— Bom dia, senhores. — Sophia entrou na sala de reuniões, usava um vestido bege, com um cinto pequeno na cintura. Os saltos Gucci ecoaram no piso de madeira, deixou sua bolsa Chanel em outra mesa e voltou a dar atenção para os empresários de Santa Helena, uma cidade próxima à Houston. — Desculpe meu atraso, o trânsito estava caótico. — Teve o controle remoto do data-show em suas mãos. — Onde terminamos na semana passada?
— Com a compra certeira de ações. — Um empresário arrumou sua gravata, esperando que Sophia continuasse.
— Certo. — Pausou, a sala havia ficado escura. — Como vocês podem ver, compramos setenta por cento de uma ação, e ela se expandiu. — Mudou os gráficos pelo controle. — Temos um prazo para aumentar essa empresa, em menos de um ano. Micael me disse que precisamos entrar em acordo, as ações podem ficar caóticas se não tivermos compradores.
— Se não tivermos compradores, as ações irão para a conta de Micael?
— Tecnicamente. — Arrumou os cabelos. — Sim.
— Eu acho um pouco injusto, Micael tem muitas ações, ele poderia quebrar esse negócio e doar, pelo menos um pouco.
— Doar? — Sophia irritou-se. — O senhor foi o primeiro a não concordar com isso, e agora quer uma doação das ações compradas por Micael?
— Ele está ganhando enquanto dorme! Consegue entender isso?
— Micael é inteligente! Por isso está ganhando enquanto dorme, ao contrário do senhor, que está perdendo enquanto dorme com meninas da minha idade. — Cerrou os dentes.
— Reunião encerrada. — Phill entrou na sala, estava escutando tudo pela câmera instalada. — Senhores, me perdoem...
— Não iremos mais participar dessa palhaçada! Micael que fique com todas as ações, sobrará mais quando sair outras. — Um outro empresário irritou-se, ajuntou o restante e saíram da sala. Phill tinha a face caótica, passava a mão em seus cabelos.
— Você enlouqueceu? Micael irá te matar!
— Pensei que tinha que ser mais honesta e verdadeira.
— Você até poderia ser, mas não falar das meninas que os empresários dormem.
— Conheço homens desse tipo, são ridículos. — Revirou os olhos, Phill teve uma sobrancelha arqueada. — Quer dizer, já sabemos o tipo desses homens.
— Nunca mais faça isso ou não terá um emprego descente.
— Eu estou cobrindo Micael.
— Que já deveria ter voltado. — Bufou. — Ache um jeito de trazê-lo para cá, esta empresa está caótica sem ele.
— Suponhamos que ele esteja de férias.
— Férias infinitas? Impossível! Estou fazendo de tudo para que nada fuja fora dos padrões.
— Já está fugindo. — Sophia teve sua bolsa Chanel nas mãos novamente, saíram da sala. — Um café?
— Tenho coisas mais importantes do que tomar café com a affair do meu sócio. Com licença! — Affair? Sophia sentiu-se ofendida! Negou com a cabeça antes de pegar o elevador, iria para casa, contar o fracasso que foi sua reunião.
Já no apartamento, Micael estava concentrado ao conversar com Rome, diretor executivo da Chanel, na Califórnia. Ele estava elegante, o oposto de Micael, que usava uma calça abrigo e uma blusa regata.
— Eu quero que criem uma nova coleção de bolsas. — Mexeu em seu maxilar. — No nome de Aline Borges.
— O senhor sabe que é uma fortuna para conseguir isso.
— Eu não ligo para dinheiro, me peça o dobro e eu te darei o triplo. — Silabou, calmo. Rome mexeu os ombros. — Eu estive pensando em uma bolsa ideal, para mulheres empresárias e cheias de autoestima. Na verdade, todas as nossas mulheres são cheias de autoestima.
— Nem todas. — Mordeu a ponta da caneta.
— Não seja assim, sabemos o quanto você queria ser uma. — Encarou Rome que mexeu em seu óculos, na cor pink. — Desculpe.
