capitulo 65

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Uma falta de ar sem tamanha me consome, enquanto uma de minhas mãos para sobre o meu peito e o meu nariz tenta puxar o máximo de ar que consegue.

Os meus olhos corre em direção a porta de meu quarto.

Por que não?

Afinal dizem que isto faz bem!

Principalmente para se sentir melhor depois de uma decepção como está...

Ainda com as pernas bamba consigo pegar as chaves do apartamento, que se encontravam sobre o criado mudo.

Esses dias andei fazendo uma pesquisa para o documentário que o professor de português pediu para os alunos como eu fazer. Bom, não posso estar indo para a escola mas, tenho que está em dias com as atividades dos professores e assim participando de um grupo do Twitter onde se encontram toda a turma que eu estou.
E lá consigo pegar tudo que eu poderia esta perdendo nestes tempos que não estou a ir.

Mais em fim, neste documentário tive que fazer uma pesquisa sobre pessoas alcoólicas, que conseguiu se recuperar, com a ajuda da família, amigos ou indo e se internando em clínicas especializadas nestes tipos de casos.

E depois de terem se recuperado alguns deles toparam participar de uma entrevista com jovens veteranos. E em uma destas entrevistas anotei o documentário de uma mulher que disse:

Bom... o álcool ele me fazia bem, me deixava maluca, eu conseguia esquecer os meus problemas, mas ao mesmo tempo o álcool prejudicava o meu relacionamento com os meus filhos até mesmo com o meu marido. Eu Sempre madrugava em distribuidoras até um certo dia ser expulsa de um bar por ter ja passado dos limites, vamos dizer assim.

Estas não foram exatamente as palavras dela, mas foi uma boa parte.

Nunca fiz o que pretendo fazer agora, mas se dizem que talvez isto faça bem, por que não?

Claro, que eu já bebi algumas dozes nas festas que o pessoal organizava ou quando eu e as meninas eramos convidadas, mas hoje...

Termino de abrir a porta do apartamento sentindo as lágrimas quentes ainda descendo sobre as minhas bochechas.

Breno- Bia...?

Meu coração palpita e minha respiração é presa ao escutar o seu chamado. Com cuidado me viro o encontrando sentado. Ele olha em minha direção parecendo tentar me encontrar.

Em um único pensamento rápido, saio fechando a porta e logo em seguida o arrependimento vem, mas não foi o suficiente para me fazer mudar de idéia.

Entro no elevador apertando no último botão. Saio do hotel sendo seguida por olhares curiosos de quem me via ou passasse por mim.

(...)

Com as mãos no bolso do casaco jeans que me encontro usando, olho para o céu percebendo que o final do dia já está indo embora. Coço o canto do meu nariz avermelhado, passando um dos meus dedos no meu olho que com toda a certeza está inchado.

Paro de frente ao décimo bar que encontro na cidade, já que nos outros sempre me recusava a entrar, mudando de ideia e dizendo a mim mesma, bora para casa Bia, você é uma tola por querer beber por causa de um garoto imaturo e infantil. Mas no fim nunca dava ouvidos a mim mesma e sim para o que estou sentindo. Idiotice a minha, não?

Como eu queria estar nos braços da minha irmã agora ou de minhas amigas, desabafando, chorando igual estou chorando agora pelos canto desta cidade!

Respiro limpando mais outra lagrima e dou um passo já decidida a entrar no local a minha frente.

Ao abrir a porta do estabelecimento me deparo com um local rústico e ao mesmo tempo moderno. Vários homens que se encontram sentados em uma roda de amigos ou jogando cinuca, olham para mim.

Me sentindo estranha, me aproximo do barman pedindo de incio um copo
De cavalo Branco. Pego o copo e me sento em uma das mesas vazias, já preparada para tomar o primeiro gole, uma Américana junta a mim se sentando a minha frente com dois copos em suas mãos.

Americana- E ai, minha cara jovem!

O bafo da mulher loira a minha frente que parenta ter uns trinta e poucos anos, me faz afastar um pouco a cadeira para trás. Seus olhos azuis atrevidos chamam a minha atenção, junto a eles suas vestias muito elegantes.

Bia- Se não se importar eu...

Tento ser educada, mas a sua interrupção faz me se calar.

Americana- Oras..._ ela rir como se não tivesse fim._ o que faz aqui!?

Franzo os cenhos com a sua pergunta.

Bia- Acho que está bem claro, não? Sem falar que...Bom, não querendo ser mau educada, mas já sendo. Acho que não seria exatamente de sua conta, moça!

Droga! se eu ficar bebada que nem está mulher, não quero mais nem saber de beber!

Em seus lábios se forma um bico mas, logo tomado por uma boca grande transmitindo uma risada escancarada chamando a atenção de todos.

Americana- É uma jovem brasileira! me chamo, Berg. Quer dizer não me chamo Berg, mas pode me chamar assim...

Bia- interessante mais eu não...

Ah, se ela continuar a me interromper juro que...Ah!

Americana- Está bem claro que se decepcionou em um lance amoroso!

Bia- do que está falando!?

Finjo não saber de nada e olho para o outro lado cortanto qualquer troca de olhares que pudessemos ter.

Americana- haha! você ainda é nova nisto, não é?_ iria lhe responder mas ela fala primeiro._ Bom, é tão novinha ainda não sabe de nada...

Me pergunto se ela está a falar comigo ou com ela mesma.

Bia- Você....

Americana- parece ser uma garota tão doce e ingênua..._ EU INGÊNUA!? QUE MENTIRA!_ Mas eu posso te dar cinco dicas...

Bia- E o que seria?

Berg- primeiro. Para de tentar agradar todos. Segundo. Sabe, você parece temer muito a mudança, então para! Terceira. Viver no passado..._ Ela pausa tomando um gole de sua bebida._ ele pode ter sido uma pessoa totalmente errada no passado mas, talvez tenha mudado. Quarta. Uma garota tão linda e com certeza incrível não deveria colocar-se para baixo. Última. Não pensa muito...

Tô vendo que a minha noite será longa..

Continuando....

Do Ódio Para O Amor [✅] PASSANDO POR REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora