42 - Por ela

623 54 1
                                    


Não sei medir o tamanho do meu desejo ao olhar para Lucy. Seu rosto corado pelo desejo explícito em meu rosto, ela sabe que estou pensando em tudo que posso fazer com o corpo dela e quer isso tanto quanto eu.

Dirijo com pressa, sabendo que não aguentarei chegar ao apartamento dela, ou ao meu, então precisamos de alguma coisa no meio do caminho. Recordo um pequeno hotel na entrada da cidade e é para lá que nos guio a toda velocidade.

Dou algumas olhadas de lado para aquela mulher que se tornou meu único desejo e o arfar de seu peito subindo e descendo com a ânsia por ficarmos sozinhos, faz com que meu desejo aumente. Sinto meu sangue circular mais rápido e acabo passando por um sinal vermelho.

—Derek! — ela diz e ri. — Não precisa correr tanto! Precisamos chegar vivos para fazer tudo que está passando pela sua cabeça.

Sorrio.

—Você já me conhece assim? — pergunto, entrando no pequeno hotel.

—Seu olhar me diz exatamente o que você pensa...

—E todos esses pensamentos precisam de você sem roupa, colada em mim.

Virei para olhá-la e Lucy sorria para mim. Um sorriso preenchido pela euforia do que minhas palavras prometiam. Estacionei o carro na primeira vaga que achei no estacionamento que ficava em frente ao hotel.

Ela tirou o cinto de segurança e eu fiz o mesmo, mas antes que ela saísse do carro, segurei-a e puxei para beijá-la. Tomei seus lábios com os meus, sentindo seu gosto que sempre me fazia perder a noção de espaço, tempo ou lugar. Só por ela meu sangue fervia daquele jeito. Só por ela eu sentia dor de tanto desejo. Meu membro rijo pulsou em minha calça, enquanto eu apertava sua cocha macia, tirando todo fôlego dela com um beijo delicioso.

—Acho que é melhor irmos pra o quarto antes de sermos presos — ela murmurou.

—Tem razão.

Saímos do carro e grudei o corpo dela ao lado do meu, enquanto íamos até a recepção pedindo um quarto. Depois de pegar a chave do 1004, fomos até o elevador e apertei o décimo andar, grato por não ter mais ninguém conosco.

Encostei Lucy na parede fria do elevador e ela me olhou com expectativa, sorri e mordi o lábio inferior dela, que gemeu.

—Quero tanto você que chega a doer — falei.

—Sinto o mesmo, Derek.

O sussurro dela me fez colar meu corpo para senti-la. Apossei-me do seu pescoço, mordiscando levemente, enquanto uma de minhas mãos a segurava pela cintura e outra descia pela sua perna, apertando devagar.

O som do elevador se abrindo, foi nosso sinal para sairmos tropeçando em nossos pés, incapazes de nos largarmos, afastei-me apenas para procurar o nosso apartamento e com ela grudada em meu pescoço, abri a porta, nos arrastando para dentro.

Lucy estava com tanta ânsia quanto eu, pois bastou que a porta se fechasse para que ela me empurrasse até a cama, onde me jogou de costas e montou em cima de mim. Sua visão pairando sobre mim, com seus cabelos bagunçados e seus lábios vermelhos e inchados pela intensidade dos nossos beijos, me fizeram respirar fundo. Aquela mulher conseguia me enlouquecer apenas com um olhar.

—Quero tudo de você, Derek — disse com a voz rouca pelo desejo. —Tudo...

—É o que você terá, Lucy.

Ela se inclinou e me beijou. Sua língua brincou com a minha em uma dança excitante pra caramba! Como era possível querer tanto uma pessoa como eu a queria? Por mais que eu já tivesse tido boas experiências sexuais com mulheres incríveis, nunca havia sido como era com Lucy. Nossa conexão era tão intensa que me fazia perder qualquer noção de certo ou errado, me fazia esquecer o mundo lá fora, como se existisse apenas nossa pequena bolha perfeita. E ali, em nossa bolha, eu era um homem melhor e mais completo apenas por beijá-la.

O estranho da bibliotecaOnde histórias criam vida. Descubra agora