Sophia levantou cedo naquela manhã, e estranhou quando avistou Micael e Aline, ainda em coma pelo sono. Saiu da cama confortável e dos lençóis de seda, fez sua higiene matinal, tomou um banho de banheira, escolheu uma roupa confortável e desceu as escadas do apartamento. Tinha que preparar o café. Geralmente, as famílias ricas tinham seus próprios funcionários, mas Micael não gostava dessa tática. Se fosse Sophia, ele até pensaria no caso.
A loira acendeu o cookie top, buscou uma frigideira optando por comer panquecas de chocolate. Fez seu cappuccino na máquina e sentou-se sozinha no balcão, comendo em silêncio. Tinha pensado na primeira parte de seu plano, estava tudo ocorrendo bem, depois disso, iria sumir, deixando os Borges viverem em paz.
— Vejo que gosta de ficar sozinha. — Micael apareceu na cozinha, vestido com sua calça social, tinha a blusa de botões aberta no corpo e o terno no ombro.
— Tomando café. — Voltou a comer em silêncio. — Irá trabalhar?
— Claro que sim. — Foi até a máquina, preparando um café forte.
Ótimo! Seria um longo dia, ou uma longa manhã.
— Diga a Aline que depositarei dinheiro mais tarde. — Bebeu seu café quente.
— Direi. — Terminou de comer suas panquecas, fez impulso para levantar-se.
— Arrume minha gravata. Eu preciso trabalhar daqui á vinte minutos. — Ordenou pela primeira vez naquela manhã. Sophia largou o prato na lava-louças, andou até Micael abotoando todos os botões de sua camisa, por último, o vestiu com o terno e arrumou sua gravata preta, delicadamente. O homem tinha os olhos fincados nela, em cada detalhe, ela não podia ser real, não reclamava em nada, apenas fazia.
— Pronto! Agora pode ir. — Sorriu falsa.
Micael levantou-se, já arrumado, encarou Sophia antes de buscar as chaves da Land Rover e bater à porta. Respirou fundo e assustou-se quando Aline desceu as escadas, usava um robe vermelho.
— Bom dia, meu amor. — Selou os lábios com Sophia. — Dormiu bem?
— Ótima. — Sorriram cúmplices. — Micael acabou de sair, disse que irá depositar um dinheiro para você.
— Deve ser as ações. — Bagunçou os cabelos.
— Ações? — Sophia interessou-se. Sentou com Aline no balcão, preparou um cappuccino para a morena.
— Sim, Micael sempre deposita o dinheiro das ações em minha conta. Ficamos com um dinheiro extra, por precauções. — Dinheiro extra? Sophia interessou-se ainda mais.
— Ele faz isso há muito tempo? — Encarou as unhas, em charme.
— Uns cinco anos, acumulamos dinheiro demais. — Sorriu leve. — Mas isso não me interessa no momento, eu quero saber de você. Que tal viajarmos essa semana? Estou com o tempo livre.
— E Micael?
— Ele que se dane. — Sophia riu.
— Não podemos. Eu quero procurar um emprego.
Aline gargalhou, por que estava rindo? Só podia ser piada.
— Você é engraçada quando quer, querida. — Bebeu seu cappuccino. — Irei dizer sobre a viagem para Micael, mas não garanto bons resultados.
— E que tal você ficar por aqui? Pode se matricular em algum curso, que tal yoga? — Aline franziu o cenho, Sophia não queria ficar ao seu lado, estava fugindo de sua companhia.
— Yoga? Me parece bom. — Concordou. — Vamos juntas?
— Eu vou ficar aqui, esperando você. — Beijou a morena que sorriu. — Tenho coisas a resolver, preciso mandar e-mails para minha antiga empresa. — Mentiu. — Se não fosse por isso, iríamos viajar e depois, faríamos yoga.
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Perfume de Mulher - MiniFic
عاطفيةSophia Abrahão, uma bela prostituta que encantava todos os homens. Não era de se apegar, de ter encontros com clientes, até Micael chegar, um homem desejado, de dinheiro, que só queria uma única coisa: Sedução e corpos nus.