— Estamos no século vinte e um, gracinha! — Rabiscou em seu papel.
— Certo. — Colocou as mãos no bolso. — Aline gostava da edição 98º com alguns detalhes de prata, teve uma bolsa com pedaços de diamante nas laterais. A comprou quando foi em uma exposição. — Lembrou-se. — Eu gostaria que fosse de couro, com feições pequenas em cima, e o nome dela escrito na parte interna, assim, quando fossem abrir a bolsa. — Micael gesticulou. — O nome de Aline aparecia, em tons de ouro.
— Em tons de ouro? — Rome mexeu no óculos novamente. Parecia nervoso.
— Silabei algo errado?
— Claro que não. — Voltou a desenhar. — Mais alguma coisa? Não quer colocar uma cordinha transversal? Está muito na moda.
— Podem colocar. — Esperou que Rome escrevesse.
— Acho que acabamos. — Levantou-se da cadeira. — Ficará pronto em meses, e assim que estiver em perfeito estado...
— Façam a festa de cobertura aqui mesmo, em Houston. Anuncia em todas as lojas da Chanel, estou sendo claro?
— Será um sucesso, não tenho dúvidas! — Rome sorriu. — Obrigada senhor Borges pela manhã agradável. — Foi manhoso ao apertar as mãos de Micael, que segurava o riso. — Bem forte!
— Gosto de mulheres mas obrigado. — Sorriu falso. Rome pegou sua bolsa Chanel na cor amarela, atravessou ao lado do corpo. — O cheque está depositado em sua conta, não se preocupe!
— Até mais. — Micael o levou até a porta dando de cara com Sophia, que sorriu. Rome a cumprimentou antes de deixar o apartamento.
— Bom dia. — Selaram os lábios. — Quem era esse?
— Produtor executivo da Chanel. — Sophia ficou boquiaberta. — Eu o contratei para fazer a nova coleção, no nome de Aline.
— A CHANEL IRÁ FAZER UMA LINHA DE BOLSAS PARA ALINE? OH MEU DEUS. — Micael riu com o desespero de Sophia. — MICAEL, VOCÊ É... HOMEM, VOCÊ É MUITO PODEROSO! — Achou mais graça ainda.
— Eu apenas estava sendo justo.
— Isso é loucura! Você deve ter gastado rios de dinheiro.
— Eu não me importo. — Deu de ombros.
— Meu Deus, você é muito poderoso. — Voltou a beija-lo. — Eu tenho que te contar uma coisa.
— Por que não me conta enquanto fazemos amor? — Optou, teve um braço enlaçando a cintura de Sophia. Subiram as escadas.
— Você irá ficar bravo. — Fez manha.
— Juro que não irei. — Abriu os botões do vestido, dando beijos nas costas de Sophia. — Vamos! Me conte e ficamos quites.
— Hum, eu não sei. — Estava nas nuvens quando Micael massageou sua bunda, depois de ter tirado sua calcinha. — É meio... Complicado. — Teve os olhos fechados.
— Por que tão complicado? — Abriu as pernas de Sophia se encaixando no meio delas.
— Eu... Fiz você perder os seus empresários. De. Oh, Micael, meu Deus. — Afundou as mãos nos cabelos de Micael, quando sentiu a boca do homem chupar seu clitóris. — Continue, por favor, apenas. Continue.
— Sim, querida! Que empresários? — Enfiou dois dedos, entrando e saindo.
— Os de... Eu não consigo dizer.
— Não precisa se preocupar, apenas relaxe e goze em meus dedos. — Voltou a chupar Sophia, fazendo com que ela rebolasse em sua boca. Não tinha preocupações, Micael não ficaria mais bravo.
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Perfume de Mulher - MiniFic
RomanceSophia Abrahão, uma bela prostituta que encantava todos os homens. Não era de se apegar, de ter encontros com clientes, até Micael chegar, um homem desejado, de dinheiro, que só queria uma única coisa: Sedução e corpos nus.