capítulo 8

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Verônica Sandler

Quando o médico me contou que estava grávida, não fiquei surpresa. Mas me bateu uma
insegurança. Tinha medo do que Adrian poderia fazer. Rejeitar-me, rejeitar o filho ou até
mesmo questionar-me sobre a paternidade da criança.
Para a minha surpresa, Adrian não fez nada do que eu temia.
Em seus olhos, pude ver que confiava em mim. E ele parecia imensamente feliz em ser pai.
Saímos do hospital um pouco depois das dez da noite.
Adrian me fez jurar que daqui para frente, eu iria cuidar da minha alimentação. Ele quase
surtou quando eu disse que não estava me alimentando por falta de dinheiro.
Quando chegamos a casa, ele preparou uma comida bem leve e, claro, me fez comer.
Já deitada na cama, a dor dos ferimentos me incomodava. Adrian teve todo o cuidado em
passar uma pomada que havia comprado numa farmácia no caminho.
Virei de lado na cama e simplesmente, adormeci.
— Ei! Dorminhoca. Acorde! – ouvi a voz rouca de Adrian em meu ouvido. Sua mão tocava
meu rosto levemente.
Virei-me para ele e sorri.
— Bom dia – digo e ele encosta seus lábios nos meus.
— Boa tarde, você quer dizer – ele diz com um belo sorriso no rosto. — Como está se
sentindo?
— Com fome.
— Hum... Isso é bom – ele torna a me beijar. — Vamos. Vou te ajudar a tomar um banho e
depois, alimentar vocês dois – sua mão acaricia suavemente o meu ventre.
— Eu não tenho roupas aqui – me recordo que saí apenas com a roupa do corpo.
Adrian me olha por um momento e logo diz:
— Temos que fazer compras hoje no final da tarde. Mas até lá, vai usar isso aqui – ele se
afasta e pega um vestido verde em cima da poltrona.
— Você saiu pra comprar isso? – perguntei sentando na cama afastando o lençol que cobria
minha nudez.
— Não. Terry separou isso ontem à noite. E havia algumas peças intimas suas no meu
closet – ele deu um sorriso de lado.
Adrian sempre pensava em tudo. Sempre me surpreendia com seu excesso de cuidados.
— Vamos, já preparei o seu banho – ele diz me pegando pela mão, levantando-me da cama.
— Deixe-me ver – ele diz me virando de costas.
Suas mãos passam vagarosamente por meus machucados.
Retraio-me um pouco e ele percebe meu nervosismo.
Quando dou por mim, Adrian está distribuindo beijos por minhas costas.
Fecho os olhos e as imagens de Charles me golpeando me deixam destruída.
As lágrimas começam a surgir e aos poucos, os soluços se tornam audíveis.
— Shhhh! – Adrian me vira olhando em meus olhos.
Ele passa o polegar para espantar minhas lágrimas e diz:
— Ei, meu amor. Está segura agora – ele beija minha têmpora. — Não vou deixar ninguém
tocar em você outra vez. Eu prometo – sussurra.
Olho para ele e digo:
— Não me deixe sozinha.
Ele me abraça forte. Com suas mãos fortes e enormes, alisa meus cabelos.
— Você não está sozinha, querida. Tem a mim e ao nosso filho – sussurra e me beija
docemente. — Eu te amo. Não tem ideia de como eu senti sua falta.
— Eu também.
— Venha. Você precisa de um banho. Se continuarmos a passar a pomada, daqui uns dois
dias você estará sem nenhum machucado – diz conduzindo-me para o banheiro.
Adrian segurava minhas mãos enquanto eu entrava na imensa banheira. A água estava
morna e com várias pétalas de rosas brancas e vermelhas.
Sorri ao ver.
Já sentada, Adrian se debruçou na banheira e ficou por alguns segundos me olhando.
— Adrian... Eu sei que lhe devo um monte de explicações e que...
— Verônica... Não – diz sério. — Agora não. Teremos todo o tempo do mundo para você
me contar o que quer que seja. Agora, eu só quero cuidar de vocês dois. Quando estiver
recuperada, conversamos sobre isso.
— Tudo bem – ele se levanta. — Aonde vai?
— Tirar a roupa – ele dá um sorriso travesso. — Me deu vontade de entrar. Assim posso te
ajudar melhor – ele ri.
Adrian começou tirando sua bermuda e depois sua camiseta cinza. Jogou no canto do
banheiro e após, retirou sua cueca. Meu corpo já entrava em chamas ao vê-lo assim, tão
grande e todo meu.
Adrian entra na banheira posicionando-se atrás de mim. Ele me puxa para ele até que
minhas costas fiquem coladas em seu peito.
— Está te machucando assim? – ele pergunta.
— Não – respondo baixinho sentindo sua ereção crescer atrás de mim.
Ele me abraça e com uma de suas mãos, inclina meu pescoço para o lado e começa a
distribuir beijos suaves.
Minha respiração começa a ficar pesada.
Aos poucos, Adrian vai mordiscando meu pescoço e passando a língua por toda a extensão
me deixando sem ar.
— Adrian... – sussurro com a voz pesada.
— Shhh! Apenas relaxe – ele diz.
Fecho os olhos e tento relaxar. Consigo sentir o aroma suave das pétalas.
Adrian segue dando leves mordidinhas em meu pescoço e em minha orelha enquanto suas
mãos agarram meus seios.
Solto um gemido baixinho pelo contato de seus dedos em meus mamilos. Ele puxa meus
mamilos e os acaricia com vontade.
O calor se estende por todo o meu corpo. Sinto minha boceta se contrair a cada toque dele
