Capítulo 4

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Chantal

Eu já não sabia mais como agir, quando o assunto se tratava de Roger, que a cada dia se tornava cada vez mais importante para mim.

Cada vez que eu fugia dele parecia que eu me aproximava mais. Aquele beijo foi errado e nunca mais eu poderia deixar que se repetisse. assumo que se fosse por minha vontade eu já teria confessado a muito tempo esse sentimento que nem eu mesma sei exatamente o que seja.

Mas sinto em dizer que não posso ter nenhum tipo de relação com ele e muito menos deixar que esse sentimento tome conta de minha razão e me leve irremediavelmente para caminhos que precisam ser evitados.

Ter algo com ele significava por a vida dele em risco e não quero afundar mais ninguém nessa angústia que é minha vida.

Já basta Mirella e eu que corremos o risco diariamente de sermos encontradas por Túlio e ter nossas vidas afetadas por aquele mostro.

Eu não botaria mais ninguém nisso.

Respiro fundo em sinal de cansaço de toda aquela situação quando escuto a campainha de minha casa.

Nem me dou o trabalho de levantar do sofá quem quer que fosse, eu desejava que fosse embora a solidão sempre foi minha melhor companheira e naquele momento mais que nunca eu precisava dela.

Escuto a voz de Roger chamando por mim. E me dou conta que ele não desistiria se não abrisse a porta para ele.

Abro a porta e o vejo com aquele olhar que tanto me perseguia a cada noite na solidão do meu quarto.

Digo a ele que pretendo me demitir e ele de mediato discorda de minha decisão e me pergunta o motivo de meus medos.

Se ele soubesse o quanto eu sou culpada por meus medos, talvez nesse momento ele não estaria aqui em minha frente me oferecendo seu carinho e compreensão.

Ele me pede que eu deixe ele cuidar de mim. E propõe que não houvesse palavras entre nós, pelo menos naquele momento. Diz que não precisávamos falar nada. séria só nossos corpos em silêncio.

Eu acabo concordando e me deixando ser conduzida por ele. simplesmente por que em toda minha vida, eu nunca me senti tão protegida, quanto eu me sentia quando estava com ele .

E agora aqui com a cabeça recostada em seu peitoral, sentindo as batidas de seu coração me dou conta que o sentimento que eu sentia, não se resumia só em querer está perto. ou, simplesmente desejo carnal. sinto ser algo muito além.

Fecho meus olhos, como se assim eu conseguisse espantar esses pensamentos de minha mente.

Sinto um bem estar e uma sensação de Paz incrível ao sentir as mãos dele fazendo Cafuné em meus cabelos.

E decido que pelo menos naquele momento eu me permitiria sentir tudo que Roger estava me proporcionando.

Mas a sensação de medo e agonia também vinha vez ou outra, e acabo me dando conta que minha aproximação com Roger estava se tornando cada vez mais presente.

Talvez esse fosse um caminho sem volta, deveria ter um jeito onde pode-sermos dizer não ao coração, toda vez que ele decidisse em se Apaixonar.

Me repreendo forte - mente ao pensar em sentimento de "Paixão", eu não estava Apaixonada. Eu não queria estar.

Decido esvaziar minha mente e me entregar ao sono o melhor sono que me lembro já ter tido em anos.

*. *. *. *. *.

Quando acordo procuro por Roger por todo quarto e não o vejo.

Pego o travesseiro que ele estava recostado e me abraço a ele. Ainda sentindo o cheiro dele que permanecia entranhado ali.

Trilogia Paixões Ardentes Recomeço Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora