12% Louis P.O.V

6.7K 350 37
                                    

' Papá não toques na mamã ' a mamã levava com um objeto grosso que que não sabia o que era , o papá estava com uma cara zangada , acho que foi daquela bebida com um tom dourado que ele me ordenava a manter a distância. A mamã sangrava , mas ainda se mexia , isso era bom. A minha respiração estava acelerada, o papá gritava, a mamã chorava, ele sempre me disse para não bater nas pessoas isso era ser mau. O papá era mau? Não o papá era amigo, ele dava-me chupas. Os chupas não sabiam a doce , mas davam-me sono. Os gritos do papá eram mais alto e as minhas mãos faziam mais pressão contra os meus ouvidos para não ouvir aquilo. Eles estavam a brincar, sim a mamã disse-me que o papá só estava a brincar quando fazia aquilo.

O papá parou, ainda bem, mas a mamã deitava o sumo dos doi-dois pelo nariz, ela não estava boa, o papá subiu as escadas e eu sentei-me ao lado da mamã.

' Que aconteceu? ' perguntei, lembrei-me que a mamã passava a mão na minha cabecinha, e continuava pelos meus cabelos até eu me acalmar e parar de chorar , isso devia resultar.

' Nada meu amor, estávamos a brincar' ela disse , que sorriso lindo, como eu adorava o sorrisinho da mamã.

' Mas tu tens sumo das feridas ' fiz um beicinho inocente para não começar a chorar. A mamã tinha rasgaduras na pele.

' És um menino muito forte , a mamã ama-te , ama-te muito meu rapaz' Ela disse passando a mão pelos meus cabelo compridos para rapaz, alourados. Eu tinha doi-doi? Mas não fazia comichão, não ardia não doía.

' Mamã , eu não ter doi-doi ' Ela sorriu fechando os olhos de cor azulada quase transparente, estava a dormir, mas dormir no chão fazia frio , deitei-me sobre ela. Olhei para ela. Era tão linda.

...

A mamã estava na cama do hospital , o papá estava em casa , eu liguei para o nove nove um , a mamã pediu-me para dizer que tinha sido atropelada, mas isso era com carros. Estava confuso mas liguei. Olhava agora para ela, estava branquinha, a máquina fazia bip bip. A vóvó chorava abraçada a mim. O peito da mãe mexia-se. Isso era bom. Não era.

Ela sorria , estava bonita. Parecia já não ter aquelas marcas a que a vó chamava de lurgas , rugas aliás.

Tinha 4 dedos de anos , um dois tês catro , contei pelos dedinhos.

Quando cheguei a casa o pai tinha uma coisa afiada e brilhante nas mãos. Um bisturi , disse ele?

Doía , ele passava aquilo no meu corpo, escrevia qualquer coisa.

Não sabia ler. Pareciam duas letras.

'M-T' seria do nome dele? Mark Tomlinson? Não sabia. Doía. Deitava um liquido pegajoso vermelho. O meu coração acelerou , ele pôs um pano e limpou.

O papá disse que era para eu ficar mais bonito. Concordei. Mas doía. O papá devia estar a brincar comigo como fez com a mamã.

A mamã já dormia à muito tempo. Que grande soneca.

O papá mexia freneticamente em papeis e resmungava ao telemóvel. Ordenou-me que fosse dormir . Não tinha soninho . Disse-lhe. Ele deu-me um estalo. Brincar doía. Pedi-lhe que me conta-se uma história. Ele falou-me de um menino que a mãe dele fugiu e que ele foi ensinado pelo pai. No fim da história o papá disse que esse menino sentia muito prazer. Perguntei o que era prazer. Ele respondeu-me que era como comer um chupa-chupa enorme. Gostei da ideia parecia saber bem.

...

13 anos ,

' Adeus Harry ' despedi-me do meu melhor amigo com um beijo na bochecha. Acho que não agradou ao meu pai. Fechei a porta.

' Cabrão de merda tu não és Gay, nem nunca serás por isso não quero aquele paspalho do Harry aqui outra vez ' o homem que por lei era meu pai berrou, eu não respondi.

' Ouviste, és uma desilusão , corpo de menina , só te faltam as mamas e a vagina' ele berrou apertando o meu membro. Gemi de dor , aquilo doía muito.

' Só vais usar isto para massacrar mulheres , só vais usar isto para rebentar vaginas, para ouvires o teu nome ser gemido por vozes finas , parecidas às tuas' continuou a berrar. Não tinha palavras, elas não saiam.

' O teu rabo é grande de mais , uma tentação para pessoas como o harry , serve para cagar não para entrada e saída de pilas.' Falou bufando levando o seu charro à boca soltando longos e tóxicos bafos.

' Diz-me uma coisa , pirralho tu já fodeste alguém?' assenti negativamente.

' E achas bem? ' neguei de novo.

Algemas apertadas nos meus pulsos. O meu corpo deitado sobre uma espécie de maca. O bisturi na sua mão. E aquela cave , ridícula.

As suas iniciais voltaram , mais fundas ,e pareciam doer mais.

Odiava aquele bisturi.

Ele foi preso , o meu pai foi preso passados tantos anos algum vizinho lembrou-se de ligar à policia.

A minha avó , essa cuidou de mim. Nunca mais fui o mesmo , tinha dor e raiva. Iria massacrar as pessoas como ele me fizera a mim.

Segundo os meus psicólogos em que a minha avó me meteu ao ver as caixas de compridos para dormir vazias e os cortes nos meus braços eu tinha demasiada ira em mim para uma criança de 15 anos.

Normal.

Vi a minha mãe morrer aos poucos à minha frente. Sai da casa da minha avó. Não tinha para onde ir. Tinham diagnosticado uma doença grave a Harry. Não o podia deixar só. Mas tinha medo. Acabei por o fazer.

Fiz merda. O prazer do sexo era a melhor coisa do mundo. Odiava-me. Elas morriam. Não mereciam.

Estava só a brincar com elas. Como o meu pai me ensinou.

Vi-a os casais felizes a passearem , mãos dadas beijos na cabeça. Era incapaz de fazer aquilo. Tinha medo.

Prazer, era como um chupa-chupa enorme. Mas dependia do que eu chupava.

Tenho 17 anos e sinto-me a pessoa mais infeliz do mundo. Na escola todos se afastam de mim.

Choro. Mas não devia. Chorar é para o fracos , eu não sou fraco.

Bem como vos tinha dito eu fiz um ponto de vista do Louis e não foi bem a continuação da história , foi o maior motivo para ele fazer o que faz. Como podem ver o Harry tem a doença e o Louis temesta história de vida.

E para quem ficou confusa , sim nesta história o Harry é Gay.

Espero que tenham gostado , comentem , voltem e adicionem .

15 comentários e 40 votos , já sabem s2s2

Submissa | L.TOnde histórias criam vida. Descubra agora