Aline acordou assustada quando sentiu os beijos de Sophia percorrerem por suas coxas, remexeu-se nos lençóis caríssimos.
— Bom dia. — A loira sorriu. — Estava dormindo tão tranquila.
— Bom dia. — Sentou-se na cama. — O que foi aquilo? — Teve vergonha ao dizer.
— Eu e você. — Deu um beijo rápido nos lábios de Aline. — Não gostou?
— Foi incrível! Fazia anos que não me sentia assim. — Teve iniciativa de beijar Sophia agora, as mãos no rosto delicado da loira. — Isso é errado, para nós duas.
— Clark sabe que me relaciono com mulheres, você me interessou. — Sorriu. — Não precisa contar á Micael, este é um segredo nosso.
— Não irei contar. — Segurou as mãos de Sophia. — Que tal um café? Estou faminta!
— Eu vou tomar um banho, tudo bem? — Aline assentiu.
— Você pode usar os meus vestidos, creio que usamos a mesma numeração.
— Obrigada. — Sophia saiu da cama, calmamente. Andou até a suíte privilegiada de Aline, que dividia objetos com Micael. Essa era a sua hora.
Abriu o box do banheiro, em seguida as torneiras, a ducha quente relou em seu corpo lhe dando um prazer imenso, um conforto incrível. Avistou os produtos que os dois usavam, e achou o creme de barbear, segurou a lata prateada, sorria maléfica.
— Idiota. — Apertou o botão vermelho liberando a espuma do produto, passou em seu corpo, encharcando com espumas. Ria como uma sapeca. Esteve feliz quando a lata do barbeador ficou vazia, devolveu á prateleira e seguiu com seu banho.
Secou-se na toalha de Micael, usou sua escova de dentes, saiu da suíte e entrou no closet de Aline, a mesma não estava ali. Verificou se estava só, abriu a parte em que Micael dividia, mexeu em seus trajes de trabalho, abriu as gavetas, usou suas cuecas e ainda por cima roubou uma gravata. Aquilo estava sendo ótimo á ela, sentia um prazer imenso estar fazendo aquilo. Afinal, nunca imaginou ser tão ruim assim em toda a sua vida.
Procurou agora uma roupa adequada, precisava ir embora. Não decidiu usar os vestidos de Aline, apenas usou a roupa que veio na noite anterior, usou uma cueca de Micael e preferiu deixar o sutiã guardado, queria estar livre, naquele momento de revolução. Desceu ás escadas se deparando com Aline, preparava o café em harmonia, os bacons estavam deliciosos.
— Hum. — Abraçou a morena por trás. — Ovos com bacon?
— Fiz panquecas. — Cerrou os olhos, ainda sorrindo. — O que quer comer?
— Você pode ser o menu. — As duas sorriram em cumplicidade. Se beijaram logo depois.
— Não vá embora, não suportarei ficar sozinha aqui.
— Quando ele irá voltar? — Pegou um bacon do prato.
— No final de semana, ele me manda mensagens quando está vindo.
— Dê um jeito com ele, você não precisa disso. — Abraçou Aline. — Eu posso te ajudar, dar o mundo á você.
— Eu o amo mais do que a minha própria vida, não posso deixá-lo.
— E se um dia ele quiser a deixar? Vai ficar arrasada, não merece passar por isso.
— Micael não tem motivos para me deixar.
— Os homens criam motivos o tempo todo. — Encarou Aline. — Se você quiser mudar, por favor, conte com minha ajuda.
— Seria ótimo ter você aqui, não quero que vá. — Fez manha ao ficar com Sophia, estavam em harmonia naquele momento. — Eu posso preparar outro jantar e repetiríamos a dose.
— Já tinha transado com mulheres? — Sophia buscou uma xícara, despejou o café fresco.
— Não. — Sorriu doce. — É algo diferente. Você me toca de um jeito... Diferente. — Se aproximaram, as duas.
O de praxe aconteceu, Sophia deu prazer á Aline, no balcão de mármore da cozinha. Chupou a mulher fazendo com que ela tivesse o ápice da manhã, e Aline, não podia mentir, estava gostando. Ela nunca teve momentos assim com Micael, nunca tinha transado em sua cozinha, estava sendo radical, burlando leis, e estava gostando. Caindo em tentação. Micael não poderia sonhar com essa hipótese, seria um feminicídio.
Já do outro lado do país, Micael comprava ações, terminou uma reunião de quarenta e cinco minutos. Estava exausto, queria a cama do hotel e um bom banho de banheira, mas seu sócio o parou, seguindo-o irritante.
— Borges, o que acha de expandirmos a bolsa? — Andaram pelos corredores.
— Eu acabei de comprar novecentos bilhões de dólares em ações, e você quer mesmo expandir a bolsa? — Arqueou uma sobrancelha ao encarar o sócio.
— Foi uma hipótese. — Sorriu sem jeito, pegaram o elevador, juntos.
— Péssima hipótese. — Tinha os braços em frente ao corpo, esperando que o elevador parasse no andar indicado.
— Como está a sua carreira? Aline está bem?
— Melhor impossível.
— Não me respondeu a segunda pergunta.
— Serviu como resposta para as duas. — As portas se abriram. — Um ótimo dia para você. — Andou até o monte de seguranças, que o esperavam na frente da empresa.
Entrou no Volvo prata e esperou que seu motorista dirigisse até o hotel, enquanto não chegava optou por ligar em casa, buscou seu IPhone dentro da calça social, discou o número de Aline que demorou para atender, quarto toque e a linha ainda ficava em espera. Micael bufou, odiava ser esquecido, assim como Aline fazia. Tentou novamente, nada de atender. Era cruel quando queria.
Foi obrigado a mandar uma mensagem eletrônica, no telefone do seu apartamento.
— Aline, querida. — Fazia tempo que não a chamava assim. — Estou indo embora amanhã, irei fazer o checkout do hotel ás onze e meia. Chegarei em casa tarde, e cansado. Só estou avisando, me ligue quando escutar a mensagem, e persista com esse celular perto de você, odeio ser ignorado por suas ligações. — Desligou o botão, a mensagem estava enviada e pronta para ser reproduzida na secretária eletrônica de sua imensa sala.
Em uma tremenda distância, Aline já tinha recebido o recado, estava com Sophia no sofá, as duas aninhadas, ambas nuas, acabaram de fazer um sexo selvagem, com direito á aprendizagem de Aline. Foi um erro ter escutado aquilo, seu momento estava tão bom, por que tinha que ser assim?
— Você precisa ir. — Encarou os olhos azuis de Sophia.
— Claro, eu irei hoje mesmo. Aliás. — Levantou-se, rápida. — Preciso mesmo ir.
— Quando iremos nos encontrar de novo?
— Quando quiser. — Beijou a morena que sorriu em agradecimento. — Pode me ligar quando estiver pronta, estarei esperando.
— Obrigada pela noite, Sophia. — Sorriram.
— O prazer foi meu.
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Perfume de Mulher - MiniFic
RomansaSophia Abrahão, uma bela prostituta que encantava todos os homens. Não era de se apegar, de ter encontros com clientes, até Micael chegar, um homem desejado, de dinheiro, que só queria uma única coisa: Sedução e corpos nus.