— Realmente, parece que eu estou na foto. — Sophia disse à Micael enquanto estavam na frente do Coliseu, tinha tirado o dia seguinte para fazer um tour na cidade. Sophia tinha seu IPhone nas mãos, registrando cada momento. Não perdia nem um segundo. — Está calado.
— Estou vendo você fazer um book de fotos, espero que seu iCloud esteja com o armazenamento livre.
— Ainda tenho duzentos e cinquenta gigas. — Micael ficou surpreso, antes de rir da namorada. Caminharam mais um pouco.
— Está com sede? Deveríamos parar e tomar uma água. O que acha?
— Eu estou sem sede, quero tirar mais fotos. — Estava animada quando tirou foto de algumas flores, fez até selfies. — Venha até aqui, vamos tirar uma, juntos!
— Querida, eu sou péssimo com fotos. De verdade. — Fez manha, não gostava de tirar foto, mas era um baita fotogênico. — Podemos tirar em outras ocasiões.
— Ah, por que não tiramos uma por agora? — Fingiu-se triste.
— Tudo bem, eu tiro. — Posicionou ao lado de Sophia, teve o IPhone da loira nas mão tirando a selfie, que ficou perfeita. Entrou à ela o celular. — Então, podemos ir em outro lugar?
— Agora sim, nós podemos. — Sorriu. Entraram no Porsche e Micael à levou até a Fontana Di Trevi, outro ponto turístico da Itália. Sophia observou a arquitetura barroca e lembrou-se dos tempos de colégio, que não voltariam mais, tirou algumas fotos e observou a fonte, pessoas jogavam moedas lá dentro.
— Não irá fazer as honras? — Perguntou Micael, estava esperando por Sophia.
— Sim, eu irei. — Vasculhou o bolso da calça, tirando dez centavos. Virou-se de costas para a fonte e então, jogou sua moeda. — Você não irá jogar?
— Eu dispenso essas coisas. — Voltaram a caminhar. — Está gostando do passeio?
— Sim, está divertido! Minha mãe adoraria visitar a Itália, ela tinha mania de italianos. — Contou à Micael que adorou saber de seu passado, gostava dos momentos com Sophia.
— Quais manias?
— Ela dizia muito palavrão em italiano, eu nunca entendia direito. — Sorriu. — E também, ela fazia um espaguete divino. Sempre comia quando chegava do colégio.
— Uma tremenda fominha!
— Claro que não, eu não tive culpa se minha mãe adorava cozinhar.
— Eu também gosto de cozinhar, só quando estou cheio de ideias.
— Eu fico em meio termo, não é algo tão legal assim.
— Claro que é. — Pausou. — Uma vez eu fui visitar uma cozinha, que estava em preparação para um programa de TV, em culinária. — Guardou o riso, lembrando do momento. — Eu aprendi a fazer pratos em mais ou menos alguns segundos, é muito rápido!
— Soube montar pratos?
— Sim, em uma rapidez tremenda. — Sorriu. — É incrível como o chefe de cozinha ensaia os seus funcionários.
— Eu acho que não trabalharia como uma chefe de cozinha. Ou uma funcionária na cozinha.
— Por que não?
— As minhas unhas iam acabar, o cheiro de comida ia impregnar as minhas mãos, eu prefiro passar um bom creme nas costas do meu namorado, enquanto estou. — Encarou os dois lados, vendo se havia alguém. — Nua. — Sorriram cúmplices.
— Você acaba com os meus pensamentos. — Ela sorriu. — Vamos comer uma pizza e voltar para casa.
— Tudo bem, eu aceito. — Não precisaram do Porsche quando começaram a caminhar, a cada esquina encontravam uma pizzaria, Micael lembrou-se de uma quando veio em passeio, à um tempo atrás, acomodou-se com Sophia lá dentro, vendo que ela estava ansiosa para fazer seu pedido. E o menu fora pepperoni, como tinha dito mais cedo.
Sophia sugou o refrigerante pelo canudo, Micael comia um pedaço de pizza.
— Sabe o que isso me lembra? — Ele negou com a cabeça. — As grandes cidades de Washington.
— Pizza e refrigerante?
— Sim, quando eu era uma menina sempre ia com as minhas amigas. Matávamos aula e comíamos em pizzaria diferentes, meu pai me dava mesada quase toda a semana.
— Você era de Washington?
— Morei por dois anos, quando meu pai decidiu trabalhar por lá. — Explicou, deu uma mordida em sua pizza. — Não era algo tão fixo, depois voltamos para Houston.
— E a senhora sempre matando aula?
— As vezes, tínhamos aulas chatas. A única reposta em que posso dar. — Micael riu.
— Você é incrível, eu nunca vou me cansar de você.
— Isso é um elogio? Eu dou despesas.
— Eu não ligo para as suas despesas, eu só quero ficar junto com você, fazer parte da sua vida.
— Da minha vida? — Um sorriso abria em seus lábios.
— Eu vejo que você ainda não conheceu o mundo, está sendo corajosa de estar aqui comigo. Você abriu os meus olhos desde o momento que minha vida mudou, eu estava sendo um louco, doente. — Respirou fundo. — E queria que você me desculpasse.
— Você já fez isso umas trezentas vezes, e eu já disse que te desculpo. — Sorriu, doce. — Não precisa voltar ao passado, o que passou, realmente passou.
— Sua raiva por mim deve ser eterna.
— Minha raiva por você ficou no passado. Agora somos namorados, dividimos o mesmo ambiente, não tem o por quê de ficarmos nos desculpando. Eu entendo o seu lado, sei a pessoa em que você era.
— E entende isso?
— Claro que entendo! Micael, tem pessoas que são muito diferentes. — Pausou. — Quando te conheci, eu fiquei apaixonada pela sua pessoa, pelo seu caráter, mesmo você sendo uma pessoa monossilábica comigo, eu gostaria de tirar algumas informações, para te deixar feliz. Eu via que você era apenas um homem infeliz, cansado, com problemas no trabalho e em casa. Nenhum homem me faz sentir o que você me faz sentir. — Encarou os olhos castanhos. — Eu tive um prazer descomunal, você me guiava, me fazia estar lá em cima, sendo apenas uma garota paga para transar com homens mais velhos, em busca de um bom dinheiro. Eu era descartável, mas você, você me fez enxergar que eu poderia ser mais do que isso. E preciso te agradecer, por estar do meu lado e não me deixar sozinha, mesmo nos momentos difíceis. — Segurou em suas mãos. — Fique sabendo que eu amo você, mais do que tudo. E não te deixarei sozinho, em hipótese alguma.
Micael estava sorrindo, inclinou-se para beijar Sophia, sentindo seus lábios macios entre os seus. Era incrível estar com ela, passar todo o seu tempo com ela, apenas uma mulher que queria ser tratada como deveria ser. E ele faria tudo, tudo que ela quisesse.
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Perfume de Mulher - MiniFic
RomanceSophia Abrahão, uma bela prostituta que encantava todos os homens. Não era de se apegar, de ter encontros com clientes, até Micael chegar, um homem desejado, de dinheiro, que só queria uma única coisa: Sedução e corpos nus.