4º Capítulo

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Micael estava no êxtase quando urrou baixo alguns palavrões, não era de fazer isso. Sophia achou que era hora de parar, sentiu o esperma quente em seus lábios, o esbranquiçado sujou seu colo.

— Uau. — Limpou a boca com delicadeza. — O senhor tem um gosto maravilhoso.

— Me chame de... Você. — Disse pausadamente, se apoiou no gabinete da suíte.

— Tudo bem, eu posso chamá-lo de... Você. — Entrou dentro do box de vidro, abriu a ducha quente. — Tem certeza que não quer outro banho? Eu posso te deixar animado. — Abriu o sabonete líquido, jogou na palma da mão, sentiu o cheiro agradável.

— Já disse que acabamos por aqui. — Lavou as mãos na pia, secou na pequena toalha branca felpuda, colocou a aliança no dedo anelar e saiu da suíte. Deixou Sophia sozinha, terminando seu banho relaxante.

Estava nu novamente, andou até a cama buscando suas roupas, vestiu a boxer junto com sua bermuda, procurou pela regata, que agora, estava amassada. Xingou-se mentalmente por isso, foi até a gaveta da cômoda pegando um envelope branco, o nome de Sophia estava escrito, com sua caligrafia leve. Esperou que a loira saísse da suíte, daria o seu pagamento.

E ela saiu, enrolada na toalha branca, foi até a cama procurando por suas peças íntimas, se trocou na frente do homem que a comeu pelos olhos, estava fascinado naquele corpo, era o pecado em forma de gente! Caminhou pelo carpete afofado do outro cômodo, vestiu-se rápida e arrumou os cabelos em frente ao espelho, abriu sua bolsa Dolce&Gabbana pegando o batom vermelho, retocou em seus lábios.

— Obrigado pela noite, Sophia Abrahão. — Micael respirou fundo, entregou á ela o envelope branco. A loira pegou nas mãos, guardou o batom rapidamente.

— Você sabe que ainda temos cinquenta minutos de programa. — Sorriu. Guardou o envelope dentro da bolsa.

— E você sabe que deve ir para casa. — Manteve sua postura firme.

— Posso lhe fazer uma pergunta? — Sentou-se na poltrona que havia no cômodo, sentiu a camurça nos braços quando se encostou.

— Sim. — Micael esperou, com toda a paciência do mundo.

— Por que tirou a aliança? Você sabe que já traiu.

— Não lhe devo satisfações, Sophia Abrahão! — Colocou as mãos no bolso da bermuda. — E espero que você aproveite sua recompensa, irá precisar ao longo do mês.

— Irei sim. — Deu um impulso, levantou-se. — Eu vou chamar um táxi.

— Ótimo.

— Foi um prazer te conhecer, Micael Borges. — Sorriu sedutoramente, passou pela porta e saiu. Os sapatos ecoaram no corredor, até o elevador com enormes espelhos. Sophia pediu um táxi ao tirar seu IPhone prata da bolsa. Esperou por minutos até o Aston Martin estacionar na frente, entrou no veículo mandando mensagens á seus outros clientes, tinha a lista cheia por combinar.

Cronometrou no relógio, seu apartamento não ficava tão longe do local onde tinha se encontrado com Micael.

— Aqui está. — Entregou ao motorista quarenta dólares, fechou sua bolsa e desceu do veículo, batendo à porta e entrando no condomínio. Subiu pelo elevador, ainda trocava mensagens com clientes, deu risos durante algumas falas, não tomava jeito! Bloqueou o celular quando as portas se abriram, Sophia andou alguns metros até parar em sua porta, em madeira maciça, procurou pela chave e enfiou no portal, abrindo calma.

— Olha só, quem acaba de chegar. — Carlie bateu palmas, estava na cozinha preparando o quase jantar, que na verdade, foi queimado pela própria. — Como foi com o senhor pau de ouro? Ele é bom de foda?

Perfume de Mulher - MiniFic Onde histórias criam vida. Descubra agora