Capitulo 34

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Já estava anoitecendo, todos tinham ido embora ficando só eu e Jonathan na nossa casa.

Tomei um banho morno e depois coloquei uma legging preta e uma blusa larga. Deito na cama e fico mexendo no celular.

- Preguiçosa levanta!- Jonathan fala puxando meu pé, ele estava com uma bermuda de moletom e uma blusa.

- Por que?- falo manhosa, a cama tava tão quentinha e aconchegante.

- Vamos passear, hoje a noite vai ser bonita.

- Eu to cansada.

- Vamos Katherine!

- Tá bom.- levanto, coloco um tênis e pego um casaco amarrando na cintura caso esteja frio.- Vamos.

Saímos da casa, a alcateia estava começando a ficar acessa e o sol estava indo embora. Jonathan pegou minha mão e íamos pegar uma trilha que eu não conhecia.

Na metade dela eu paro e me encosto em uma árvore.

- Que foi?- Jonathan se vira.

- To cansada.- Jonathan revira os olhos, subo em cima das suas costas.

- Muito abusada você.- fala segurando firma minhas pernas para eu não cair e começando a andar novamente.

- Estou tendo um deja vú desse momento.- rimos.

Andamos mais alguns minutos e chegamos a um penhasco pequeno, em baixo tinha um rio. Saio das costas do Jonathan e vejo melhor a paisagem.

Já estava de noite, a lua iluminava tudo mesmo coberta por algumas nuvens carregadas, tinha alguns morrinhos enfeitando a paisagem. Vagalumes voavam pelo ar.

- É lindo aqui!- digo, me sento na ponta do penhasco apreciando a paisagem.

- Sempre vinha aqui sozinho para pensar, você é a primeira a conhecer esse lugar.- Jonathan senta do meu lado.

- Ah esqueci de falar, Lena está grávida.

- Por isso eu achei ela meio estranha esses dias, depois eu dou os parabéns para ela.- coloco minha cabeça no seu ombro e ficamos olhando a paisagem por um tempo em silêncio.- Kathe.

- Oi.

- Você também fica pensando em como seria nossas vidas se nós não tivéssemos ido para o internato?

- Acho que eu estaria trabalhando em uma lanchonete agora.- rio.

- Não é isso Kathe, digo, eu nunca gostei da ideia de ir ao internato mas se eu não tivesse ido eu nunca teria tido os melhores anos da minha vida.

- Exagerado.- digo e ele rir fraco.

- Kathe agora um assunto sério, eu ainda não acredito que depois daquela batalha nós finalmente estamos vivendo em paz, eu lembro de cada momento tanto feliz, quanto triste, até agonizante. Mas agora nós estamos aqui, nos formamos hoje, eu assumi a alcateia oficialmente, temos uma casa só nossa, para falar a verdade eu nunca pensei que estaria assim um dia, sentado na beira de um penhasco vendo a lua com a minha companheira, eu até pensei que iria ficar sozinho para sempre, mas não, eu estava enganado.

- Meu bem para que esse discurso todo?- digo, ele se levanta e me ajuda a levantar me afastando da ponta do penhasco.

- O que eu quero dizer é, Kathe eu te amo muito, nos arriscamos tanto mas estamos aqui felizes. Agora, nós dois somos dois adultos responsáveis por uma alcateia e eu não quero mandar nisso tudo sozinho. Então eu queria saber se, Kathe você aceita ser minha esposa, minha Luna para sempre?- ele tira do bolso uma caixinha de veludo azul escuro.- Aceita casar comigo Katherine?

Eu fico paralisada, meu Deus isso está acontecendo mesmo? É isso mesmo gente?

- Sim, sim, é claro que eu aceito.- digo, Jonathan abre um sorriso sem mostrar os dentes, ele abre a caixinha e tinha dois anéis pratas bonitos. Ele coloca um no meu dedo e coloco o outro no seu.

No mesmo momento um pingo cai no meu rosto e começa a chover um pouco forte. Começo a rir enquanto os pingos me molhavam por inteira.

- Estamos noivos.- Jonathan fala meio sem acreditar, coloco a mão no seu rosto.

- Estamos sim meu amor.- selo nossos lábios em um beijo calmo e molhado por causa da chuva, ele pede passagem de língua e eu cedo. Quando a falta de ar fez presente colamos nossas testas e deixamos a chuva nos molhar mais enquanto eu ficava com um sorriso bobo na cara.

- Eu te amo kathe.

- Também te amo Nathan.- a chuva começava a apertar, Jonathan pegou minha mão, corremos pelo caminho que viemos e eu ria de tudo. Parecia tudo surreal, não tinha caído a ficha.

Chegamos em casa encharcados, a chuva apertou muito tendo até trovões e raios. Troco de roupa colocando uma calça de moletom e uma blusa do Jonathan. Seco meu cabelo com o secador e o tempo esfriou.

Jonathan estava acendendo o fogo na lareira. Estava no final das escadas quando tudo fica escuro, acabo soltando um gritinho. Jonathan vem na minha direção.

- Vem minha noiva eu irei te proteger.- fala esticando a mão, pego na mesma e ele me puxa para o sofá.

- Acho que acabou a luz.- digo pegando meu celular no bolso e conectando na caixa de som.

Coloco em um playlist aleatória, Jonathan deita encostando suas costas no braço do sofá, deito no meio das suas pernas encostando minhas costas em seu peito.

Coloco a coberta em cima de nossas pernas, o fogo da lareira iluminava um pouco o local e nos aquecia enquanto a chuva gelada caia lá fora.

Jonathan pega na minha mão e entrelaça com a dele colocando as duas em cima do seu joelho. Olho para a minha mão e vejo a aliança de noivado, quem diria que um dia eu iria ficar noiva.

- Como meus pais reagiram?- pergunto.

- Eu contei para eles naquela hora que estávamos no escritório, seu pai ficou meio sério no começo, mas depois deu um sorriso e me deu a bênção e alguns avisos. Sua mãe ficou feliz na hora igual a minha.

- Avisos?

- Os que ele sempre da.- rio só de lembrar, sinto Jonathan da um beijo no topo da minha cabeça.

- Vai falar os seus irmãos?

- Vou.- um silêncio ficou, Jonathan bate em meu ombro fazendo eu levantar. Ele deita no sofá e faz eu deitar de frente para o mesmo, ainda bem que o sofá é grande e espaçoso.-Morena, eu estou tão feliz que eu nem consigo pôr em palavras o quão feliz eu estou.

- Eu também estou e muito.- ele coloca o braço na minha cintura e cola nossos corpos. Dou um selar demorado no mesmo.

O anjo do supremoOnde histórias criam vida. Descubra agora