Sophia remexeu-se na cama, os lençóis confortando seu corpo cansado. O IPhone vibrou no criado mudo, fazendo um barulho irritante, que a despertou de seu sono. Tateou com uma mão ainda de olhos fechados, buscou o aparelho que havia mensagens de:
Senhor Borges.
Os olhos azuis abriram certeiros, automáticos.
Olá, Sophia Abrahão! Quero um encontro para amanhã, ás onze, em meu flat. Não se atrase!
Ótimo! Ele queria um encontro, de novo.
Combinado, senhor Borges! Irei adorar vê-lo novamente.
Tinha a dobra dos dedos na boca, enquanto os dentes mordiam. Receber uma mensagem daquelas era como estar no céu, suspirou com vontade quando deixou o aparelho cair em outro lado da cama, revirou os lençóis, feliz da vida.
— Bom dia, bela adormecida fodida. — Carlie entrou no quarto, tinha uma toalha rosa em seu corpo.
— Belo dia, cara Lie. — Sorriu.
— Vejo que viu um passarinho verde.
— Bem melhor do que isto. — Sophia desbloqueou o IPhone prata, entregou nas mãos da amiga.
— OH, CÉUS! — Carlie estava sem reação. — Ele quer outra trepada?
— Quer. — As duas vibraram, animadas. — Esse homem não existe, acabei de confirmar.
— Ele existe sim, e se chama Micael Borges. — Carlie riu. — Quando vai se encontrar com ele?
— Amanhã. — Sophia suspirou. — Preciso comprar uma roupa.
— Quer ajuda? Eu posso ir com você.
— Não precisa. — Saiu da cama.
Enquanto Sophia pensava na roupa que usaria no encontro, Micael estava preso em seus problemas dentro da empresa. Verificou alguns papéis assim que chegou da cafeteria, brigou com sua secretária, discutiu com compradores americanos, um tremendo caos. Encarou o relógio que indicava quinze para o meio dia, iria demorar mais do que devia.
Tinha guardado o celular e ainda não tinha visto a mensagem que Sophia mandou para si, buscou o IPhone de dentro da gaveta, desbloqueou o aparelho e sorriu ao ver a notificação. Ela iria! Tinha outro encontro marcado com Sophia Abrahão, a mulher da trepada irrecusável, do prazer imenso.
Jogou o aparelho dentro da gaveta novamente, precisava trabalhar antes que algo acontecesse.
Mas escutou batidas na porta.
— Entre! — Estava sem paciência antes mesmo de ver a pessoa.
— Bom dia, querido. — Aline passou pela porta de madeira maciça, deixou a bolsa de couro Colcci no sofá, do mesmo nível.
— O que faz aqui? — Entreolhou a esposa.
— Uma visita! Estava comprando sapatos. — Sentou-se na poltrona de frente á Micael.
— Eu queria ter a sua vida, às vezes.
— Já vamos discutir por isso?
— Vamos! Você joga o meu dinheiro em sapatos de grife, enquanto eu menciono compradores boçais para toda a América. Eu faço o dinheiro, você apenas destrói.
— Você quem quis casar comigo, foi a sua opção, querido! Não a minha. — Arrumou os cabelos.
— Estava errado, em circunstâncias.
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Perfume de Mulher - MiniFic
RomanceSophia Abrahão, uma bela prostituta que encantava todos os homens. Não era de se apegar, de ter encontros com clientes, até Micael chegar, um homem desejado, de dinheiro, que só queria uma única coisa: Sedução e corpos nus.