíaco em cada lado do meu peito. Elas anotam algumas coisas na prancheta. Em seguida Takeda entra na sala.
             – Levem-no para o extrator de aura. – ele fala rígido como sempre.
            Merda! agora é a hora da tortura. Eles me colocam em uma cadeira e prendem minhas mãos e pés, em seguida ligam os leitores novamente. Takeda entra na sala e fica ao lado de July, ela fica encarregada de controlar a maquina enquanto Jade checa meus sinais vitais.
             – Comece com 15% - Takeda   diz enquanto  July liga a máquina.
              Começou a sentir o incomodo da corrente elétrica.
             – Sinais vitais normais, fluxo de aura sem alterações- Jade diz enquanto analisa tudo pelo computador.
             – Aumente para 25%.
             Á descarga elétrica se intensifica, contraio os músculos fechando os olhos bruscamente, a dor aumenta cada vez mais, mas, ainda é suportável.
             – Sinais vitais normais. – July sussurra – Alteração baixa no fluxo de aura.
              – Aumente para 35%.
            July aumenta a intensidade da corrente elétrica e por mais que eu tente, não posso conter os gritos de dor.
              – SINAIS VITAIS COM ALTERAÇÃO BAIXA. – uma voz robótica já família toma conta do ambiente – FLUXO DE AURA COM ALTERAÇÃO BAIXA.
              – Por que resiste tanto?
              – Vai Se ferrar, vovô. – forcei um sorriso entre os dentes trincados.
              – Dra. July, aumente para 65%.
             – Senhor, nunca tentamos uma descarga tão forte, ele pode não suportar.
             – Ou talvez, finalmente conseguiremos o que tanto queremos, então. Aumente a intensidade, AGORA!
             July me olha com olhos receosos, seus longos dedos brancos vão deslizando pela alavanca lentamente. a corrente elétrica é muito forte. Começo a gritar alto. A temperatura da sala inteira baixa drasticamente. As luzes começam a falhar enquanto as paredes tremem. Vejo Takeda discutindo com July e Jade, mas não consigo ouvir o que eles falam, Takeda empurra July e assume o controle da máquina, posso sentir aumentando mais a intensidade. O grito de dor fica cada vez mais alto, a ponto de fazer todos na sala se ajoelharam com as mãos nos ouvidos, com uma expressão de dor, faíscas saem das máquinas, então, July rasteja até os equipamentos, ela desliga todos rapidamente. Minha vista começa a ficar embaçada, as duas correram, Dra. Jade me tirar da cadeira, um dos soldados entra e tenta ajudar Takeda a se levantar, o mesmo nega a ajuda e se levanta sozinho, saindo da sala em seguida.

Mutantes Vol. 3 KATASTROPHE o finalOnde histórias criam vida. Descubra agora