A sapatilha de Sophia ecoou no hospital luxuoso de Houston, tinha uma bolsa Prada nos ombros, usava calça jeans e uma blusa de botões, que realçavam seus seios. Os cabelos em movimento enquanto andava apressada, queria alguma informação, o cheiro de éter estava lhe deixando tensa.
— Olá, eu gostaria de uma informação. — Cutucou um médico com cabelos grisalhos. Ele assentiu. — Eu quero saber onde está Aline Borges, ela é minha irmã. — Mentiu.
— Um minuto. — O médico caminhou até á recepção, junto com Sophia, buscou uma prancheta transparente que continha alguns papéis, buscou o nome de Aline. — Ela está no quarto 213. Sedada.
— Meu Deus. — Cerrou os olhos. — Não fizeram exames? Nada? — Ficou apavorada.
— Fizemos, e eles irão sair daqui á uma hora. — Sorriu falso. — Qualquer coisa é só me avisar, estarei na ala da pediatria. — Ótimo! Como se Sophia soubesse onde ficava a ala da pediatria.
Respirou fundo antes de entrar no elevador, estava nervosa enquanto se encarava no espelho, a viagem para Houston foi conturbada. Aline não deveria ter aberto a boca, sonhou com esse momento e estragou tudo. O amor fazia isso, ela não tinha dúvidas. A porta se abriu e Sophia correu, como se alguém estivesse roubando algo, para não ser pega, voou no pescoço de Micael lhe dando bolsadas em sua cabeça, ele grunhiu.
— O que está fazendo?
— TE MATANDO. — Deu uma bela bofetada no rosto. Sua mão ardeu. Micael mexeu o maxilar. — Você ficou maluco? Seu doente mental.
— Aline arriscou a minha linha de confiança.
— Linha de confiança? — Franziu o cenho. — Ela é a sua mulher, ela ama você. Nada mais justo do que um filho.
— Eu não gosto de crianças! — Cerrou os dentes, bravo.
— Azar o seu. Ela gosta e está bem preparada para isso.
— Ah, preparada? — Cruzou os braços, incrédulo. — Ela irá contratar um batalhão de babás, e irá encher a minha cabeça quando essa droga nascer. Falará que está cansada, que a culpa é minha, que deveríamos ter nos protegido. Você não conhece Aline, ela é imprevisível!
Sophia lhe deu mais uma bofetada no rosto, ainda mais forte.
— Quer parar de me bater? Ou irei fazer a mesma coisa com você.
— Você não é nem louco de encostar em mim. — Ameaçou. — Seu monstro hipócrita. Aline deve ficar longe de você.
— Ela é a minha esposa.
— E você trata ela como se fosse um lixo.
— Eu trato as pessoas do jeito que eu quero.
— Problema é seu. Seu retardado! — Tinha sangue nos olhos. Sua mão estava apressada quando deu outra bofetada, a terceira, deixando Micael muito irritado.
Segurou os braços de Sophia, empurrando ela no canto da parede.
— Você acha que é quem para ficar me batendo? — Procurou o zíper de sua calça jeans, o descendo, junto com sua minúscula calcinha.
— Uma pessoa que deve te bater. — Os beijos de Micael passearam por seu pescoço.
— Eu adoro o seu cheiro. Um cheiro de...
— Prostituta? Você não tem armas para usar comigo, acha que vai me ofender.
— Se quiser, eu vou. — Dedilhou o decote de Sophia, abriu dois botões e desceu o pano, vendo o sutiã de renda. — Seu perfume de mulher é insaciável. — Beijou os lábios de Sophia com gana. Levou as mãos até seu zíper da calça jeans que também usava, o desceu, junto com a boxer. Pincelou sua glande na fenda de Sophia, que já estava úmida, esperando por ele.
— Sua mulher. — Disse ofegante, enquanto recebia estocadas de Micael. — Está lá dentro. Sedada. — Apertou os músculos do homem, achando um jeito de se manter. — E você, está aqui. Comigo. — Entreabriu os lábios.
