O anjo do supremo

Capitulo 15

Acordo com a claridade entrando no quarto, vejo Jonathan dormindo serenamente. Tento me levantar mas ele rosna.

- A onde você pensa que vai?- sua voz estava rouca e ele falava ainda com os olhos fechados.

- Vou no banheiro.- ele abriu um olho e me deu um selinho. Me levantei, fui para o banheiro, ligo o chuveiro e deixo a água cair sobre o meu corpo.

Fico relembrando a noite de ontem, agora eu entendo porque a Sarah fala que aquilo era tão bom, cada toque, cada beijo, cada momento ainda passavam pela minha memória. Saio do chuveiro, coloco um short jeans e uma blusa clara, olho o meu pescoço e vejo a marca que Jonathan havia me falado.

Ele me mordeu e eu senti uma dor insuportável no começo, estava avermelhada mas logo iria passar e sumir, isso significava que todos os lobos sabiam que eu era dele.

Saio do banheiro e vejo Jonathan sentado na cama, ele estava com uma bermuda e uma regata.

- Tomei banho no banheiro do corredor, dormiu bem?- pergunta se levantando. Assenti com a cabeça.- Agora...- ele tira o cabelo do meu ombro- você tem uma placa escrita "propriedade do Jonathan."- ele rir e eu dou um tapa no seu ombro.

- Babaca.

- Seu babaca.- ele rouba um selinho. Descemos para a cozinha, comi metade da pipoca de ontem e joguei ir esto fora, depois fomos tomar café.

No anoitecer Lena e Charlie voltaram com os seus companheiros e ficamos conversando e bebendo na área da piscina.

Estávamos rindo quando comecei a sentir uma dor no estômago e uma vontade de vomitar.

- Gente, eu vou no banheiro.- me levantei, andei normalmente ate eles não me verem mais. Corri para o banheiro do quarto do Jonathan, levantei a tampa da privada e vomitei.

Vi que eu estava vomitando sangue, o que não é normal. Dei descarga, me arrastei até a cama, me sentei no chão com as costas encostadas na cama e joguei minha cabeça para trás.

A dor no estômago não parava, meu corpo começou a formigar principalmente minhas mãos. Senti algo cortar no meu pulso abaixo da minha marca de anjo.

- Filha, você terá que ser forte.- escutei uma voz feminina na minha cabeça. De repente comecei a sentir uma dor de cabeça muito forte que foi se espalhando para todo o meu corpo, coloquei minhas mãos na cabeça e mordi meu lábio para não gritar. No meu pulso se formou uma marca que eu não conheço.

- Kathe!- Jonathan aparece e se ajoelha do meu lado.- O que houve? Você está bem?- não respondo nada apenas levanto e corro para o banheiro vomitando de novo.

Jonathan fica do meu lado segurando meu cabelo e com a mão no meu ombro. Quando termino ele me pega no colo estilo noiva e me coloca deitada na cama.

- Muita... dor...- falo e solto um grito. Lágrimas caiam dos meus olhos, Lena e o resto aparecem na porta preocupados, Jonathan se levanta e pega o frasco que meu pai deu para ele. Ele coloca o frasco na minha boca mas eu não negava com a cabeça.

- Por favor Kathe.- abro um pouco a boca e sinto um gosto amargo descer pela minha garganta. Fecho os olhos e a dor para imediatamente.

Abro os novamente e vejo que estou na frente do palácio. A dor volta automaticamente e mais forte fazendo eu cair de joelhos no chão.

- Kathe!- escuto a voz de Gabriel.

- Me..meu.. pai.- Gabriel me pega no colo estilo noiva e me leva para dentro do palácio.

- RAZIEL!- Gabriel grita correndo pelo palácio. Estava tremendo de dor.

- Gabriel? Kathe! Vamos levar ela para a enfermaria.- escuto só a voz do meu pai. Chegamos na enfermaria, Gabriel me coloca deitada em uma cama, meu pai me analisa e pega no meu pulso.- Uma runa... droga Elizabeth porque agora?- ele resmunga.- Vá chamar um médico.- Gabriel sai voando o mais rápido possível. Raziel coloca a mão no meu rosto tentando me a calmar.- Vai ficar tudo bem filha, não feche os olhos. Você vai ficar bem, eu prometo.

- Eu... te...amo.- falo com algumas lágrimas caindo dos meus olhos.

- Não fale assim, você vai ficar bem.- aquela dor estava me matando, literalmente, estava me sentindo muito fraca.- Kathe. Kathe!- a voz do meu pai parecia estar longe mesmo ele estando ao meu lado, fecho os olhos e fico presa em um vazio.