em minha pele. Sem pensar, pego uma de suas mãos e guio lentamente até ela passando pelo
meu corpo lentamente.
Assim que ele percebe o que desejo, solta um gemido rouco e quando está com a mão sobre
ela, leva dois dedos até meu clitóris e começa a massageá-lo.
Encosto minha cabeça em seu peito e continuo de olhos fechados. Meus gemidos por todo o banheiro ficam mais intensos na medida em que ele ataca com voracidade meu clitóris.
Abro ainda mais minhas pernas, deixando-as por cima das dele.
Quando Adrian enfia seus dedos longos em mim, eu me contorço e gemo.
— Ahh! Adrian...
— Isso querida, relaxe – ele diz continuando seu ataque com vontade. A cada segundo, sua
ereção atrás de mim ficava ainda mais dura.
— Adrian... Eu quero você...
— Quero ver você gozar pra mim, meu amor. Assim, linda. Bem gostoso.
Sua voz suavemente rouca entrou em meus ouvidos enviando ondas de calor ao meu corpo.
Seu tom de comando me deixou ainda mais excitada.
Adrian continuou massageando meu clitóris, alternando entre massagear e introduzir seus
dedos em mim.
Quando senti meu orgasmo se construindo, disse:
— Quero você dentro de mim.
Adrian não parou.
— Goza pra mim amor. Vamos.
E quando os espasmos envolveram meu corpo, explodi num orgasmo intenso gemendo o
nome dele.
Aos poucos minha respiração normalizou, virei-me para ele e disse:
— Eu quero você, agora!
Ele me olha e me beija demoradamente.
Quando se afasta, diz:
— Depois. Não quero machucá-la. Ainda está se recuperando e eu...
— Eu estou bem – digo rapidamente ainda cheia de desejo.
— Querida. Você precisa comer. Vamos voltar para o banho. Então você almoça, aí
pensamos sobre isso.
— Mas Adrian... – protesto.
— Amor, temos todo o tempo do mundo para nos amar – ele sorri. — Pode ter certeza que
vou querer cada minuto desse tempo com você. Mas agora temos um bebezinho aqui, dentro de
você, esperando ser alimentado – toca minha barriga me convencendo de, por hora, não pensar
em estar em cima dele cavalgando como louca.
Concordo com a cabeça e então, ele começa a me lavar.
Ao terminar, me carrega até a cama em seu colo e me coloca de bruços. Pega a pomada e
começa a me lambuzar inteira pelos machucados.
Quando finaliza, joga a pomada no criado mudo e me aproveito para pegá-lo de surpresa. É
quase impossível me manter afastada de seu corpo. É como se houvesse um imã que nos atrai
a todo momento.
Rapidamente, deito-o e subo em cima dele sem dar chances para que proteste.
— Verônica – ele alerta.
Silencio-o com um beijo. Um beijo bem erótico. Passei a língua por seus lábios e puxei seu
lábio com os dentes dando algumas mordidas de leve. Comecei a gemer em sua boca passando
minha língua por ela.
Adrian agarrou em minha cintura e me posicionou no local estratégico.
— É isso que você quer, não é? – ele diz olhando em meus olhos.
— Sim – sorrio.
— Então venha. Vou foder você bem gostoso enquanto rebola em cima dele – ele diz me
preenchendo toda.
Solto um gemido e coloco minhas mãos em seu peito para me apoiar.
Começo numa cavalgada lenta até me acostumar com seu comprimento todo dentro de mim.
— Isso... Gostosa – ele fala.
— Ahhh! Céus. Como senti sua falta – digo e ele da um sorriso safado.
— Isso é pra mim ou para o meu pau duro dentro de você?
Olho para ele e solto uma gargalhada.
— É pra vocês dois – digo.
Ele aperta ainda mais minha cintura e empurra forte seu pau dentro de mim.
— Nós sentimos a falta de vocês duas também – ele diz. — Essa sua bocetinha molhada tá
me matando, meu amor. Não vou aguentar por muito tempo – ele rosna.
Ficamos por um longo tempo, entrelaçados.
Começo a cavalgar mais rápido. Adrian solta alguns gemidos antes de dizer:
— Ohh! Eu vou gozar meu amor.
— Isso Adrian. Goza pra mim, vem – digo e sinto-o estremecer embaixo de mim.
Deixo meu corpo cair sobre o dele e aos poucos, nossa respiração vai se normalizando.
— Você é danadinha. Enrolou-me direitinho – ele diz me beijando.
— Não resisti ao meu homem. Você é muito tentador – digo sorrindo.
Ele afasta uma mecha de cabelo do meu rosto suado e diz:
— Mas fui rápido demais. À noite, quero te amar bem lento. Não quero que seja rápido.
Quero explorar cada centímetro do seu corpo – ele diz tocando em meus seios. — Quero te
amar como você merece ser amada.
— Eu te amo, sabia?
— Então, prometa pra mim que nunca mais vai me deixar. Ou eu vou atrás de você nem que
seja no inferno para te trazer de volta.
Olho em seus olhos e vejo sua insegurança.
— Eu nunca vou deixá-lo. Somos nós três agora, Adrian – olho em seus olhos. — E eu
quero ser sua. Somente Sua.
— Você já é querida. Eu sou seu também... Somente Seu. Por toda nossa vida, eu vou
cuidar de você e de nossos filhos.
— Filhos? – pergunto sem entender.
— Filhos. Por acaso pensou que queria apenas um? Esse é só o primeiro, querida. Quero
muitos correndo pela nossa casa.
Dou um beijo em sua boca e me aninho em seu peito.
— Vamos tomar outro banho. Vou te levar para almoçar – ele diz e então, entramos no banheiro.

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