45º Capítulo

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A poltrona estava sendo pequena aos dois, Micael teve Sophia em cima de si, segurava nos quadris da mulher enquanto ela se remexia. Chupou um mamilo túmido antes de pegar o outro seio em cheio, massageando.

— Eu vou gozar. — Sussurrou Sophia no ouvido de Micael, que assentiu, esperando pela mulher iniciar seu orgasmo. A loira cerrou os olhos, abrindo os lábios devagar e apoiando as mãos no peitoral definido de Micael, deixou a cabeça cair para trás fazendo com que suas costas arqueassem. Ele teve a visão privilegiada, aquela mulher era incrível!

— Foi mais rápida do que pensei. — Teve as mãos afagando os cabelos de Sophia, enquanto tinha ela abraçada consigo. — Te cansei?

— Um pouco. Ainda precisamos conversar antes que Phill fofoque tudo.

— Eu não importo com a porra de compradores, ainda mais vindo de Santa Helena.

— Mesmo? — Encarou ele, rapidamente.

— São perda de tempo! Eles querem as minhas ações e não querem trabalhar, te usam para depois jogarem fora. Foi ótimo você ter dito aquilo!

— Phill não pareceu gostar muito.

— Phill deveria não se intrometer na minha vida. — Pausou. — Quer dizer, não se intrometer na minha empresa.

— Será que Rose está bem? Ele não fala muito da filha.

— Phill é um homem cheio de sombras. Casou-se com a mãe de Rose alguns anos atrás, obrigado. — Sophia ficou surpresa.

— Ele não queria ter casado com ela?

— Não. Foi coisa de uma noite, esqueceu-se da camisinha e Rose veio. — Encarou Sophia. — Foi burrice da parte dele.

— Que coisa! Ela parece ser uma menina tão encantadora.

— Já viu Rose?

— Em fotos, esqueceu que tenho redes sociais?

— Vocês e essas merdas de redes sociais. — Sophia riu. — O que está pensando?

— Micael, eu preciso de uma ajuda sua. — Estava tensa.

— O que houve? — Franziu o cenho.

Sophia achou um modo de falar.

— Eu gostaria de me desculpar com Carlie. — Pausou. — A minha melhor amiga.

— E o que te impede?

— O fato dela não querer me ver.

— Hum, você quer que eu te ajude a pensar em alguma coisa que traga ela de volta? — Sophia assentiu. — Querida, isso tem que ser com você!

— Mas eu preciso de uma ajuda, eu não posso simplesmente chegar no apartamento dela e conversar com ela. — Pensou. — Ou posso?

— O apartamento era seu também. Não era?

— Sim.

— Então! Entre lá e converse com ela. Conte tudo o que aconteceu nesses últimos meses.

— Você acha algo certo?

— Acho! É o único modo de vocês fazerem as pazes. — Micael contornou o seio de Sophia. — Ainda precisa da minha ajuda?

— Preciso. — Beijou o homem que sorriu, estava feliz com ela ali, em cima de si.

Sophia recuperou-se e deu continuidade no sexo com Micael, na poltrona do quarto. Terminaram e optaram por um banho, o homem disse que ficaria por conta do almoço, faria Sophia experimentar uma de suas especialidades. A loira vestiu outra roupa antes de descer as escadas. O cheiro estava ótimo vindo da cozinha.

— Hum. — Sorriu. — O que está fazendo?

— Carpaccio. — Apoiou no balcão. — Já provou?

— Nenhuma vez. — Riu leve, estava gostando de vê-lo assim. — É gostoso?

— Espere alguns minutos e prove. — Sorriram. Sophia esperou que o prato de Micael ficasse pronto, sentou-se em seu lugar na mesa vendo o vinho tinto que havia posto, o cheiro estava revirando seu estômago, afinal, transar com Micael Borges sem nada no estômago era como desafiar a morte.

Ele apareceu, minutos depois, tinha colocado a travessa na mesa, o cheiro estava melhor do que antes!

— Me de seu prato, irei servi-la. — Sophia sorriu entregando o prato de cerâmica para Micael, tinha colocado um pouco de Carpaccio observando ela experimentar, Sophia quase teve uma explosão de delicia! Como Micael não havia contado isso antes? — Aprovado?

— Onde aprendeu a cozinhar tão bem? — Tinha o garfo nas mãos.

— Em uma viagem para Itália. — Bebeu seu vinho. — Eu fiquei alguns meses e aprendi o básico, tinha que me virar.

— Aline não foi com você? — Queria saber da história dos dois, agora que Micael estava se abrindo.

— Ela estava em outra viagem, com a sua mãe, viajavam bastante para lugares distantes. — Lembrou-se. — Quando cheguei, ela quase me matou. — Riu leve. — Estava todo brincalhão, com um sotaque de matar.

— Jura? — Riram. — Tinha pegado o sotaque?

— Italianos são divertidos.

— Eu nunca fui para a Itália.

— Podíamos ir. — Deu a primeira garfada em seu almoço. — Seu passaporte está em dia?

— Acredito que sim. — Sophia bebeu um gole do vinho. — Eu nunca fiz viagens, como vocês.

— Pode fazer agora, fim dos problemas.

— Eu sei mas... É, eu sei que posso fazer agora. Mas não quero te atrapalhar.

— De novo essa história? Eu ficarei bravo. — Inclinou-se para beijar Sophia.

— Não fique. — Estava feliz quando enlaçou as mãos com as de Micael, que sorria. Escutaram a campainha ser tocada. — Eu atendo! — Saiu da mesa indo até à porta, vendo a imagem de Phill. — Olá?

— Onde está Micael? Eu sei que está aí! — Entrou com tudo no apartamento, vendo o homem almoçar tranquilo, com sua taça de vinho. — Eu sabia! Essa história de depressão era apenas um empate para você não correr atrás de seus problemas!

— Boa tarde, Phill. — Limpou os lábios com o guardanapo. — Aconteceu alguma coisa?

— A sua affair aí destruiu os nossos planos de expandir aquela porra de empresa. — Esbraveceu. — Tínhamos compradores de Santa Helena e ela. — Apontou para Sophia. — Fez questão de mandá-los novamente para o lugar de onde veio!

— E ela está errada em alguma questão?

— Xingou os compradores. Eu tive que intervir!

— Phill, não me faça socar a mão na sua cara. — Estava sem paciência quando bufou. — Sente-se comigo, tome um vinho, eu fiz Carpaccio.

— Foda-se a sua comida de milionário e seu vinho burguês. Eu quero saber como vamos comprar mais ações sendo que ela destruiu o plano.

— Alguém aqui tinha um plano? — Franziu o cenho quando olhou para Phill. — Pelo visto, você tem um plano! E eu não estou incluso nele.

— Sua empresa irá falir.

— Você acha mesmo que se ela estivesse prestes a falir, eu não estaria lá? — Piscou calmo ao amigo. — Eu tenho controle de tudo, e tenho dinheiro até a minha décima geração, então. — Juntou as mãos, batendo uma palma. — Eu não preciso me preocupar. — Ficou em silêncio, aliás, todos ficaram em silêncio. — Você deveria pedir desculpas para Sophia, o que fez foi ridículo! — Phill virou para Sophia que tinha os ombros encolhidos, chegou mais perto.

— Me desculpe. — Silabou baixo. — Eu... Eu... Eu peguei pesado com você. Me desculpe! — Abaixou a cabeça.

— Agora sente-se aqui e coma um pouco do meu Carpaccio. — Micael o chamou, tinha um sorriso nos lábios. Não adiantaria nada brigar com Phill, os dois se ajudavam e teriam que ficar juntos nessa, como dois sócios.

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