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Primeiramente sim eu mudei o nome, e para quem lê desde o inicio sim voltou a ser submissa, para quem não lê, este era o nome antigo portanto , yap, podem começar a ler e não se esqueçam da nota final que neste capitulo é importante.

Oiço o despertador tocar, sei que sei perfeitamente que são 6 da manhã, foi a hora que marquei no dia anterior, e para além disso está escuro lá fora, como se ainda fossem 3 da manhã.

A minha vontade de me levantar e "acordar" são nulas pois sei que daqui a umas meras horas já não terei Louis a meu lado.

Quando à questão do beijo, sim eu beijei-o eu abracei-o, eu preciso de amor, eu ainda sou uma adolescente, e todos nós precisamos de amor, de carinho de afeto.

Sabe bem e é algo essencial.

Ontem, antes e adormecer lembrei-me da vinda de Harry aqui ao apartamento e da sua conversa, o que me leva a pensar que talvez, só talvez mas muito provavelmente Harry me irá vender.

E não sei, eu por um lado não me importo, nada pode ser pior do que tentar ser morta e depois beijar e abraçar a pessoa que me tem morto interiormente aos poucos, por desgaste, como uma rocha.

Posso comparar o Louis às ondas fortes de uma maré turbulenta e eu a pobres rochas que levam com as ondas. Mas que raio de comparações Diana – resmunguei para comigo mesma.

Olhei novamente para o relógio e tinham passado 10 minutos. Ou os meus pensamentos estavam a passar muito devagar ou então pensei em demasiada coisa num curto espaço de tempo, acredito mais na segunda hipótese, és algo muito meu.

Levantei-me da cama e fiquei triste por Louis não estar a meu lado, claro que eu estava no meu quarto e ele no seu, mas sabia bem acordar e ter lá alguém.

Fui à casa de banho do meu quarto, liguei a água e enquanto esperava pela temperatura ideal despi toda a minha roupa ficando a olhar todo o meu corpo , marcado no espelho e perguntei-me a mim mesma como seria se eu tivesse um filho, quando ele fosse maior ele acabaria por descobrir as marcas que eu tinha, a cicatriz que eu ira ter para o resto da minha vida no lugar onde ele se desenvolveu.

Ele provavelmente diria isso na escola, no auge da sua inocência ele diria que a sua mãe tem marcas.

E o pior, e se o filho fosse de Louis, e por algum motivo ele descobrisse que fora o seu pai que me havia feito isto? O Louis seria preso. E eu, já cheguei em tempos a querer isso, mas agora, agora que ele vai embora eu reparo no estado deprimente em que estou.

Eu sei que é apenas um ano, mas um ano sem ele parecia-me muito.

Oh os vómitos voltaram e as tonturas, é melhor entrar para o banho – pensei e entrei no polibã.

Sentia-me suja, parecia que quanto mais me lava mais porca me sentia, ao ver o sangue seco e algum vivo de crostas que saiam e os sangue escondido por trás destas.

Era horrível, sentia-me fraca a inútil, sentia-me feia e defeituosa sempre que olhava para o meu corpo, e era nesses momentos que ficava com raiva de Louis, mas por trás desta sua faceta eu sabia que estava uma pequena criança medrosa indefesa. É assim com toda a gente não há como negar.

Acabei de me lavar e sai enrolando o meu corpo na toalha vermelha que estava dobrada em cima da sanita, penteei o meu cabelo molhado e selvagem, lavei os meus dentes retirando o mau hálito matinal e sai da casa de banho mas logo soltando um gritinho.

'Louis o que fazes aqui?' inquiri ao ver o rapaz já fardado sentado na minha cama, ao vê-lo naquelas fatiotas deu-me um aperto no coração e só me apetecia chorar.

Submissa | L.TOnde histórias criam vida. Descubra agora