— Eu gosto de estar com você. — Mordeu o lóbulo de sua orelha. — E não vejo a hora de meter a porrada em você, bagunçar esse rostinho lindo.
— Eu sei ser sádica quando quero. — Apertou os olhos, estava chegando em seu ápice. — E posso ser todas as coisas que você quer. — Micael sentiu-se tentado, urrou baixinho no ouvido de Sophia e largou seu corpo, desencaixando de sua intimidade. Estavam ofegantes, arrumaram as roupas e se encararam, com sangue nos olhos novamente.
— Parentes de Aline Borges? — O médico de cabelo grisalho apareceu, com outra prancheta. Entrou no quarto da morena e ficou por alguns minutos. Sophia não estava entendendo quando esperou que ele saísse, era tensão demais estar ali, com Micael e com o médico.
O homem mais velho voltou, guardou sua caneta no bolso do jaleco.
— Ela está bem, o bebê também. — Pausou. — As únicas precauções são, não fazer muito esforço. Eu já encaminhei ela para obstetrícia. Está tudo sob controle.
— Que ótimo, doutor. — Micael disse irônico, mexeu em seus cabelos, nervoso.
— Com licença. — O médico saiu, deixou Sophia e Micael sozinhos novamente.
— Eu vou lá dentro. — Avisou Sophia que foi barrada por Micael.
— Ela está descansando.
— E você liga para isso? — Cruzou os braços, esperando pela resposta patética que iria receber.
— Ligo. Desde que você armou essa palhaçada toda.
— Que palhaçada? — Desentendeu-se.
— Você acha que eu sou idiota? — Riu sarcástico. — Aline é burra demais para fazer isso sozinha, ela tinha que ter um auxílio. — Pausou. — A ginecologista que contratei me disse, a injeção foi aplicada em você. — Arqueou uma sobrancelha. — Aline fingiu que tinha saído, fingiu ter tomado um anticoncepcional oral, Aline mentiu para mim. E eu odeio que mintam para mim! — A fuzilou com o olhar. — Você acha mesmo que ela engravidaria assim tão fácil? Você tentou ser inteligente, Sophia. Mas não conseguiu.
— Monstro. Eu ainda vou matar você e fazer Aline muito feliz.
— Quando fizer. — Vasculhou o bolso da calça. — Me avise. — Tinha um pequeno pano consigo, Sophia franziu as sobrancelhas. — Eu estarei esperando. Mas escute só, eu me canso rápido.
— O que está querendo dizer? — Deu um passo para trás vendo que Micael se aproximava.
— Que você é uma porra de uma pedra no meu caminho. — Segurou os cabelos de Sophia, mantendo seu corpo preso. Pressionou o pequeno pano contra sua narina, fazendo Sophia inalar o cheiro forte de algum produto tóxico. — Você disse que eu sou sádico, é porque não me viu ainda. — A loira se debatia, estava perdendo a consciência aos poucos. — Eu disse que iria te enterrar. Sua puta! — Sorriu quando a teve nos braços, caída, sua pele gelou.
Micael buscou seu IPhone, discou alguns números e esperou pela ligação, enquanto tinha Sophia nos braços.
— Jerry? Eu preciso de um favor. — Apertou os lábios roxeados de Sophia. — Quero que reserve um caixão de madeira, isso, maciço. — Pausou. — Passarei aí pelo fim da tarde. Deixe os utensílios de cova. — Assentiu. — Até mais. — Desligou a ligação.
Encarou Sophia antes de levá-la para um lugar que ninguém sabia.
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Perfume de Mulher - MiniFic
RomantizmSophia Abrahão, uma bela prostituta que encantava todos os homens. Não era de se apegar, de ter encontros com clientes, até Micael chegar, um homem desejado, de dinheiro, que só queria uma única coisa: Sedução e corpos nus.